Foi em 1958 que se ouviu e se leu pela primeira vez o termo “Bossa Nova”, inventado de última hora, que vinha nos cartazes que faziam propaganda de um espetáculo musical que acontecia no “Grupo Universitário Hebraico”, que dizia assim: “CARLOS LYRA, SYLVIA TELLES E OS SEUS BOSSA-NOVA”.
Sylvia gravou várias músicas dos compositores da segunta metade dos anos 50, e algumas delas, são consideradas até hoje como “clássicos” da Bossa Nova, além de serem referência para os intérpretes que vieram depois dela, como por exemplo, a composição de Tom Jobim & Newton Mendonça “Foi a Noite”, é considerada por muitos estudiososo do assunto com uma das precurssoras da Bossa Nova... [Foi a noite, foi o mar, eu sei...]
Sylvia iniciou sua carreira profissional em 1955, quando participou de uma revista musical apresentada do “Teatro Follies”, em Copacabana. Esta revista tinha um nome típico dos anos 50: “Gente de Bem e Champanhota”... Sylvia cantava aqui “Amedoim Torradinho”, uma música que foi regravada por vários colegas seus, como Ivon Cury, Dóris Monteiro, Angela Maria...
[ Meu bem, este teu corpo parece, do jeito que ele
me aquece, um amendoim torradinho...]
Neste mesmo ano grava seu primeiro disco, um 78 rpm, que tinha “Amendoim Torradinho” e “Desejo”. Nestas gravações ela foi acompanhada pelo violonista Candinho, com quem casou-se pouco depois, e que seria o pai de sua única filha, a cantora Cláudia Telles.
Por esta época, apresentava com o marido, pela TV Rio, o programa “Música & Romance”, onde recebiam convidados, como Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf, Billy Blanco e mais quem estivesse fazendo coisas novas e interessantes com música e pela música.
Conversavam, falavam de suas criações e, claro, cantavam e tocavam... Logo após o nascimento de Cláudia, Candinho e Sylvia se separam.
Seu primeiro LP, chamado “Carícia”, foi lançado em 1957, pela Odeon, e tinha músicas que ficaram “eternas”, como “Chove Lá Fora”, de Tito Madi... [ A noite está tão fria, chove lá fora...e esta saudade enjoada não vai embora...]
Tinha ainda “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Tom & Vinícius [ Vai tua vida, teu caminho é de paz e amor...]
Aí, em 1958, aconteceu o show que escrevi no início deste “post”. A Bossa Nova já estava formatada, e sua proposta de novos arranjos e uma maneira toda nova de cantar, ganhava dia a dia mais fãs e mais adeptos...
Por estes motivos, ressaltei no título da postagem o “esquecimento” que a mídia e as gravadoras tiveram e têm com Sylvia Telles. Pra começar, não é tão fácil encontrar seus discos por aí...Provavelmente seja mais fácil encontrá-los lá fora, nos Estados Unidos...Sim ! ela gravou alguns discos por lá, ou no Japão, que é um verdadeiro arquivo de coisas musicais raras e de qualidade. Tem disco de Sylvia gravado no exterior, que nunca foi lançado no Brasil... por que será?
Em 1959 lança um LP com o nome de “Sylvia”, que traz outro grande clássico na nossa música popular, “Estrada do Sol”, de Tom Jobim & Dolores Duran... [ É de manhã, vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu, ainda estão a brilhar, ainda estão a cantar, ao vento alegre que me traz esta canção...]
Ainda neste mesmo ano, grava outra música que entrou para nossa história: de Tom & Vinícius. “A Felicidade”...[ Tristeza não tem fim, felicidade sim...]
O disco tem ainda “O Que Tinha de Ser”, também de Tom & Vinícius...[ Por que foste na vida, a última esperança, encontrar-te me fez criança...]
Este disco “Sylvia”, foi a consagração de Sylvia Telles como cantora e intérprete, e impulsionou sua ida para os Estados Unidos, em 1961.
Foi produzido por Aloysio de Oliveira, com quem se casou quase dois anos depois. Sylvia tem em sua discografia trabalhos muito interessantes e importantes, com títulos que refletem bem a época em foram gravados, como por exemplo: “Sylvia Telles – Amor em HI-FI”, ou “Bossa, Balanço e Balada”, “The Face I Love”, disco que foi lançado no Brasil com o título de "It Might as Well be Spring".
No ano de sua morte, 1966, Sylvia fez uma turnê pela Alemanha junto com Edu Lobo , e estava se preparando para voltar aos Estados Unidos para mais uma temporada e mais gravações...
Morreu aos 32 anos, num acidente de automóvel, junto com seu namorado da época, Horácio de Carvalho Filho, quando viajavam para a fazenda dele em Maricá, Rio de Janeiro.
Para muitos jornalistas que se ocupam de escrever sobre a nossa história musical, Sylvia foi uma das melhores intépretes de nossa música; não só pela sua voz e sua maneira de interpretar, mas pelas canções que escolhia cantar...
Pena que não teve tempo para ver que quase todas elas entraram para a história da boa música popular brasileira, cantada e tocada por todos. Aqui e no mundo.
Quer ver e ouvir Sylvia Telles cantando “Demais”, de Tom Jobim? Clique Aqui !!
Sylvia gravou várias músicas dos compositores da segunta metade dos anos 50, e algumas delas, são consideradas até hoje como “clássicos” da Bossa Nova, além de serem referência para os intérpretes que vieram depois dela, como por exemplo, a composição de Tom Jobim & Newton Mendonça “Foi a Noite”, é considerada por muitos estudiososo do assunto com uma das precurssoras da Bossa Nova... [Foi a noite, foi o mar, eu sei...]
Sylvia iniciou sua carreira profissional em 1955, quando participou de uma revista musical apresentada do “Teatro Follies”, em Copacabana. Esta revista tinha um nome típico dos anos 50: “Gente de Bem e Champanhota”... Sylvia cantava aqui “Amedoim Torradinho”, uma música que foi regravada por vários colegas seus, como Ivon Cury, Dóris Monteiro, Angela Maria...
[ Meu bem, este teu corpo parece, do jeito que ele
me aquece, um amendoim torradinho...]
Neste mesmo ano grava seu primeiro disco, um 78 rpm, que tinha “Amendoim Torradinho” e “Desejo”. Nestas gravações ela foi acompanhada pelo violonista Candinho, com quem casou-se pouco depois, e que seria o pai de sua única filha, a cantora Cláudia Telles.
Por esta época, apresentava com o marido, pela TV Rio, o programa “Música & Romance”, onde recebiam convidados, como Tom Jobim, Dolores Duran, Johnny Alf, Billy Blanco e mais quem estivesse fazendo coisas novas e interessantes com música e pela música.
Conversavam, falavam de suas criações e, claro, cantavam e tocavam... Logo após o nascimento de Cláudia, Candinho e Sylvia se separam.
Seu primeiro LP, chamado “Carícia”, foi lançado em 1957, pela Odeon, e tinha músicas que ficaram “eternas”, como “Chove Lá Fora”, de Tito Madi... [ A noite está tão fria, chove lá fora...e esta saudade enjoada não vai embora...]
Tinha ainda “Se Todos Fossem Iguais a Você”, de Tom & Vinícius [ Vai tua vida, teu caminho é de paz e amor...]
Aí, em 1958, aconteceu o show que escrevi no início deste “post”. A Bossa Nova já estava formatada, e sua proposta de novos arranjos e uma maneira toda nova de cantar, ganhava dia a dia mais fãs e mais adeptos...
Por estes motivos, ressaltei no título da postagem o “esquecimento” que a mídia e as gravadoras tiveram e têm com Sylvia Telles. Pra começar, não é tão fácil encontrar seus discos por aí...Provavelmente seja mais fácil encontrá-los lá fora, nos Estados Unidos...Sim ! ela gravou alguns discos por lá, ou no Japão, que é um verdadeiro arquivo de coisas musicais raras e de qualidade. Tem disco de Sylvia gravado no exterior, que nunca foi lançado no Brasil... por que será?
Em 1959 lança um LP com o nome de “Sylvia”, que traz outro grande clássico na nossa música popular, “Estrada do Sol”, de Tom Jobim & Dolores Duran... [ É de manhã, vem o sol mas os pingos da chuva que ontem caiu, ainda estão a brilhar, ainda estão a cantar, ao vento alegre que me traz esta canção...]
Ainda neste mesmo ano, grava outra música que entrou para nossa história: de Tom & Vinícius. “A Felicidade”...[ Tristeza não tem fim, felicidade sim...]
O disco tem ainda “O Que Tinha de Ser”, também de Tom & Vinícius...[ Por que foste na vida, a última esperança, encontrar-te me fez criança...]
Este disco “Sylvia”, foi a consagração de Sylvia Telles como cantora e intérprete, e impulsionou sua ida para os Estados Unidos, em 1961.
Foi produzido por Aloysio de Oliveira, com quem se casou quase dois anos depois. Sylvia tem em sua discografia trabalhos muito interessantes e importantes, com títulos que refletem bem a época em foram gravados, como por exemplo: “Sylvia Telles – Amor em HI-FI”, ou “Bossa, Balanço e Balada”, “The Face I Love”, disco que foi lançado no Brasil com o título de "It Might as Well be Spring".
No ano de sua morte, 1966, Sylvia fez uma turnê pela Alemanha junto com Edu Lobo , e estava se preparando para voltar aos Estados Unidos para mais uma temporada e mais gravações...
Morreu aos 32 anos, num acidente de automóvel, junto com seu namorado da época, Horácio de Carvalho Filho, quando viajavam para a fazenda dele em Maricá, Rio de Janeiro.
Para muitos jornalistas que se ocupam de escrever sobre a nossa história musical, Sylvia foi uma das melhores intépretes de nossa música; não só pela sua voz e sua maneira de interpretar, mas pelas canções que escolhia cantar...
Pena que não teve tempo para ver que quase todas elas entraram para a história da boa música popular brasileira, cantada e tocada por todos. Aqui e no mundo.
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Um comentário:
Prezado Roberto, o disco "The Face I Love" que não foi lançado aqui é o mesmo disco que foi lançado aqui pela Elenco com o título de "It Might As Well Be Spring". Saudações.
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