Entre os presentes que meus amigos Odilon e Otávio trouxeram para mim de Buenos Aires da viagem anterior, foi um disco de uma cantora argentina, até então desconhecida por mim.
Seu nome, Tita Merello. E no mesmo dia, já tratamos de saber alguma coisa dela. Quem era ou quem foi, uma coisa assim como e porquê. Pois bem...
Corria o ano de 1904, quando um jovem de apenas 30 anos, chamado Santiago Merello, registrou como sua filha uma criança nascida em 11 de outubro, à rua Defensa 715, em Magdalena, Província de Buenos Aires, e lhe deu o nome de Laura Ana.
O curioso, é que neste dia, não constou o nome da mãe da criança. Somente 4 anos mais tarde, uma jovem uruguaia de 23 anos chamada Ana Ganelli, completou este documento se declarando mãe de Laura Ana.
Criada num orfanato, desde muito pequena, ela conheceu a fome e o medo. Anos mais tarde, já famosa e conhecida em todo o país, Tita Merello contou:
“Eu sei o que é a vergonha e o medo. Quando estava no orfanato uma noite acordei com dor de barriga e vi com horror que havia sujado as calcinhas...ainda tenho bem viva a sensação do chão frio e eu indo para o banheiro me lavar na água fria e voltar para o quarto sem que ninguém me visse ou ouvisse...além disso aquela era a única calcinha que eu tinha”.
A extrema pobreza em que vivia desde sempre, não permitiu que Tita fosse para a escola primária. Até os 12 anos o que Tita sabia, era a diferença entre a letra “o” e a letra “a” .
Aos 15 anos encontra sua “fada madrinha” na pessoa de Eduardo Borrás, conhecido homem das letras e da cultura portenha, além de redator do jornal “La Nación”.
Desamparada, solitária e aflita por não saber ler nem escrever, foi Barrás quem deu a Tita uma vida digna e lhe abriu as portas para o conhecimento e a informação.
Inicia no disco em 1927, gravando para a “Odeon” dois tangos, e em 1929, assina contrato com a RCA Victor e grava para o selo 20 músicas.
Sua carreira de atriz começa com ela trabalhando como corista em um teatro pequeno, perto do porto, daqueles mesmo, freqüentado por marinheiros e gente barra-pesada, quase pornográfico, onde participava de revistas musicas e engraçadas para um público barulhento e beberrão. Este teatrinho tinha o nome de “Bataclán”, e logo as coristas e dançarinas seriam conhecidas como “bataclanas”, que viraria para sempre um sinônimo de “mulher alegre”...
Tita saiu-se muito bem e chegou a ser “vedette”, o que é sempre é um “progresso” na hierarquia de palco dos teatros de revista.
Inicia no cinema praticamente com o início do cinema argentino, participando do primeiro filme falado, em 1933, de nome “Tango”.
Tita continua sua carreira de cantora e principalmente de atriz de cinema e teatro, tendo um conhecido e exigente crítico escrito sobre ela:
“É uma das atrizes mais temperamentais, mais fogosas e de personalidade mais forte do cenário nacional, além de ser muito irônica, engraçada e de respostas rápidas. Inteligente, interpreta os tangos como uma atriz. Cada tango cantado por ela é uma peça de teatro”
Seu nome, Tita Merello. E no mesmo dia, já tratamos de saber alguma coisa dela. Quem era ou quem foi, uma coisa assim como e porquê. Pois bem...
Corria o ano de 1904, quando um jovem de apenas 30 anos, chamado Santiago Merello, registrou como sua filha uma criança nascida em 11 de outubro, à rua Defensa 715, em Magdalena, Província de Buenos Aires, e lhe deu o nome de Laura Ana.
O curioso, é que neste dia, não constou o nome da mãe da criança. Somente 4 anos mais tarde, uma jovem uruguaia de 23 anos chamada Ana Ganelli, completou este documento se declarando mãe de Laura Ana.
Criada num orfanato, desde muito pequena, ela conheceu a fome e o medo. Anos mais tarde, já famosa e conhecida em todo o país, Tita Merello contou:
“Eu sei o que é a vergonha e o medo. Quando estava no orfanato uma noite acordei com dor de barriga e vi com horror que havia sujado as calcinhas...ainda tenho bem viva a sensação do chão frio e eu indo para o banheiro me lavar na água fria e voltar para o quarto sem que ninguém me visse ou ouvisse...além disso aquela era a única calcinha que eu tinha”.
A extrema pobreza em que vivia desde sempre, não permitiu que Tita fosse para a escola primária. Até os 12 anos o que Tita sabia, era a diferença entre a letra “o” e a letra “a” .
Aos 15 anos encontra sua “fada madrinha” na pessoa de Eduardo Borrás, conhecido homem das letras e da cultura portenha, além de redator do jornal “La Nación”.
Desamparada, solitária e aflita por não saber ler nem escrever, foi Barrás quem deu a Tita uma vida digna e lhe abriu as portas para o conhecimento e a informação.
Inicia no disco em 1927, gravando para a “Odeon” dois tangos, e em 1929, assina contrato com a RCA Victor e grava para o selo 20 músicas.
Sua carreira de atriz começa com ela trabalhando como corista em um teatro pequeno, perto do porto, daqueles mesmo, freqüentado por marinheiros e gente barra-pesada, quase pornográfico, onde participava de revistas musicas e engraçadas para um público barulhento e beberrão. Este teatrinho tinha o nome de “Bataclán”, e logo as coristas e dançarinas seriam conhecidas como “bataclanas”, que viraria para sempre um sinônimo de “mulher alegre”...
Tita saiu-se muito bem e chegou a ser “vedette”, o que é sempre é um “progresso” na hierarquia de palco dos teatros de revista.
Inicia no cinema praticamente com o início do cinema argentino, participando do primeiro filme falado, em 1933, de nome “Tango”.
Tita continua sua carreira de cantora e principalmente de atriz de cinema e teatro, tendo um conhecido e exigente crítico escrito sobre ela:
“É uma das atrizes mais temperamentais, mais fogosas e de personalidade mais forte do cenário nacional, além de ser muito irônica, engraçada e de respostas rápidas. Inteligente, interpreta os tangos como uma atriz. Cada tango cantado por ela é uma peça de teatro”
Tita Merello disse uma vez:
“Meu melhor personagem é o meu mesmo. Uma atriz dramática quando representa um personagem, está chorando por si própria”.
A partir de 1954 Tita se consagra definitivamente como cantora, quando volta aos estúdios e grava uma série de tangos e milongas com a orquestra de Francisco Canaro.
Dançarina de tango, cantora e atriz, fez mais de 45 filmes, e inúmeros discos.
Tem sua Praça, sua Esquina e uma placa na calçada em frente ao prédio onde viveu, numa homenagem da prefeitura de Buenos Aires.
Tita Merello retira-se de cena em 1985 e morre em 2002 aos 98 anos.
Ganhou inúmeros prêmios, porém o mais importante, é o reconhecimento do público que se mantém fiel de geração para geração até hoje.
Este mesmo público que a consagrou como “La Morocha Argentina”, o símbolo da “mulher do tango” e a eterna cara de Buenos Aires.
O disco que eu falei lá em cima, se chama “Genio Y Figura”, é uma compilação de 2000 e foi lançado pela EMI / Odeon, onde ela gravou seu primeiro disco em 1927.
“Meu melhor personagem é o meu mesmo. Uma atriz dramática quando representa um personagem, está chorando por si própria”.
A partir de 1954 Tita se consagra definitivamente como cantora, quando volta aos estúdios e grava uma série de tangos e milongas com a orquestra de Francisco Canaro.
Dançarina de tango, cantora e atriz, fez mais de 45 filmes, e inúmeros discos.
Tem sua Praça, sua Esquina e uma placa na calçada em frente ao prédio onde viveu, numa homenagem da prefeitura de Buenos Aires.
Tita Merello retira-se de cena em 1985 e morre em 2002 aos 98 anos.
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Um comentário:
Deixe de reclamar do que as mulheres perguntam e continue postando coisas interessantes como esta,viu?
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