SEMPRE MÚSICA . . .

quinta-feira, 24 de janeiro de 2008

[] Bobby Darin

Há quem diga que se ele não tivesse morrido tão jovem, aos 37 anos, seria um rival bem próximo de Frank Sinatra, pois tinha um raro carisma no palco e uma integração perfeita, com iluminação, músicos e câmeras.

É sabido que nem todos os bons cantores dominam um palco com competência, e este não era o caso de Bobby Darin.

Dono de uma excelente voz, Bobby não foi só o cantor de sucessos da juventude americana dos anos 60. Longe disso...

Walden Robert Cassotto nasceu num bairro pobre de Nova York, o Bronx, filho de uma família de poucos recursos e seu pai desapareceu alguns meses antes de ele nascer em 14 de maio de 1936.


Sua mãe com muita dedicação e bastante sacrifício para levar a família adiante, nunca desanimou e sempre incentivou Bobby a seguir seus pendores artísticos, pois dede muito cedo o garoto mostrara um grande talento para a dança, o canto, e facilidade para tocar piano.

Aos 8 anos tem febre reumática, o que lhe traria problemas para o resto de sua vida, até sua morte em 20 de dezembro de 1973.
Teve uma infância e uma adolescência difíceis pelo fato de sua saúde ser sempre motivo de preocupações.


Fica conhecido por “Splish, Splash”, música composta por ele, às pressas, para participar de um programa de televisão que buscava novos talentos.

Esta música estoura no mundo inteiro, sendo gravada por um sem-número de artistas, como Mina, Connie Francis, Rita Pavone e até nosso Roberto Carlos. Lembram?

Seu repertório passa pelo Jazz, Country, Swing e pela música Pop, com a mesma desenvoltura e uma precoce competência.

Sua vida foi mostrada no filme “Beyond The Sea”, dirigido e interpretado por Kevin Spacey que mais uma vez esbanjou talento, ele mesmo cantando, e não dublando Bobby.

“Beyond The Sea” é o nome de um grande sucesso de Bobby e nada mais é do que “La Mer”, clássico da música francesa, de autoria de Charles Trenet.

Esta mús
ica juntamente com “Mack The Knife” tornam Bobby conhecido internacionalmente. “Mack The Knife” é de uma peça teatral de 1929 “A Ópera dos Três Vinténs”, com música de Kurt Weil e letra de Bertolt Brecht, e acabou virando a assinatura musical de Bobby.

Sinatra viria a regravar esta música em 1984 bem como dezenas de outros artistas, tanto instrumentais como vocalistas. Esta mesma música deu a Bobby um “Grammy” em 1960.

Também ator, Bobby estrelou em 1961 um filme que virou um clássico da década de 60. “Quando Setembro Vier”, ao lado de Gina Lollobrigida, Rock Hudson e Sandra Dee, sua mulher, com quem esteve casado de 1960 a 1967.

Em 1968, como velho e bom amigo da família apóia a campanha eleitora de Robert Kennedy.

Logo após tem uma grande e profunda crise mística, que tem resultados nada positivos na sua
carreira e na sua vida.
Fica recluso, perde a inspiração e e vontade de cantar e de gravar.

Entre 1971 e 1972, tem novamente sérios problemas cardíacos, mas mesmo assim, resolve dar a volta por cima, volta ao trabalho com afinco, aos shows em cassinos e nas televisões, casa novamente e volta aos estúdios de gravação para recuperar o tempo de crise.

Em 1973, su
a saúde se agrava, e depois de algumas cirurgias para a troca de uma válvula cardíaca, ele sofre uma outra intervenção para um ajuste desta troca e morre num Hospital de Los Angeles em 20 de dezembro de 1973 aos 37 anos.

Quase 50 discos gravados e 15 filmes registraram bem o talento deste rebelde-frágil, que sabia tirar proveito desta sua imagem e transforma-la a seu favor num excelente marketing pessoal.
Era uma espécie de James Dean da música. Rebelde, carente, frágil e agressivo...

A “Capitol” tem um disco de Bobby, que é uma compilação de algumas músicas que ele gravou para o selo no período de1962 a 1965:

@ Alabama bound
@ Blue skies
@ You’ll never know
@ Standing on the corner
@ I’m beginning to see the light
@ The good life
@ Oh! Look at me now
@ Just in time
@ You made me love you
@ All of you
@ There’s a rainbow
@ Fly me to the moon
@ I got rhythm
@ All by myself
@ I wanna be around
@ A nightingale sang in Berkeley Square
@ Call me irresponsible
@ My Buddy
@ Always
@ I’m sitting in the top of the world

Como deu para ver, o repertório é um clássico do songbook americano, gravado só por grandes artistas.

(@) “Capitol” / Importado / 1995

Pena que Bobby Darin tenha vivido tão pouco...




3 comentários:

Adriana disse...

Concordo ,mas como cada um tempo seu tempo...

Otávio disse...

Eu não sabia que ele tinha sido casado com a Sandra Dee.

Anônimo disse...

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