Uma grande
pianista, uma grande intérprete e uma mulher extremamente elegante tanto na sua atividade artística, como na vida pessoal, com amigos e colegas de trabalho.
Perfeccionista ao extremo, como acontece com aqueles que têm talento e conhecem seu potencial, aqueles que não se contentam com nada menos que o máximo, que o excelente, que o melhor.
Shirley sempre viveu em Washington, lugar onde nasceu em 1934. Começa desde cedo, muito cedo, a estudar piano. Com 4 anos de idade já tinha aulas bastante intensivas para alguém de sua idade. Mas ela queria mesmo ser uma pianista e não media esforços para isso.
Tanto é que com 12 anos inicia a estudar composição na Howard University, e aos 18 anos recebe um convite para estudar piano em Nova York; convite este que infelizmente não pôde ser aceito pois sua família não tinha condições de mantê-la na “Big Apple”...
Então Shirley se atirou de cabeça nos estudos e nas apresentações, dedicando-se ao máximo, para conseguir seus objetivos.
Em 1954 já tinha um grupo instrumental só seu, e foi se tornando conhecida como pianista nos locais onde se apresentava.
Com talento, estudo e dedicação, em 1960 grava seu primeiro disco, que passou pelo público e pela crítica muito discretamente pois fora gravado numa empresa pequena, com tiragem reduzida e sem muita divulgação.
Mas mesmo assim, este disco = sabe-se lá como = foi parar nas mãos de nada mais nada menos que Miles Davis, trompetista respeitado pela competência e pela maneira inovadora de usar seu instrumento.
Quando Miles ouviu o disco, ficou muito impressionado com a qualidade “daquela” pianista; trata de convidá-la e convencê-la a ir para Nova York para abrir sua próxima temporada de shows no renomado e lendário clube VILLAGE VANGUARD.
Para Shirley, não podia haver vitrine melhor para seu talento e seu trabalho, pois assim, os contatos não faltaram, nem convites e contratos para apresentações e para acompanhar artistas famosos.
Nasce então sua filha Rainy, e Shirley diminui drasticamente suas atividades artísticas para se dedicar em tempo integral à filha e ao marido e decidiu ser uma dona de casa pelo tempo que fosse necessário. Uma ou outra apresentação aqui ou acolá, e nada mais que isto.
Somente em 1987, quando foi contratada pela VERVE RECORDS, é que sua carreira ganha novo fôlego e suas atividades voltam ao ritmo anterior.
Shirley é citada com freqüência por vários cantores e cantoras de jazz como modelo e grande influência que ela representa para eles. Diana Krall, também pianista e cantora, sempre admitiu que seus ídolos e modelos sempre foram cantoras pianistas, como Sarah Vaughan, Carmen McRae e Shirley Horn...
Admiradora da música brasileira, principalmente da obra Tom Jobim, Shirley ficou muito triste com a morte do maestro brasileiro e sempre lhe prestava uma homenagem incluindo uma música dele em suas apresentações.
A última vez que esteve por aqui foi em 2002 para se apresentar no TIM FESTIVAL.
Mas o que torna uma interpretação de Shirley Horn tão especial, tão marcante ?
Poderia se dizer muita coisa, mas o que se sobressai para o ouvinte mais atento, é a maneira elegante de tocar e dedilhar seus acordes.
É a suavidade com que ela sublinha o que está cantando, com sua voz rouca e doce ao mesmo tempo; lentamente, quase falando a letra das canções, quase segredando ao pé do ouvido uma dor ou uma tristeza...
Shirley ganhou em sua carreira 5 WAMMY, prêmio concedido pela indústria fonográfica de Chicago. Foi também indicada 7 vezes consecutivas ao GRAMMY e finalmente, ganha por sua performance musical no disco “I Remember Miles”, que traz na capa um bonito desenho em vermelho, feito pelo próprio Miles Davis, seu descobridor e grande incentivador.
Diabética, foi forçada a amputar o pé direito em 2002, o que não a impediu de se mostrar nos palcos; entrava numa cadeira de rodas e cumpria seu ofício e sua arte.
Lembraremos de sua música por muito tempo, e isto serve não só para os apreciadores do que se convencionou chamar de “Jazz”...
Sua última gravação foi o cd BUT BEAUTIFUL, de 2005, ano de sua morte, aos 71 anos.
Shirley era acima de tudo, e principalmente, uma exímia pianista, e uma excelente intérprete de baladas. Lentas, românticas e quase meditativas, que ela nos encantava ao interpretá-las com sua voz sussurrada, e tudo isto costurado por seus acordes ao piano, e sempre com muita elegância.
Perfeccionista ao extremo, como acontece com aqueles que têm talento e conhecem seu potencial, aqueles que não se contentam com nada menos que o máximo, que o excelente, que o melhor.
Shirley sempre viveu em Washington, lugar onde nasceu em 1934. Começa desde cedo, muito cedo, a estudar piano. Com 4 anos de idade já tinha aulas bastante intensivas para alguém de sua idade. Mas ela queria mesmo ser uma pianista e não media esforços para isso.
Tanto é que com 12 anos inicia a estudar composição na Howard University, e aos 18 anos recebe um convite para estudar piano em Nova York; convite este que infelizmente não pôde ser aceito pois sua família não tinha condições de mantê-la na “Big Apple”...
Então Shirley se atirou de cabeça nos estudos e nas apresentações, dedicando-se ao máximo, para conseguir seus objetivos.
Em 1954 já tinha um grupo instrumental só seu, e foi se tornando conhecida como pianista nos locais onde se apresentava.
Com talento, estudo e dedicação, em 1960 grava seu primeiro disco, que passou pelo público e pela crítica muito discretamente pois fora gravado numa empresa pequena, com tiragem reduzida e sem muita divulgação.
Mas mesmo assim, este disco = sabe-se lá como = foi parar nas mãos de nada mais nada menos que Miles Davis, trompetista respeitado pela competência e pela maneira inovadora de usar seu instrumento.
Quando Miles ouviu o disco, ficou muito impressionado com a qualidade “daquela” pianista; trata de convidá-la e convencê-la a ir para Nova York para abrir sua próxima temporada de shows no renomado e lendário clube VILLAGE VANGUARD.
Para Shirley, não podia haver vitrine melhor para seu talento e seu trabalho, pois assim, os contatos não faltaram, nem convites e contratos para apresentações e para acompanhar artistas famosos.
Nasce então sua filha Rainy, e Shirley diminui drasticamente suas atividades artísticas para se dedicar em tempo integral à filha e ao marido e decidiu ser uma dona de casa pelo tempo que fosse necessário. Uma ou outra apresentação aqui ou acolá, e nada mais que isto.
Somente em 1987, quando foi contratada pela VERVE RECORDS, é que sua carreira ganha novo fôlego e suas atividades voltam ao ritmo anterior.
Shirley é citada com freqüência por vários cantores e cantoras de jazz como modelo e grande influência que ela representa para eles. Diana Krall, também pianista e cantora, sempre admitiu que seus ídolos e modelos sempre foram cantoras pianistas, como Sarah Vaughan, Carmen McRae e Shirley Horn...
Admiradora da música brasileira, principalmente da obra Tom Jobim, Shirley ficou muito triste com a morte do maestro brasileiro e sempre lhe prestava uma homenagem incluindo uma música dele em suas apresentações.
A última vez que esteve por aqui foi em 2002 para se apresentar no TIM FESTIVAL.
Mas o que torna uma interpretação de Shirley Horn tão especial, tão marcante ?
Poderia se dizer muita coisa, mas o que se sobressai para o ouvinte mais atento, é a maneira elegante de tocar e dedilhar seus acordes.
É a suavidade com que ela sublinha o que está cantando, com sua voz rouca e doce ao mesmo tempo; lentamente, quase falando a letra das canções, quase segredando ao pé do ouvido uma dor ou uma tristeza...
Shirley ganhou em sua carreira 5 WAMMY, prêmio concedido pela indústria fonográfica de Chicago. Foi também indicada 7 vezes consecutivas ao GRAMMY e finalmente, ganha por sua performance musical no disco “I Remember Miles”, que traz na capa um bonito desenho em vermelho, feito pelo próprio Miles Davis, seu descobridor e grande incentivador.
Diabética, foi forçada a amputar o pé direito em 2002, o que não a impediu de se mostrar nos palcos; entrava numa cadeira de rodas e cumpria seu ofício e sua arte.
Lembraremos de sua música por muito tempo, e isto serve não só para os apreciadores do que se convencionou chamar de “Jazz”...
Sua última gravação foi o cd BUT BEAUTIFUL, de 2005, ano de sua morte, aos 71 anos.
Shirley era acima de tudo, e principalmente, uma exímia pianista, e uma excelente intérprete de baladas. Lentas, românticas e quase meditativas, que ela nos encantava ao interpretá-las com sua voz sussurrada, e tudo isto costurado por seus acordes ao piano, e sempre com muita elegância.
Um comentário:
Sempre surpreendente!
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