SEMPRE MÚSICA . . .

sexta-feira, 30 de novembro de 2007

[] Frank Sinatra Jr./ O Peso de Um Sobrenome

Ser filho de gente famosa é meio complicado; principalmente no chamado “mundo artístico”. Vários exemplos são bem conhecidos:

Natalie Cole, filha do grande Nat King, viu muito nariz torcido e leu muitas críticas pouco simpáticas por querer ter sua própria carreira musical.

Liza Minnelli comeu o pão que o diabo amassou para provar ao mundo que era competente pela própria natureza, e não por ser filha de Judy Garland. Atriz, dançarina, cantora e “show-woman”, também foi muito comparada à mãe, e a crítica mal humorada ficava procurando defeitos na carreira da moça...
Tanto a coisa é assim, que sua irmã – também cantora – praticamente foi estrangulada pelos laços de família, mesmo tendo usado o sobrenome paterno.

Talvez pouca gente saiba que Lorna Luft é a irmã mais moça de Liza e filha de Judy Garland com Syd Luft. Pois é.

Temos bem mais próximo de nós, um exemplo bastante eloqüente: Maria Rita, filha de Elis Regina. Logo de quem, né...

Com
Frank Sinatra Jr., não foi muito diferente. O pai dele não era apenas um bom cantor, era o Frank Sinatra! E isso tem um peso, é uma via de duas mãos. Pode ajudar, até abre portas, é verdade, mas a cobrança também é proporcional ao sobrenome que carrega.

Nascido em 1944, começou cantando na noite abrindo os shows do pai famoso, gravando disco e sendo alfinetado pela crítica; tanto que nunca teve lá um grande hit nas paradas, ao contrário de sua irmã Nancy, que gravou vários LP’s lançados aqui no Brasil na década de 60 e 70, teve algumas músicas nas listas “top” durante algum tempo; uma de suas gravações, “You only live twice” é tema de um dos filmes da série de James Bond. Mas também pagou o preço por se chamar Nancy Sinatra...

E o curioso, é que mesmo sendo um excelente cantor, tendo competentes músicos, apresentado-se em shows muito bem produzidos e tendo uma ótima presença de palco, a crítica ainda assim insistia em rejeitá-lo, como que dissesse:
“....basta um Sinatra. Pare de cantar...” e, para azar dele, seu timbre de voz sempre foi idêntico ao do pai.
E à medida que o tempo ia passando, mais parecida ficava.

Este cd, “That Face” ele gravou depois de mais de 10 anos de silêncio em discos, pois nos últimos anos dedicava-se à produção musical e direção artística do Sinatrão...

É um cd excelente, muito bem produzido, arranjos cuidadosos, e gravado no famoso estúdio da “Capitol”. O disco tem:

@ that face @ I’m afraid the masquerade is over @ feeling good @ I was a fool to let you go @ spice @ girl talk (dueto com steve tyrell) @ cry me a river @ what a difference a day made @ you’ll never know @ softly as in a morning sunrise @ trouble with hello is goodbye @ walking happy @ the people that you never get to love.

O problema é que sempre teremos aquela crítica azeda, de mal com o mundo, que tem um prazer especial em botar pra baixo, em cobrar coisas que não são de sua competência cobrar, ainda mais quando se trata de algo pra lá de subjetivo, como gosto musical.

Existe a edição nacional, distribuída aqui no Brasil pela Warner Music Brasil Ltda. Como sempre, nas boas casas do ramo !

Um comentário:

Adriana disse...

UMA GRANDE VOZ ,COM UM REPERTÓRIO DE PRIMEIRA LINHA