SEMPRE MÚSICA . . .

quinta-feira, 30 de abril de 2009

[] Diana Julie Krall London

Evidentemente que o título deste post é uma referência bem humorada ao mais recente disco de Diana Krall.

Não conheço nenhuma cantora que tenha se aproximado tanto do jeitão de Julie London cantar como Diana Krall em seu “Quiet Nights”.

Diana sempre foi linda e loira, elegante e classuda, assim como Julie London, que literalmente enfeitava as capas de seus LP’s com fotos sensuais, de extremo sex-appeal, closes que ressaltavam a beleza de seu rosto, seus cabelos impecáveis e olhares que prometiam mundos e fundos ao ouvinte...

Além disso tudo, Julie tinha aquele diferencial que se tornou quase uma “trade mark” sua, que era a de cantar próximo ao microfone, criando assim uma atmosfera quase confessional e trocas de segredos além de eternas juras de amor.

Muitas vezes até, parecia estar cantando languidamente apoiada com o cotovelo no travesseiro, como quem folheia uma revista tipo “Harper’s Bazaar”, no 18’ andar de um prédio de tijolos em Manhattan, enquanto lá embaixo, as pessoas passam com capas de gabardine vendo as silhuetas refletidas nas vitrines de neon...

Pois muito bem, em “Quiet Nights”, Diana é basicamente a Diana de sempre, com seu piano estupidamente bom, arranjos elegantes sem serem piegas, fazendo bem = e muito = o que ela sempre fez, desde os seus 11 discos anteriores, que é cantar e tocar piano... sim, simples assim.
Só que neste disco, ela se aproximou ainda mais de Julie London, pois sua voz está um pouco mais sexy, ou sensual se preferem, cantando mais baixo, em tom mais grave, mais sussurrado e muito mais próxima de quem a ouve.

E como se não bastasse isto, ainda canta algumas músicas do repertório de Julie London, como “Where or When”, “Too Marvelous for Words”, “You’re my Thrill”, e deixa claro que as outras músicas contidas no disco, seriam cantadas assim por Julie London....

Longe de ser um demérito estas minhas observações, pois não estou dizendo que Diana está imitando Julie London, até porquê ela nem precisa disso já que é uma artista mundiamente conhecida, que está entre os nomes mais sofisticados do novo jazz, do jazz elegante, endinheirado, cantado e tocado nos locais da moda, seja aqui, lá, ou acolá...

Diana na minha opinião, é competentíssima em gravar alguns temas “pops” e dar um plus de elegância e sofisticação como fez com aquela baladinha pra lá de manjada dos Bee Gees, “How Can You Mend a Broken Heart”, que ficou uma belezinha de se ouvir.

Para mim, foi uma dupla satisfação, pois além de ter um punhado de standards da música americana que eu gosto, como é o caso de “walk on by”, eu sentí por parte de Diana, no todo deste disco, uma homenagem à bela, talentosa e criadora de estilo Julie London.

Quiet Nights tem:
where or when // too marvelous for words // i’ve grown accustomed to his face // the boy from ipanema // walk on by // you’re my thrill // este seu olhar // so nice // quiet nights // guess i’ll hang my tears ou to dry // how can you mend a broken heart // every time we say goodbye.

O disco, que também foi lançado lá fora em vinil, é da Verve, aqui no Brasil pela Universal Music, foi produzido por Tommy LiPuma & Diana Krall, arranjado e conduzido por Claus Ogerman.


segunda-feira, 6 de abril de 2009

[] Natalie Cole, Transplante e Hemodiálise...

Não é de hoje que Natalie Cole anda envolvida com problemas de saúde. Há vários anos, que ela vem lutando contra a dependência química, principalmente de cocaína e heroína.

Entra em clínica, sai de clínica, passa um tempo totalmente afastada das drogas, mas depois volta com mais força e parece entrar mais fundo... Até bem esforçada, pede ajuda aos amigos, aos colegas de trabalho e gente do showbiz.

Esta semana li no jornal italiano “Corriere Della Sera” que Natalie declarou no programa de entrevistas “The Larry King Show”, um dos mais populares da televisão americana, através da CNN, que terá que fazer um transplante, pois está perdendo as funções renais dos dois rins.

O estado de saúde de Natalie se agravou em fevereiro de 2008, quando ela foi diagnostica com hepatite do tipo “C”, segundo os médicos, como conseqüência dos abusos de álcool, heroína e cocaína.

A partir daí, ela já esteve internada duas vezes em clínicas especializadas para desintoxicação e passou 4 meses fazendo um tratamento de quimioterapia.

Atualmente, está fazendo hemodiálise 3 vezes por semana levando 3 horas em cada sessão...

Mesmo assim, está conseguindo cumprir sua turnê mundial, não abandonando a hemodiálise em Milão, Istanbul, Manila, Londres e Indonésia.

Natalie está com 58 anos, tem um consistente histórico familiar de abusos. Seu pai, o grande Nat King Cole, não abandonava o copo, fumava 4 maços de cigarros por dia e morreu de câncer de pulmão quando Natalie tinha 15 anos...

Em fevereiro deste ano ela deu uma entrevista para a revista semanal americana “People”, admitindo a possibilidade de que seu filho Robert, de 31 anos seja o doador.

Vamos torcer para que esta situação se resolva da melhor maneira e que ela possa continuar com sua carreira e continuar gravando coisas tão boas como seu mais recente disco “Still Unforgettable”, já comentado aqui no blog.