SEMPRE MÚSICA . . .

terça-feira, 29 de janeiro de 2008

[] Judy Garland [1922-1969]

Dotada de grande presença cênica e uma voz profunda e intensa, esta dançarina, atriz e cantora foi um grande personagem da indústria do entretenimento americano.

Dede pequena, Frances Ethel Gumm se exibia com suas duas irmãs mais velhas nos teatrinhos da cidade e se sobressaia pelo seu já grande talento vocal e domínio cênico.

Numa desta apresentações, em 1934, é notada por um caça-talentos da MGM.

Graças a seu aspecto físico agradável e a um rosto simpático e expressivo, Frances se transformou em Judy Garland e começa a interpretar músicais de médio porte, até que em 1939 interpreta Dorothy em “O Mágico de Oz”, de onde saiu a famosa música até hoje, “Over the Rainbow”.

O sucesso é
imediato, e para suportar o rítmo de trabalho e tantas atividades profissionais, o próprio estúdio da MGM se encarrega de “ministrar” a Judy, vários tipos de pílulas.

Para acordar, para dormir, para ficar “dinâmica”, para não ganhar peso....
Começa então sua dependência de substâncias químicas, que a acompanhariam pelo resto da vida.

Continua trabalhando muito, e fazendo muito sucesso em comédias musicais, geralmente ao lado de seu amigo Mickey Rooney. Em 1944, quando estava filmando, Judy se envolve com o diretor do filme, o já famoso Vincent Minnelli.

Desta união, que durou 6 anos, nasce em 1946 a futura grande estrela Liza Minnelli.

Até o final da década de 40, Judy obtém um sucesso atrás do outro, atuando ao lado de Gene Kelly, em comédias-dançantes, repletas de números musicais, onde ambos podiam mostrar seus dotes de exímios dançarinos e sapateadores.

A década seguinte começa bem desatrosa para Judy, que se divorcia de Vincent Minnelli, tem um novo casamento com Sid Luft, bastante tumultuado, que termina com dois filhos, Lorna Luft nascida em 1952 e Joey Luft em 1955, e em mais um divórcio.

E, para completar, devido a seus excessos de álcool e pílulas-para-tudo, Judy é demitida pelo estúdio da MGM.

Mas em 195
4, retorna às telas interpretando um papel dramático em “A Star is Born”, ao lado de James Mason.
No filme, Judy é uma aspirante à cantora, que é conduzida ao sucesso por um homem mais velho, mais experiente e alcoólatra, um astro de cinema, vivido por Mason.

Entre os dois nasce uma grande e dramática história de amor. O filme faz sucesso e a interpretação pungente de Judy é bastante elogiada, além da música, que virou um clássico e continua sendo gravada por todo grande artista, “The Man That Got Away”, de Harold Arlen.

Em seguida, mais casamentos, mais separações e – claro – mais depressões. As poucas satisfações que Judy tinha agora, vinham de seus shows para as televisões.

Em 1963 aparece no cinema pela última vez, no filme “A Child is Waiting”. Abandona as telas para se dedicar ao teatro.

Com a vida pessoal e familiar desorganizada, e cheia de dívidas, morre prematuramente, aos 47 anos.

Provavelmente, por uma super dose das pílulas-para-tudo, em Londres. Foi encontrada morta no banheiro por seu último marido Mickey Dean. O dia era 22 de junho de 1969.

Entre seus amigos que compareceram ao velório, lá estavam Mickey Rooney, Lauren Bacall, Cary Gra
nt, Sammy Davis Jr., Dean Martin, Katherine Hepburn e Lana Turner.

As despesas do funeral foram pagas por Frank Sinatra, seu colega e grande amigo de longa data, que não se cansava de afirmar que ela, Judy, era
mais estrela que todos eles juntos.

Judy Garland é considerada até hoje como uma amostra do que a fama precoce e o excesso de trabalho podem fazer a uma pessoa.

Em 1960 Judy foi a Londres para uma série de apresentações em clubes noturnos, televisões e uma turnê pela Europa. Aproveitou também a estada em Londres e foi até o estúdio da “Capitol” e gravou 20 músicas que ficaram inéditas e guardadas até 1962...

“The London Sessions”

@ Lucky day
@ Just at the palace / some of these days
@ Stormy Weather
@ You go
to my head
@ Come rain or come shine
@ San Francisco
@ The man that got away
@ Swanee
@ Rock-a-bye your baby
@ Happiness is a thing called Joe
@ It’s a great day for the Irish
@ You’ll never walk alone
@ I happen to like New York
@ You made me love you / For me and my gal
@ Why was I born ?
@ Do it again
@ Chicago
@ I can’t give you anything, but love
@ After you’ve gone
@ Over the rainbow

(@) selo “Capitol” / Importado / 1992



2 comentários:

Odilon disse...

Pena que a carreira dela tenha sido interrompida tão dramaticamente. E que a genética seja dominante. A coitada da Liza só não se foi, mas o processo é muito igual.

Anônimo disse...

infelizmente a genialidade, a perfeição, correm no sentido cóntrário da felicidade, que pena !!1