SEMPRE MÚSICA . . .

quarta-feira, 6 de fevereiro de 2008

[] Jacintha Abisheganadan [1957]

Filha de pai indiano, um renomado educador, e de mãe chinesa, esta CHINDIAN (*) de sobrenome complicado nasceu em Singapura em 03 de outubro de 1957.

Jacintha Abisheganadan venceu um tradicional concurso vocal, o “Talentime”, com seu trio “Vintage” ainda no seu país, ao mesmo tempo em que se graduava com louvor em Literatura Inglesa pela “National University of Singapore”.

Este é um o
utro bom exemplo de como existem artistas – de diversas áreas – que não são conhecidos aqui no Brasil. Uma infinidade de cantores, instrumentistas, pintores e bailarinos, que em seus paises de origem são respeitadíssimos, são conhecidos e apreciados nas terras de primeiro mundo, mas por aqui...É realmente uma lástima.

Também atriz, é uma das fundadoras do “Theatre Works”, grupo teatral conceituado, que possui um grupo de diretores bastante requisitados para montagens de peças sempre elogiadas.

Jacintha é uma destas pessoas sempre ligadas à atividades culturais sejam elas de literatura, teatro, dança, música e artes plásticas.

Gravou um série de discos bastante interessantes, cantando alguns dos grandes compositores americanos, como é o caso de Johnny Mercer; tem também um cd delicioso, só de Bossa Nova.

E por falar em Bossa Nova, é bom que se diga, que em todo o resto do mundo que gosta de música, ela ainda é apreciada, cantada e cultuada. Só aqui no Brasil, é que ficou de lado, como uma coisa “passada”, fora de uso, como se fosse uma modinha de verão.

O Brasil = especialmente = padece deste mal. Parece que não podem conviver gêneros diferentes e até antagônicos de conteúdo e forma; é preciso que exista o ritmo da moda, o cantor da moda, os livros da moda, a comida da moda e até o perfume da moda. [que coisa mais “maria-vai-com-as-outras”...]

(*) Uma pessoa “Chindian”, é aquela que tem ancestrais chineses e indianos.
Existe um número considerável de “Chindians” na Malásia e Singapura, onde os povos de origem chinesa
e indiana migraram em grande número no início do século 19.

Já em Hong Kong, o número é menor, assim como na Jamaica, Trinidad e Tobago, Guiana e Caribe. Porém nos Estados Unidos e Reino Unido, o número é bem mais expressivo.

Entre estes interessantes e bem cuidados discos de Jacintha, eu quero ressaltar dois: “Jacintha is Her Name”, numa homenagem clara e carinhosa à Julie London, considerada a voz “cool”, que soube dar um ar de intimidade e aconchego às suas interpretações, como se estivesse cantando só pra você...
O título do cd é o mesmo que Julie usou nos anos 50 “Julie is her Name” [vol. 1 & 2].


Outro cd que merece destaque é “Jacintha – The Girl From Bossa Nova”, onde ela canta 10 clássicos do gênero.

Jacintha is Her Name” (2003) tem:

@ Willow weep for me
@ The thrill is gone
@ Something cool
@ Don’t smoke in bed
@ Light my fire
@ I’m in the mood for love
@ God bless the child
@ ‘Round midnight
@ I’ll never smile again
@ Gone with the wind
@ Cry me a river


Jacintha – The Girl From Bossa Nova” [2004] tem:

@ O Ganso
@ Só danço samba
@ Dindi
@ Once I loved
@ Desafinado
@ So Nice
@ Wave
@ How Insensitive
@ Corcovado
@ Waters of march


Tomara que mais cantores e artistas desconhecidos no Brasil, como é o caso de Jacintha, logo logo sejam facilmente encontráveis e [encontrados] em qualquer boa loja de cd’s por aqui.

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