Quando soube da morte de Henri Salvador, ontem quarta-feira dia 13 de fevereiro, lembrei imediatamente da minha época de ginásio. Ainda se chamava assim, “ginásio”...
E a música que se ouvia dele, era “Dans Mon île”, com uma bela melodia, nostálgica, e uma batida de violão, de um bolero “slow-motion”.
Nosso interesse por esta música, além dos motivos óbvios, era também pelo fato de que naquela época, o "francês" fazia parte do currículo; então, era uma maneira divertida e agradabilíssima de enriquecer o vocabulário.
Pois bem. Então, pensei em escrever alguma coisa sobre Henri, e quando fui buscar algumas imagens para ilustrar o que eu pensava em escrever, fiquei bastante surpreso em ver a quantidade de matéria sobre a morte dele, que já andava pelo mundo.
Jornais online, blogs e sites de diversas partes já estavam se despedindo desta figura fundamental da música e da arte francesa.
Sendo assim, nem vou me arvorar a escrever nada muito biográfico, pois como disse, a imprensa especializada, e profissional, já fez isto muito bem.
Resolvi “falar” mais de um outro ângulo, o da melancolia, de seu amor pela música em geral, pela música brasileira em particular, pela grande alegria de viver que ele tinha, e deste otimismo, que era conhecido em qualquer lugar onde ele se apresentasse...
Mas, para mim, tem uma novidade-curiosidade: descobri que o fotógrafo Jean-Marie Perriér, é filho natural de Henri Salvador.
Jean-Marie, é o fotógrafo a quem me referí no meu post de ontem sobre Françoise Hardy. Jean-Marie nasceu em 1940 e foi criado pelo ator François Perriér, que acabou sendo seu pai jurídico...
Jean-Marie conta em sua autobiografia chamada “Enfant Gâté” [Garoto Mimado] como foi seu reencontro com seu pai natural e as circunstâncias todas que envolveram este fato. O livro foi lançado na França em 2001.
Fiquei lembrando daquelas tardes quentes da época de ginásio, quando ficávamos planejando alguma festa para a noite, na casa de quem, quem convidar, etc e tal, e tudo isso numa mesa, com o tradicional , sagrado e longo café da tarde, com pão recém saido da padaria, e uma mortadela saborosa e perfumada como não vejo mais por aí.....[me parece que antes, o queijo e a mortadela tinham mais sabor e mais aroma]...
E lógico que “Dans mon île”, era trilha sonora destas festinhas, pois como já disse, era uma música bonita, e Henri Gabriel Salvador - este é seu nome completo – tinha uma voz estranha e grave para nossos padrões da época.
E nós nem sonhávamos que um rapaz saido da Bahia e de nome Caetano Veloso, gravaria esta mesma música nos anos 80...
Confesso que não sabia, também, que Henri Salvador recebeu em 2006, em Brasília, das mãos do Ministro da Cultura Gilberto Gil, numa cerimônia onde estava presente o Presidente Luiz Inácio, as insígnias da ORDEM DO MÉRITO CULTURAL, pela sua contribuição na difusão da música e da cultura brasileira na França e no mundo, e em particular por ter influenciado o surgimento da Bossa Nova, juistamente com a música “Dans Mon île”...
Fiquei sabendo ainda, que Henri Salvador e Sacha Distel [que foi marido de Brigitte Bardot] são os únicos cantores franceses a constar no DICTIONNAIRE DU JAZZ.
Na França, Henri entre outras condecorações e prêmios, é COMANDANTE DA LEGIÃO DE HONRA E DA ORDEM NACIONAL DO MÉRITO.
Henri morreu em conseqüência de uma ruptura de aneurisma, aos 90 anos, em seu apartamento na Place Vendôme.
Foram várias décadas vividas nos palcos do mundo, alegrando, divertindo e comovendo tanta gente, embalando os sonhos de tantos casais apaixonados, e sensibilizando a todos aqueles que ainda conseguem se emocionar com as maravilhas que podem ser feitas com apenas sete notas musicais...
Repose en paix, Henri.
[pintura do retrato de henri // roger panutti // frança]
@ ver e ouvir henri salvador ? clique aqui !
E a música que se ouvia dele, era “Dans Mon île”, com uma bela melodia, nostálgica, e uma batida de violão, de um bolero “slow-motion”.
Nosso interesse por esta música, além dos motivos óbvios, era também pelo fato de que naquela época, o "francês" fazia parte do currículo; então, era uma maneira divertida e agradabilíssima de enriquecer o vocabulário.
Pois bem. Então, pensei em escrever alguma coisa sobre Henri, e quando fui buscar algumas imagens para ilustrar o que eu pensava em escrever, fiquei bastante surpreso em ver a quantidade de matéria sobre a morte dele, que já andava pelo mundo.
Jornais online, blogs e sites de diversas partes já estavam se despedindo desta figura fundamental da música e da arte francesa.
Sendo assim, nem vou me arvorar a escrever nada muito biográfico, pois como disse, a imprensa especializada, e profissional, já fez isto muito bem.
Resolvi “falar” mais de um outro ângulo, o da melancolia, de seu amor pela música em geral, pela música brasileira em particular, pela grande alegria de viver que ele tinha, e deste otimismo, que era conhecido em qualquer lugar onde ele se apresentasse...
Mas, para mim, tem uma novidade-curiosidade: descobri que o fotógrafo Jean-Marie Perriér, é filho natural de Henri Salvador.
Jean-Marie, é o fotógrafo a quem me referí no meu post de ontem sobre Françoise Hardy. Jean-Marie nasceu em 1940 e foi criado pelo ator François Perriér, que acabou sendo seu pai jurídico...
Jean-Marie conta em sua autobiografia chamada “Enfant Gâté” [Garoto Mimado] como foi seu reencontro com seu pai natural e as circunstâncias todas que envolveram este fato. O livro foi lançado na França em 2001.
Fiquei lembrando daquelas tardes quentes da época de ginásio, quando ficávamos planejando alguma festa para a noite, na casa de quem, quem convidar, etc e tal, e tudo isso numa mesa, com o tradicional , sagrado e longo café da tarde, com pão recém saido da padaria, e uma mortadela saborosa e perfumada como não vejo mais por aí.....[me parece que antes, o queijo e a mortadela tinham mais sabor e mais aroma]...
E lógico que “Dans mon île”, era trilha sonora destas festinhas, pois como já disse, era uma música bonita, e Henri Gabriel Salvador - este é seu nome completo – tinha uma voz estranha e grave para nossos padrões da época.
E nós nem sonhávamos que um rapaz saido da Bahia e de nome Caetano Veloso, gravaria esta mesma música nos anos 80...
Confesso que não sabia, também, que Henri Salvador recebeu em 2006, em Brasília, das mãos do Ministro da Cultura Gilberto Gil, numa cerimônia onde estava presente o Presidente Luiz Inácio, as insígnias da ORDEM DO MÉRITO CULTURAL, pela sua contribuição na difusão da música e da cultura brasileira na França e no mundo, e em particular por ter influenciado o surgimento da Bossa Nova, juistamente com a música “Dans Mon île”...
Fiquei sabendo ainda, que Henri Salvador e Sacha Distel [que foi marido de Brigitte Bardot] são os únicos cantores franceses a constar no DICTIONNAIRE DU JAZZ.
Na França, Henri entre outras condecorações e prêmios, é COMANDANTE DA LEGIÃO DE HONRA E DA ORDEM NACIONAL DO MÉRITO.
Henri morreu em conseqüência de uma ruptura de aneurisma, aos 90 anos, em seu apartamento na Place Vendôme.
Foram várias décadas vividas nos palcos do mundo, alegrando, divertindo e comovendo tanta gente, embalando os sonhos de tantos casais apaixonados, e sensibilizando a todos aqueles que ainda conseguem se emocionar com as maravilhas que podem ser feitas com apenas sete notas musicais...
Repose en paix, Henri.
[pintura do retrato de henri // roger panutti // frança]
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3 comentários:
Eu também fiz ginásio.Só que nunca estudei frances tinha horror deste idioma,não tive oportunidade de conhecer este senhor.Toma a que seu fim de semana seja maravilhoso!! Lê o post do odilon,ele esta inspirado!
Muito legal ter postado sobre Henri Salvador. Uma bela homenagem.
Além das belíssimas homenagens, que cada uns dos teus posts são para os cantores ou autores, eles também vêm recheados de boas idéias para a gente roubar. Acho que desta vez vai ser o título da autobiografia do jean-Marie Perrier - Enfant Gâté. Ainda não sei para quem vai ser dedicado, mas logo encontro.
Antes que sugiram que o título me serve como uma luva, afirmo que não fui mimado. Tudo os agrados recebidos na infância foram merecidos e justificados - nada de mimos.
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