SEMPRE MÚSICA . . .

domingo, 20 de janeiro de 2008

[] The Supremes

No início elas eram um quarteto e se chamavam “The Primettes”.

Bárbara Martin, Diana Ross, Florence Ballard e Betty McGlown nem sonhavam que entrariam para a história da “black music” americana.

Fundado em Detroit, Michigan, em 1959, assinam contrato com a nova e todo-poderosa “Motown Records”,em 1961, gravadora praticamente toda dirigida e composta por negros, visando o público negro americano e mundial.

Um ano depois, no início de 1962, uma das componentes abandona o quarteto, que se transforma em trio e acaba virando “The Supremes”...

No período compreendido entre 1964 e 1969, The Supremes colocaram na parada das “Hot 100 Billboard” mais de 20 sucessos em ótimas colocações e por um período grande.


Este foi o maior grupo vocal de negros dos anos 60. Lançaram moda, influenciaram no comportamento das pessoas, e sendo assim, quase todas as mulheres negras do mundo queriam ter o cabelo de Diana Ross, usar os brincos pingentes das “Supremes” e seus vestidos “tubinho”, sapatos de salto médio e bico-de-pato...

Era só liga
r um rádio em qualquer parte do mundo e você possivelmente fosse ouvir “Baby Love”, ou “Where did our love go”, ou ainda “Come see about me” e ainda “Stop in the name of love!”...

Um aspecto importante da existência das “Supremes”, é seu pioneirismo, pois elas abrem caminho para um sem-número de bandas semelhantes do R&B e da Soul Music.

Mas, querendo ou não, em todo grupo algum componente sempre se destaca, por esta ou aquela razã
o....e Diana Ross, acabou se destacando e virando a “lead-vocal”.

Tanto é, que Berry Gordy,Jr., presidente da Motown rebatiza o grupo como “Diana Ross & the Supremes” em 1967, e como era mais ou menos previsível, em 1969 já se ouve comentários e especulações sobre uma possível carreira-solo de Diana Ross.

Em 1970 ela deixa o grupo, com grandes crises, dramas, lágrimas, promessas e juras de amizade eterna.

Na opinião de muitos especialistas em música, e em “Black Music”, muitas coisas contribuíram para que isto acontecesse assim.

Já em 1967, com a saída da Motown de seus maiores compositores, por brigas por direitos autorais e
coisas do gênero, a Motown se viu de repente desfalcada de compositores com o mesmo nível de composições, e assim, o “conteúdo” dos discos das “Supremes” começou a declinar.

Some-se a isto o destaque de Diana Ross como vocalista principal da banda, por méritos próprios e inegáveis, e com sua saída em 1970; após a última apresentação como “The Supr
emes” em Las Vegas, era previsível que o grupo não resistisse por muito mais tempo.

A formação variou muito, descaracterizando o espírito inicial do grupo, mudando o visual e a tal “filosofia” que lhes deram um sucesso vertiginoso, até seu final em 1977.

“Dream Girls” é um filme de 2006/2007 que conta a história da trajetória de um trio vocal negro de muito sucesso.
É nitidamente inspirado na história das “Supremes”, embora algumas situações tenham sido acrescentadas e outras tantas suprimidas, para não incorrer nos inevitáveis problemas de “filmes biográficos”

Pois como se sabe, este tipo de filme sempre enfrenta problemas com direitos, autorização de fa
miliares e herdeiros das pessoas retratadas na história o que acaba sempre elevando – e muito – o custo da produção.

O filme tem Jammie Foxx, Danny Glover, Eddie Murphy e Beyoncè descaradamente representando Diana Ross...o filme mostra várias situações enfrentadas pela banda , dramas pessoais e profissionais.

Mas o legado das “Supremes” é inegável, pois elas lançaram e acabaram inovando todo um visual coreográfico de show, o que funcionou muitíssimo bem nas televisões do mundo inteiro e nos palcos, até os dias de hoje.


2 comentários:

Adriana disse...

Não sabia que elas ainda cantantavam.

Otávio disse...

Acho que conseguiram ser o simbolo de trio da canção norte-americana.