Nome de arte de Iolanda Cristina Gigliotti, nascida no Cairo, Egito, em 17 de janeiro de 1933.
Uma das maiores intérpretes da música internacional, com sua voz de contralto e meio soprano, Dalida tinha uma extensão de duas oitavas, com uma grande profundidade e de intensa dramaticidade.
Segundo as estatísticas, de 1955 a 2004, Dalida vendeu 125 milhões de discos, com mais de 70 discos de ouro, vários de platina e um disco de diamante, criado pela indústria fonográfica, especialmente para ela.
Juntamente com Edith Piaf, Dalida é sem sombras de dúvidas a cantora francesa que mais representou a música deste país além de suas fronteiras no século 20.
Este é o resultado de uma pesquisa feita em 2001 pelo IFOP = Instituto Francês de Opinião Pública, a propósito das personagens que moram no coração e na preferência dos franceses, e das personalidades mais significativas do século:
Ator = Jean Gabin
Cantor = Johnny Halliday
Cantora = Dalida + Edith Piaf
[quando chega a Paris, Dalida troca o “I” de Iolanda por “Y”]
Cabe a Dalida o título de quem mais lotou o OLYMPIA = templo da música francesa = nos anos de 1961, 1964, 1967, 1971, 1974, 1977 e 1981...
Estava sendo preparada uma grande apresentação para uma volta sua em 1987, ano de sua morte no dia 03 de maio.
Em 1975 o jornal “Québec” deu a Dalida o título de “personagem mais popular” depois de Elvis Presley e o de “a mulher do ano”, junto com Jackie Kennedy.
Filha de pais calabreses, seu pai era o primeiro violinista da “Ópera do Cairo” e durante a infância ela foi obrigada a usar óculos para corrigir um leve estrabismo, que carregou durante toda a vida.
Aos 17 anos vence o concurso de Miss Ondine e depois o de Miss Egito, o que lhe abriu as portas para a fama. Decidida pela vida artística, chega em Paris no Natal de 1954 e = casualmente, é claro = vai morar na mesma calçada de um jovem chamado Alain Delon, na Rue Ponthieu...
Quando participava de uma audição no OLYMPIA, que pré-selecionava candidatos para uma série de apresentações de jovens talentos, conheceu o dono do teatro, Bruno Cocquatrix, Eddie Barclay, dono da gravadora BARCLAY e Lucien Morisse, diretor da RADIO EUROPA 1, por quem viria a se apaixonar logo depois.
Grava seu primeiro 45 rpm com a música “Madona”, que na verdade era a versão francesa de “Barco Negro”, sucesso português de Amália Rodrigues.
Em 1957 canta pela primeira vez no OLYMPIA, abrindo o show de Charles Aznavour.
Em seguida, grava “Bambino”, música que faz um sucesso inesperado e fica na parada em primeiríssimo lugar por 39 semanas consecutivas, segundo dados da “Infodisc”, órgão que mede e acompanha as paradas de sucesso.
Esta mesma música vende 500 mil cópias rapidinho e dá a Dalida seu primeiro disco de ouro...nada mal para um começo tão promissor em Paris.
Em 1959 ganha da Radio Montecarlo o título de Cantora Preferida dos Ouvintes.
Em 1961 Dalida e Aznavour ganham o prêmio maior da música, desbancando Gloria Lasso e Edith Piaf. Em 1964 ela seria a primeira mulher a ganhar o disco de platina e no ano seguinte, 1965, o IFOP fez uma grande enquete, que apontou-a como sendo a cantora preferida dos franceses.
Em 1967, a primeira grande tragédia de sua vida. De romance com Luigi Tenco, jovem cantor e compositor italiano, vai para San Remo defender com ele a música “Ciao, Amore, Ciao”.
A música não obtém por parte do júri a receptividade que Tenco esperava, então sem assistir ao encerramento da noite, Tenco vai para o hotel e dá um tiro na cabeça. É Dalida, quem chega logo depois e o encontra caído no chão do quarto.
Um mês depois é ela quem tenta o suicídio de uma maneira bem planejada. Finge que vai para o aeroporto viajar para a Itália, se hospeda no Hotel Príncipe de Gales com seu verdadeiro nome Yolanda Gigliotti, escreve algumas cartas; uma para a mãe e outra para os fãs...
É salva pela camareira que estranha o fato da luz estar sempre acesa e o quarto ter passado 48 horas sem ter sido arrumado...
É levada às pressas para o hospital, e sai do coma 5 dias depois.
Em 1968 dá uma mudada no visual, de morena e castanha vira uma super loira e fica mais sofisticada, mais “show”...
No final dos anos 60 vai para o Nepal em busca de paz interior e fica tendo lições e cursos de psicanálise freudiana aliada à espiritualidade oriental. Refeita e mais apaziguada, volta às suas atividades, gravando mais, fazendo mais shows e vai para os Estados Unidos onde faz uma série de apresentações muito bem sucedidas, com casa lotada e um público deslumbrado com sua figura no palco.
Junto a estas vitórias, vários romances tristes e trágicos, mais mortes, mais abandonos, mais despedidas e por ironia de tudo isto, mais sucesso na vida artística.
Mas este contraste acentuado das “duas vidas” de Dalida, acabaram por desgastá-la de tal maneira, que no dia 03 de maio de 1987 seu corpo é encontrado em sua casa, tendo ao lado apenas um bilhete simples e objetivo:
“ A vida para mim é insuportável...me perdoem ”
Um dos primeiros a encontrar Dalida morta foi seu irmão Orlando, também seu empresário , que acabou sendo seu herdeiro universal e detentor dos direitos de imagem de sua irmã famosa.
Está no Cemitério de Montmartre, e no bairro do mesmo nome foi inaugurada uma escultura da cantora e a “Praça Dalida”.
Em 2007, vinte anos após sua morte, o prefeito de Paris que também era grande amigo dela, organiza uma mostra comemorativa da figura de Dalida e de sua contribuição para a música da França.
Dalida tinha como característica fundamental de sua arte, a ironia e a dramaticidade. Era uma figura “kitch” e alegórica, e foi grande a sua capacidade de representar, usando a música como instrumento, a unidade indissolúvel da arte e da vida.
Uma das maiores intérpretes da música internacional, com sua voz de contralto e meio soprano, Dalida tinha uma extensão de duas oitavas, com uma grande profundidade e de intensa dramaticidade.
Segundo as estatísticas, de 1955 a 2004, Dalida vendeu 125 milhões de discos, com mais de 70 discos de ouro, vários de platina e um disco de diamante, criado pela indústria fonográfica, especialmente para ela.
Juntamente com Edith Piaf, Dalida é sem sombras de dúvidas a cantora francesa que mais representou a música deste país além de suas fronteiras no século 20.
Este é o resultado de uma pesquisa feita em 2001 pelo IFOP = Instituto Francês de Opinião Pública, a propósito das personagens que moram no coração e na preferência dos franceses, e das personalidades mais significativas do século:
Ator = Jean Gabin
Cantor = Johnny Halliday
Cantora = Dalida + Edith Piaf
[quando chega a Paris, Dalida troca o “I” de Iolanda por “Y”]
Cabe a Dalida o título de quem mais lotou o OLYMPIA = templo da música francesa = nos anos de 1961, 1964, 1967, 1971, 1974, 1977 e 1981...
Estava sendo preparada uma grande apresentação para uma volta sua em 1987, ano de sua morte no dia 03 de maio.
Em 1975 o jornal “Québec” deu a Dalida o título de “personagem mais popular” depois de Elvis Presley e o de “a mulher do ano”, junto com Jackie Kennedy.
Filha de pais calabreses, seu pai era o primeiro violinista da “Ópera do Cairo” e durante a infância ela foi obrigada a usar óculos para corrigir um leve estrabismo, que carregou durante toda a vida.
Aos 17 anos vence o concurso de Miss Ondine e depois o de Miss Egito, o que lhe abriu as portas para a fama. Decidida pela vida artística, chega em Paris no Natal de 1954 e = casualmente, é claro = vai morar na mesma calçada de um jovem chamado Alain Delon, na Rue Ponthieu...
Quando participava de uma audição no OLYMPIA, que pré-selecionava candidatos para uma série de apresentações de jovens talentos, conheceu o dono do teatro, Bruno Cocquatrix, Eddie Barclay, dono da gravadora BARCLAY e Lucien Morisse, diretor da RADIO EUROPA 1, por quem viria a se apaixonar logo depois.
Grava seu primeiro 45 rpm com a música “Madona”, que na verdade era a versão francesa de “Barco Negro”, sucesso português de Amália Rodrigues.
Em 1957 canta pela primeira vez no OLYMPIA, abrindo o show de Charles Aznavour.
Em seguida, grava “Bambino”, música que faz um sucesso inesperado e fica na parada em primeiríssimo lugar por 39 semanas consecutivas, segundo dados da “Infodisc”, órgão que mede e acompanha as paradas de sucesso.
Esta mesma música vende 500 mil cópias rapidinho e dá a Dalida seu primeiro disco de ouro...nada mal para um começo tão promissor em Paris.
Em 1959 ganha da Radio Montecarlo o título de Cantora Preferida dos Ouvintes.
Em 1961 Dalida e Aznavour ganham o prêmio maior da música, desbancando Gloria Lasso e Edith Piaf. Em 1964 ela seria a primeira mulher a ganhar o disco de platina e no ano seguinte, 1965, o IFOP fez uma grande enquete, que apontou-a como sendo a cantora preferida dos franceses.
Em 1967, a primeira grande tragédia de sua vida. De romance com Luigi Tenco, jovem cantor e compositor italiano, vai para San Remo defender com ele a música “Ciao, Amore, Ciao”.
A música não obtém por parte do júri a receptividade que Tenco esperava, então sem assistir ao encerramento da noite, Tenco vai para o hotel e dá um tiro na cabeça. É Dalida, quem chega logo depois e o encontra caído no chão do quarto.
Um mês depois é ela quem tenta o suicídio de uma maneira bem planejada. Finge que vai para o aeroporto viajar para a Itália, se hospeda no Hotel Príncipe de Gales com seu verdadeiro nome Yolanda Gigliotti, escreve algumas cartas; uma para a mãe e outra para os fãs...
É salva pela camareira que estranha o fato da luz estar sempre acesa e o quarto ter passado 48 horas sem ter sido arrumado...
É levada às pressas para o hospital, e sai do coma 5 dias depois.
Em 1968 dá uma mudada no visual, de morena e castanha vira uma super loira e fica mais sofisticada, mais “show”...
No final dos anos 60 vai para o Nepal em busca de paz interior e fica tendo lições e cursos de psicanálise freudiana aliada à espiritualidade oriental. Refeita e mais apaziguada, volta às suas atividades, gravando mais, fazendo mais shows e vai para os Estados Unidos onde faz uma série de apresentações muito bem sucedidas, com casa lotada e um público deslumbrado com sua figura no palco.
Junto a estas vitórias, vários romances tristes e trágicos, mais mortes, mais abandonos, mais despedidas e por ironia de tudo isto, mais sucesso na vida artística.
Mas este contraste acentuado das “duas vidas” de Dalida, acabaram por desgastá-la de tal maneira, que no dia 03 de maio de 1987 seu corpo é encontrado em sua casa, tendo ao lado apenas um bilhete simples e objetivo:
“ A vida para mim é insuportável...me perdoem ”
Um dos primeiros a encontrar Dalida morta foi seu irmão Orlando, também seu empresário , que acabou sendo seu herdeiro universal e detentor dos direitos de imagem de sua irmã famosa.
Está no Cemitério de Montmartre, e no bairro do mesmo nome foi inaugurada uma escultura da cantora e a “Praça Dalida”.
Em 2007, vinte anos após sua morte, o prefeito de Paris que também era grande amigo dela, organiza uma mostra comemorativa da figura de Dalida e de sua contribuição para a música da França.
Dalida tinha como característica fundamental de sua arte, a ironia e a dramaticidade. Era uma figura “kitch” e alegórica, e foi grande a sua capacidade de representar, usando a música como instrumento, a unidade indissolúvel da arte e da vida.
10 comentários:
Informação interessante que desconhecia de todo.
Que pena que a vida dela terminou assim.Acho que faltou acreditar que sua voz vinha de DEUS.
Quem consegue explicar estes problemas? Essa moça tinha tudo para dar certo, por muito tempo, beleza, charme, bons relacionamento e mesmo assim teve um fim trágico. E a gente que ficou privado de uma das melhores intérpretes da música francesa. Apesar daquele idioma que só ela conseguiu tornar um sucesso.
inteligente esse Odilon... concordo com tudo que diz...
OLÁ 'ROBERTO'
Em 1975 estive na casa de DALIDA,em Genéve junto do Lago Léman, pois o camareiro/secretário dela era primo de um primo meu, também ele a residir em Genéve, nessa altura já ela não tinha vontade de viver e tinha um desgosto enorme de não poder ter filhos. Foi uma mulher excepcional com uma vida cheia de sucessos mas crucíficada a nível amoroso.
Sem qualquer sombra de dúvida, Dalida foi uma estrela de primeira grandeza. Assistir a seus vídeos nos enleva. Sua voz maravilhosa, sua beleza, tudo enfim. Na verdade, Dalida, Luigi Tenco e muitos outros são na verdade escolhidos pelo bom Deus para nos deixar legados inesquecíveis. Onde quer que estejam, estão bem. Um fã saudoso. JORGE.
Maravilhosa. Uma só palavra define essa musa. No meu entender, e digo isso quase sem medo de errar, o grande amor de sua vida foi Luigi Tenco. O menino era demais. Unidos pela música e pela tragédia. Ciao Amore, Ciao disse tudo. A vida para mim é insuportável. Perdoem-me, foi sua ultima expressão. Eu completaria: A vida para mim seu meu querido Luigi, é insuportável. Perdoem-me. Em momento algum me atrevo a julgá-la. O seu legado para nós foi tão lindo que para mim Quello che conta. Amo aos dois incondicionalmente. Dali me inspira. Luigi me dá força. Deus os guarde para sempre. Um fã agradecido e emocionado. JORGE.
ERRATA: ... sem meu querido Luigi...
Choro de tanta felicidade apenas ouvindo as belas canções de Dalida é algo que não sei explicar vem de dentro de mim. Maravilhosa, te amo! Queira Deus existam outras vidas, pois, precisamos desta voz em forma de luz para nos guiar..
Laika Lassie, quando você se diz cadela, está ofendendo as cadelas,poia a lingua francesa é uma das mais belas do mundo, mas isso é só pra quem tem sensibilidade, e você não sabe o que é isso. Nem o nome de Dalida é pra estar na coca de uma ameba como você!
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