SEMPRE MÚSICA . . .

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

[] Julie London & Cole Porter

Sobre Julie London já escrevi aqui e comentei sobre dois discos clássicos dela.
Claro que vou mostrar hoje um outro disco, mas quero escrever algumas coisas sobre o autor das músicas do cd: Cole Albert Porter.

Nascido de uma família rica em Indiana, em junho de 1891, Cole teve uma mãe muito voluntariosa, possessiva e obsessiva, que decidiu desde cedo que ele seria um gênio e para isto, começou obrigando-o a estudar violino e piano.

Sua mãe, Kate Porter estava tão determinada em ter um filho prodígio que não titubeou e conseguiu falsificar sua certidão de nascimento, diminuindo 4 anos para assim, aos doze, ele parece
sse “ter” 8 anos... o que não era muito difícil de aparentar, pois Cole era um menino franzino e frágil.

Em 1915, compõe sua primeira música para a Broadway, que tinha o nome de “Esmeralda”.

Em 1919, conhece Linda Lee Thomas, 8 anos mais velha do que ele e viúva de um rico banqueiro, e casam-se no ano seguinte.
Era um casamento bastante conveniente para ambos, pois Linda era traumatizada com os a
busos sofridos durante o tempo de casada e não se interessava muito por sexo com homens.

Cole Porter, apesar de viver rodeado e fotografado sempre ao lado de lindas mulheres, era mais homossexual que bissexual.

Alguns de seus romances com homens renderam belíssimas composições que entraram para a história da música popular americana.

Foi inspirado em sua história de amor com o arquiteto Ed Tauch que Cole compôs “Easy To Love”.
Já seu relacionamento com o coreógrafo Nelson Banclift resultou em “You’d Be So Nice To Come Home To”.

Teve também um longo relacionamento com Ray Kelly, que era casado, e cujos filhos continuam até hoje recebendo a
metade dos direitos autorais de Cole Porter.

Suas letras e composições são de grande sofisticação, técnica e estilo singular.
Cole compôs mais de 800 músicas e muito mais de 100 músicas foram eternizadas pelo cinema e pelos grandes intérpretes de música popular.

Quem não conhece “Night & Day”, “I’ve Got You Under My Skin”, ou ainda “I Love Paris” ? Ou então, “Begin The Beguine” e “True Love” ?

Sua vida pessoal era uma eterna e constante boemia, imerso numa vida de prazeres, luxo e fama.

Era o tempo de Coco Chanel, James Joyce e Ernest Hemingway.
Tempo do cubismo de Picasso, de Greta Garbo e Fred Astaire.

O mundo musical americano por esta época, girava e existia em função do teatro, pois o cinema era mudo e os discos, raros ainda. O grande negócio da época era escrever para a Broadway e vender partituras...

Somente
a partir da década de 50 é que a música de Porter sairia dos palcos para transformar-se em música popular na voz dos cantores famosos da época e dos amantes da música americana.

Quando esta
va casado com Linda, casamento este que durou mais de 30 anos, a vida do casal era um circuito de teatro, restaurantes, noitadas com os amigos famosos e cruzeiros pelo mundo.
E dividiam toda esta atividade intensa entre sua casa de Nova York e a de Paris.

Em 1937 Cole sofreu uma queda de um cavalo onde quebrou as 2 pernas e nunca mais seria o mesmo. Fortes dores e mais de 30 cirurgias não impediram que culminasse com a amputação de sua perna d
ireita em 1958.

Linda morreu em 1954, em conseqüência de um câncer nos pulmões.

Cole Porter, recluso e deprimido, pára de tocar e compor e torna-se alcoólatra e decadente.




Existe um filme bastante interessante contando a vida de Porter. "De-Lovely", nome de uma de seus clássicos, de 2005 e estrelado por Kevin Kline e Ashley Judd. Um outro filme biográfico é de 1946, chama-se "Night & Day" e tinha Cary Grant e Alexis Smith no elenco...

Morre na solidão em um hospital de Santa Mônica, Califórnia em 1964.

Neste cd JULIE LONDON SINGS THE CHOICEST OF COLE PORTER, tem 17 músicas das mais populares deste que foi um dos maiores – Juntamente com os irmãos George e Ira Gershwin - um dos maiores compositores, e “desenhistas” da cara musical da América.

@ All through the night
@ What is this thing called love ?
@ Get out of town
@ My heart belongs to daddy
@ So in love
@ You’d be so nice to come home to
@ In the still of the night
@ At long last love
@ I’ve got you under my skin
@ I love you
@ Love for sale
@ Easy to love
@ Make it another old-fashioned, pleas
@ You do something to me
@ My heart belongs to daddy (versão 2)
@ Always true to you in my fashion
@ Ev’rytime we say goodbye

(@) selo Liberty / EMI / importado / 1991
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Um comentário:

Anônimo disse...

adoro i´ve got you under my skin...