Na noite de 15 de agosto de 1977, Elvis Aaron Presley foi ao dentista, o que não era nada incomun para ele. Voltou para casa, jogou um pouco de tênis, depois ficou ao piano tocando algumas músicas e foi dormir lá pelas 4 ou 5 horas da madrugada.
Por volta das 10 horas da manhã seguinte, levantou-se, e foi ler no banheiro – outro costume seu...
O que aconteceu a partir deste momento até ser encontrado caído no banheiro de sua suíte em “Graceland”, sua mansão, depois das 15 horas, ninguém poderá afirmar exatamente.
Estava morto um dos maiores ídolos “pop” do século 20, e talvez o maior ícone da música americana...
Nascido num lugarzinho chamado Tupelo, no Mississippi em 08 de janeiro de 1935, Elvis era gêmeo de um outro menino que morreu logo após o nascimento. Seu pai não tinha trabalho fixo, e sua mãe ajudava a completar o orçamento doméstico, fazendo alguns trabalhos eventuais.
Moravam numa modestíssima casa, nos arredores de Tupelo = na grande Tupelo = em termos de hoje, vizinhos de um grande quarteirão habitados somente por negros.
A casa só tinha um cômodo grande, e era sem banheiro. A vida para os Presley era realmente bem apertada, e bastante instável financeiramente.
Eram assíduos freqüentadores da Igreja Evangélica da Assembléia de Deus, e foi assim que Elvis teve seu primeiro contato com a música.
Quando completou 8 anos, pediu de presente aos pais um violão, e aprendeu os primeiros acordes com a ajuda de um tio de sua mãe, que costumava tocar nas festinhas de família. Era aquele tio bonachão, que gostava de cantar hinos e música country, contar histórias e sentar no quintal após as refeições e ficar embaixo de uma árvore tocando sem parar...
Já que seu pai Vernon não conseguia um trabalho melhor mais estável em Tupelo, os Presley decidiram se mudar para Memphis, que naquela época, estava em pleno desenvolvimento e parecia a todos, uma terra promissora.
Elvis então, já era um adolescente, mas na nova cidade não conseguia fazer amizades facilmente com os garotos de sua idade. Era tímido e bastante reservado, e seu visual também não ajudava muito, pois acabava causando uma certa estranheza, que criava mais uma barreira entre eles.
Enquanto os outros meninos usavam o cabelo num corte militar e vestiam camisetas, Elvis já cultivava um enorme topete e usava umas costeletas que contratavam com seu rosto juvenil.
E suas roupas [ para os padrões do bairro ] eram berrantes e espalhafatosas, e ele as comprava na “Beale Street”, no centro de Memphis, onde os negros tinham seu comércio centralizado. E no mercado de negros, os preços eram mais em conta que no mercado de brancos. Assim, Elvis gastava bem menos com suas roupas...
Ao contrário da maioria da população americana, Elvis não fazia qualquer distinção de raça. E freqüentava com a mesma desenvoltura os ambientes da comunidade branca e os da comunidade negra.
É bom termos em mente, que nos anos 50, até as emissoras de rádio americanas eram divididas em dois grupos: as que tinham uma programação somente com artistas negros, destinada ao público negro, e as que transmitiam uma programação feita só por cantores e músicos brancos, para a comunidade branca...
Para ajudar a família a equilibrar melhor o orçamento, Elvis decidiu ser caminhoneiro da “Crown Eletric” de Memphis.
Um dia, passando pela “Union Street”, viu um cartaz de propaganda, dizendo que a gravadora Sun Records por apenas 1 dolar, gravava discos com “você cantando”, o que poderia ser um “bom presente para a pessoa amada”...
Elvis então, resolveu dar de presente um desses discos para sua mãe Gladys, que estava de aniversário. Entrou e cantou uma velha balada : “My Happiness”.
Esta foi , portanto, a primeiríssima gravação de Elvis Presley. O dono da gravadora, Sam Philips, ouvindo Elvis cantar, se entusiasmou tanto, que chamou às pressas 2 músicos de estúdio para acompanha-lo...
Mas depois de mais de uma hora, não achavam nada tão interessante assim, até que Elvis, vencendo sua timidez, sugeriu a Sam uma música: e cantou de uma maneira bastante original, uma velha música country conhecida de todo mundo, “That’s all right, mama”.
Os primeiros discos de Elvis pela Sun Records fizeram tanto sucesso, que as pessoas ligavam para as estações de rádio da cidade, perguntando quem era aquele negro cantando country e outros perguntando quem era aquele branco cantando blues...
E assim, Elvis começou a aparecer nas paradas de “country” e de “rhythm and blues”. Até então, nenhum outro artista tin ha conseguido esta façanha.
Em 1955, Sam Philips vendeu o contrato de Elvis para a RCA Victor, pois não podia bancar o sucesso vertiginoso e rápido que estava acontecendo... A Sun Records era uma gravadora muito pequena, artesanal, e não podia oferecer a Elvis o que as outras, já grandes e conhecidas, ofereciam.
Seu empresário da RCA, que foi o único que Elvis teve em toda a vida, tratou de veicular o novo “produto” pela televisão, e assim, forçou os americanos a conhecerem o mais novo ídolo da música. Escândalo, claro ! Elvis era diferente em tudo, para os padrões da época. Desde o visual, a atitude, o repertório, a voz, o jeito de cantar mesmo a mais banal das músicas....
Cantava como ninguém cantava, dançava como homem nenhum dançava, e depois, aquele visual completamente diferente do americano “iogurte + sucrilhos”.
Deu no que deu...
Os produtores mais atrevidos e com visão, queriam Elvis em seus programas, e a partir de 1956, ele começa no cinema, mídia excelente para veicular um novo conceito de entretenimento; comédias românticas, rodadas em lugares paradisíacos, tipo uma “Ilha da Fantasia”, sempre às voltas com um violão e garotas como Nancy Sinatra e Anne-Margret. Típica “Sessão da Tarde”.
Em 1958, vai para o exército e fica na Alemanha quase 2 anos, volta em 1960 e vai praticamente direto para o The Frank Sinatra Show, o que o impulsiona para um novo segmento de público...
Mas aí, aparecem os Beatles, os Beach Boys, os Rolling Stones e Elvis já não está mais sozinho na fase da sensação de público e vendas de discos. Suas músicas já não vendiam como antes, pois o “fenômeno” Beatles veio modificar todo um conceito musical e de marketing.
Elvis foi o escolhido por Barbra Streisand para o filme “Nasce uma Estrela”, papel que acabou sendo de Kris Kristofferson, assim como também era o mais cotado para estrelar com Elizabeth Taylor “Gata Em Teto de Zinco Quente”, ficando para Paul Newman o papel do marido displicente e omisso.
Elvis não aceitou fazer estes filmes por insistência veemente de seu empresário, que achava que ele funcionava melhor nas comédias românticas. Entenda-se este “funcionava melhor”, como “dava mais lucro”.
Em 1972, termina seu casamento com Priscilla, com quem tinha casado em 1967 e tido sua única filha Lisa Marie em 1968.
Mesmo tendo uma relação cordial com a ex mulher, Elvis entrou em depressão profunda com a separação, os altos e baixos da carreira acentuavam seu descontentamento, a sensação de que uma fase dourada estava acabando faziam com que ele tivesse picos maiores ainda de euforia e depressão...
Começou a engordar sem controle, procurava dietas milagrosas e suicidas, tudo isso com muita química e muito álcool. Barbitúricos, tranqüilizantes e anfetaminas, em quantidades cada vez maiores foram tirando Elvis do prumo.
Hospitalizações freqüentes e uma alimentação inadequada, foram comprometendo todo o organismo dele, deixando-o debilitado e sem resistência, para agüentar a vida totalmente descontrolada que andava levando na época.
O “Baptist Memorial Hospital” declarou no documento que atestou o óbito, como tendo sido às 15:30h a hora da morte, e a causa, como sendo uma severa arritmia cardíaca.
O mundo inteiro conheceu Elvis Presley. Mesmo aqueles que não gostavam de suas músicas, sabem quem ele foi e sabem da sua influência na maneira de cantar, de dançar e de fazer um show para o mundo, como aquele de 1973 via satélite, direto do Havaí, que chegou até o Brasil, via rede Tupi.
Elvis também nesta modalidade foi um pioneiro...até então, nenhum artista tinha realizado um show desta magnitude, via satélite, para o “world”.
[ that’s all right, Elvis ] !
@ quer assistir a última apresentação em público de Elvis? clique aqui !!
Por volta das 10 horas da manhã seguinte, levantou-se, e foi ler no banheiro – outro costume seu...
O que aconteceu a partir deste momento até ser encontrado caído no banheiro de sua suíte em “Graceland”, sua mansão, depois das 15 horas, ninguém poderá afirmar exatamente.
Estava morto um dos maiores ídolos “pop” do século 20, e talvez o maior ícone da música americana...
Nascido num lugarzinho chamado Tupelo, no Mississippi em 08 de janeiro de 1935, Elvis era gêmeo de um outro menino que morreu logo após o nascimento. Seu pai não tinha trabalho fixo, e sua mãe ajudava a completar o orçamento doméstico, fazendo alguns trabalhos eventuais.
Moravam numa modestíssima casa, nos arredores de Tupelo = na grande Tupelo = em termos de hoje, vizinhos de um grande quarteirão habitados somente por negros.
A casa só tinha um cômodo grande, e era sem banheiro. A vida para os Presley era realmente bem apertada, e bastante instável financeiramente.
Eram assíduos freqüentadores da Igreja Evangélica da Assembléia de Deus, e foi assim que Elvis teve seu primeiro contato com a música.
Quando completou 8 anos, pediu de presente aos pais um violão, e aprendeu os primeiros acordes com a ajuda de um tio de sua mãe, que costumava tocar nas festinhas de família. Era aquele tio bonachão, que gostava de cantar hinos e música country, contar histórias e sentar no quintal após as refeições e ficar embaixo de uma árvore tocando sem parar...
Já que seu pai Vernon não conseguia um trabalho melhor mais estável em Tupelo, os Presley decidiram se mudar para Memphis, que naquela época, estava em pleno desenvolvimento e parecia a todos, uma terra promissora.
Elvis então, já era um adolescente, mas na nova cidade não conseguia fazer amizades facilmente com os garotos de sua idade. Era tímido e bastante reservado, e seu visual também não ajudava muito, pois acabava causando uma certa estranheza, que criava mais uma barreira entre eles.
Enquanto os outros meninos usavam o cabelo num corte militar e vestiam camisetas, Elvis já cultivava um enorme topete e usava umas costeletas que contratavam com seu rosto juvenil.
E suas roupas [ para os padrões do bairro ] eram berrantes e espalhafatosas, e ele as comprava na “Beale Street”, no centro de Memphis, onde os negros tinham seu comércio centralizado. E no mercado de negros, os preços eram mais em conta que no mercado de brancos. Assim, Elvis gastava bem menos com suas roupas...
Ao contrário da maioria da população americana, Elvis não fazia qualquer distinção de raça. E freqüentava com a mesma desenvoltura os ambientes da comunidade branca e os da comunidade negra.
É bom termos em mente, que nos anos 50, até as emissoras de rádio americanas eram divididas em dois grupos: as que tinham uma programação somente com artistas negros, destinada ao público negro, e as que transmitiam uma programação feita só por cantores e músicos brancos, para a comunidade branca...
Para ajudar a família a equilibrar melhor o orçamento, Elvis decidiu ser caminhoneiro da “Crown Eletric” de Memphis.
Um dia, passando pela “Union Street”, viu um cartaz de propaganda, dizendo que a gravadora Sun Records por apenas 1 dolar, gravava discos com “você cantando”, o que poderia ser um “bom presente para a pessoa amada”...
Elvis então, resolveu dar de presente um desses discos para sua mãe Gladys, que estava de aniversário. Entrou e cantou uma velha balada : “My Happiness”.
Esta foi , portanto, a primeiríssima gravação de Elvis Presley. O dono da gravadora, Sam Philips, ouvindo Elvis cantar, se entusiasmou tanto, que chamou às pressas 2 músicos de estúdio para acompanha-lo...
Mas depois de mais de uma hora, não achavam nada tão interessante assim, até que Elvis, vencendo sua timidez, sugeriu a Sam uma música: e cantou de uma maneira bastante original, uma velha música country conhecida de todo mundo, “That’s all right, mama”.
Os primeiros discos de Elvis pela Sun Records fizeram tanto sucesso, que as pessoas ligavam para as estações de rádio da cidade, perguntando quem era aquele negro cantando country e outros perguntando quem era aquele branco cantando blues...
E assim, Elvis começou a aparecer nas paradas de “country” e de “rhythm and blues”. Até então, nenhum outro artista tin ha conseguido esta façanha.
Em 1955, Sam Philips vendeu o contrato de Elvis para a RCA Victor, pois não podia bancar o sucesso vertiginoso e rápido que estava acontecendo... A Sun Records era uma gravadora muito pequena, artesanal, e não podia oferecer a Elvis o que as outras, já grandes e conhecidas, ofereciam.
Seu empresário da RCA, que foi o único que Elvis teve em toda a vida, tratou de veicular o novo “produto” pela televisão, e assim, forçou os americanos a conhecerem o mais novo ídolo da música. Escândalo, claro ! Elvis era diferente em tudo, para os padrões da época. Desde o visual, a atitude, o repertório, a voz, o jeito de cantar mesmo a mais banal das músicas....
Cantava como ninguém cantava, dançava como homem nenhum dançava, e depois, aquele visual completamente diferente do americano “iogurte + sucrilhos”.
Deu no que deu...
Os produtores mais atrevidos e com visão, queriam Elvis em seus programas, e a partir de 1956, ele começa no cinema, mídia excelente para veicular um novo conceito de entretenimento; comédias românticas, rodadas em lugares paradisíacos, tipo uma “Ilha da Fantasia”, sempre às voltas com um violão e garotas como Nancy Sinatra e Anne-Margret. Típica “Sessão da Tarde”.
Em 1958, vai para o exército e fica na Alemanha quase 2 anos, volta em 1960 e vai praticamente direto para o The Frank Sinatra Show, o que o impulsiona para um novo segmento de público...
Mas aí, aparecem os Beatles, os Beach Boys, os Rolling Stones e Elvis já não está mais sozinho na fase da sensação de público e vendas de discos. Suas músicas já não vendiam como antes, pois o “fenômeno” Beatles veio modificar todo um conceito musical e de marketing.
Elvis foi o escolhido por Barbra Streisand para o filme “Nasce uma Estrela”, papel que acabou sendo de Kris Kristofferson, assim como também era o mais cotado para estrelar com Elizabeth Taylor “Gata Em Teto de Zinco Quente”, ficando para Paul Newman o papel do marido displicente e omisso.
Elvis não aceitou fazer estes filmes por insistência veemente de seu empresário, que achava que ele funcionava melhor nas comédias românticas. Entenda-se este “funcionava melhor”, como “dava mais lucro”.
Em 1972, termina seu casamento com Priscilla, com quem tinha casado em 1967 e tido sua única filha Lisa Marie em 1968.
Mesmo tendo uma relação cordial com a ex mulher, Elvis entrou em depressão profunda com a separação, os altos e baixos da carreira acentuavam seu descontentamento, a sensação de que uma fase dourada estava acabando faziam com que ele tivesse picos maiores ainda de euforia e depressão...
Começou a engordar sem controle, procurava dietas milagrosas e suicidas, tudo isso com muita química e muito álcool. Barbitúricos, tranqüilizantes e anfetaminas, em quantidades cada vez maiores foram tirando Elvis do prumo.
Hospitalizações freqüentes e uma alimentação inadequada, foram comprometendo todo o organismo dele, deixando-o debilitado e sem resistência, para agüentar a vida totalmente descontrolada que andava levando na época.
O “Baptist Memorial Hospital” declarou no documento que atestou o óbito, como tendo sido às 15:30h a hora da morte, e a causa, como sendo uma severa arritmia cardíaca.
O mundo inteiro conheceu Elvis Presley. Mesmo aqueles que não gostavam de suas músicas, sabem quem ele foi e sabem da sua influência na maneira de cantar, de dançar e de fazer um show para o mundo, como aquele de 1973 via satélite, direto do Havaí, que chegou até o Brasil, via rede Tupi.
Elvis também nesta modalidade foi um pioneiro...até então, nenhum artista tinha realizado um show desta magnitude, via satélite, para o “world”.
[ that’s all right, Elvis ] !
@ quer assistir a última apresentação em público de Elvis? clique aqui !!
5 comentários:
Aprendi a gostar de Elvis atraves do meu marido,e passei realmente a gostar ,principalmente das mais romanticas.Este post mostrei a ele ,que achou o máximi!Tenha um bom dia!
Parbéns pelas bodas de vinil!Bom fim de semana!
uma pergunta, alguem sabe pra quem elvis fez a música silvia /
quem é silvia? obrigado.
Elvis foi e sera o melhor cantor,
falo isto porque desde os meus cinco anos de idade, gosto das suas musicas e olha escuto todos os dias hoje tenho 37 anos e minha filha curti Elvis ela tem 13 anos,
realmente Elvis e o melhor,
Silvio Rodrigues.
Ótimo texto com alguns enganos .Um deles que Elvis não bebia.Outra coisa , a casa de Túpelo tinha dois cômodos.Cel. Parker não era o empresário da RCA mas do Elvis que procurou a RCA e vendeu um contrato, pagando à Sun Records para liberar Elvis.Sobre a morte de Elvis já se sabe o que aconteceu.Dois médicos fizeram a autópsia e um era um mineiro.Se vc for ao meu blog vai clicar sobre o Flics, à esquerda, ir até a foto que Elvis está ao fone e lá tem todo o relato.
Elvis Forever!!!
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