SEMPRE MÚSICA . . .

sábado, 17 de novembro de 2007

[] Rita Pavone

Nos anos 60 um dos fenômenos musicais veio diretamente da Itália, mais precisamente da cidade de Turim. Ela chegou ao Brasil juntamente com os Beatles, dando assim uma nova injeção de juventude à nossa discoteca. O ano era 1962...

Rita, desde sempre foi literalmente um fenômeno em tudo. Pelo aspecto físico, pelo talento, pelas músicas que cantava e pelo seu timbre de voz...

À exceção de Brenda Lee, que já cantava na época, fazia um tempão que o mundo não via uma cantora adolescente dominar as paradas de sucesso, lotar todos os shows e vender discos pelo mundo inteiro, literalmente milhões e milhões de discos.
Seus dois primeiros grandes sucessos foram “La partita di palone” e “Come te non c’é nessuno”. Ainda no primeiro disco tinha "Cuore", "Il Ballo del Matone", "Sul Cucuzzolo".

Filha de uma família de operários = seu pai era funcionário da FIAT em Turim = Rita era estudante e trabalhava como balconista quando venceu um grande festival de gente nova italiana. Era original em tudo e assinou imediatamente um contrato com a RCA italiana. Criou uma empatia tão grande com todo o tipo de público, que surpreendeu até mesmo os mais experientes executivos de gravadoras.

Viajou o mundo inteiro, veio algumas vezes ao Brasil, ia para a Argentina com uma freqüência que só os grandes artistas mundiais faziam. Foi para os Estados Unidos e gravou na RCA americana um LP totalmente em inglês : “Rita Pavone = The best International Teenager Sensation”.

Sempre cantou num inglês impecável, pois mesmo antes de ser cantora, era fã dos ídolos jovens americanos como Paul Anka, Neil Sedaka e obviamente Elvis Presley.

No seu segundo LP, “Non è facile avere 18 anni” veio uma música que correu o mundo inteiro mesmo, e até hoje é lembrada como a “cara” dela:
“Datemi um martelo”, que era uma versão de “If I Had a Hammer”,e já era conhecida através da gravação do trio de música folk “Peter, Paul,& Mary” e de uma versão mais animadinha de Trini Lopez. Alguém lembra?
Vieram tantos outros como "Che M'importa del Mondo", "Quando Sogno", "Qui Ritornerá", "L'Amore Mio"... , "Fortissimo", do filme "Rita, o Mosquito"

Teve seu programa em horário nobre na tv italiana, casou com seu empresário Teddy Reno, (cantor italiano dos anos 40 e 50) em 1969 e em seguida teve 2 filhos, um deles também músico.

Com o passar do tempo, diminuiu o ritmo de suas atividades como cantora e “show-woman” e dedicou-se mais a descobrir e “trabalhar” novos talentos, mas sempre se apresentando em ocasiões especiais, sempre presente às manifestações musicais por toda a Itália.

E hoje, esta “senhora” de 62 anos (nasceu em 45) vive tranqüilamente ao lado do marido e dos filhos. Mas lembraremos para sempre da época em que ela nos enchia de alegria e vitalidade junto com Sergio Endrigo, Nico Fidenco, Edoardo Vianello e Gianni Morandi = símbolos da juventude italiana dos anos 60, “gli anni moderni”...

Um comentário:

Anônimo disse...

Conheci esta garotinha na época em que o cinema italiano fazia bastante sucesso por aqui. Lembra de Rita, o mosquito?