SEMPRE MÚSICA . . .

sábado, 1 de dezembro de 2007

[] Olga Guillot / La Cubanísima

Esta figura aí de cima, é hoje uma alegre e bonachona senhora de 85 anos que mora um pouco no México e um pouco na Flórida.

Olga Guillot nasceu em Havana em 1922 e junto com sua irmã Ana Luísa, formaram durante um certo tempo o duo “Las Hermanitas Guillot”. No início dos anos 40 Olga participou do “Quarteto Siboney”.

Debutou no “Havana Night Club” em 1945, local cobiçado por celebridades e aspirantes à fama. Na época era o local “top” de Cuba, o mais sofisticado, com muita música, muita orquestra, charutos e tequila.

Um músico/empresário fica impressionado com o talento de Olga e – bem relacionado que era – levou-a para Nova Yorque onde gravou seu primeiro álbum, pela “Decca Records”.

Vai para o México em 48, que adota como segunda casa e torna-se atriz; faz vários filmes enquanto continua cantando e gravando. Em 1954 grava “Menteme” que se transforma num estrondoso sucesso em toda a América Latina.

Em 1958 viaja pela Europa, fazendo shows na Itália, França, Espanha e Alemanha. Mantém ainda sua casa em Cuba e outra no México enquanto viaja pelo mundo inteiro fazendo turnês intermináveis.

Ferrenha opositora ao regime de Fidel Castro, em 1961 deixa Cuba e passa uma longa temporada na Venezuela para depois retornar definitivamente ao México. Continua viajando, para países distantes como Israel, Japão e Hong Kong.

Ganha a palma de ouro como “Melhor Cantora de Boleros da América Latina”. Em 1963, novamente na França, canta junto com Edith Piaf.

Olga Guillot foi a primeira artista de língua espanhola a se apresentar no Carnegie Hall. O ano era 1964.

Gravou mais de 60 álbuns e continuou fazendo turnês nestes 40 anos seguintes. Sua incompatibilidade com Fidel e seu governo permaneceu forte e como conseqüência, seus discos são proibidos em Cuba. Tanto para venda como para execução... o que não a impediu de ser premiadíssima, ganhando 20 discos de ouro e outros tantos de platina, e nem aí pra Fidel...

Meus amigos Odilon e Otávio me trouxeram de Buenos Aires vários presentes musicais e um deles, é este disco de Olga “La Cubanísima”; nele, “la reina del bolero” interpreta alguns de seus sucessos mais populares.

@ Contigo em la distancia
@ La noche de amor
@ Tu me acostumbraste
@ Sabor a mi
@ Delirio
@ No te importa saber
@ Ya vez asi pienso yo
@ Total
@ No vale la pena
@ Vete de mi
@ Imagenes
@ Oye corazón
@ Cuando tu quieras
@ Apoyate en mi alma
@ Tu nombre
@ Que nadie se entere

Olga sempre foi uma mulher temperamental e franca, e por este motivo colecionou alguns apelidos ... Pablo Picasso costumava se referir a ela como um touro miúra solto na arena...

O disco tem clima de “nightclub”, com orquestra de metais, muita percussão e uma “crooner” de voz e interpretação personalíssima, dramática, como pede um bom bolero... Voz de quem tem um passado e muitas histórias.

Um comentário:

Anônimo disse...

consigo ouvir e gostar, sem nunca ter ouvido....