SEMPRE MÚSICA . . .

domingo, 25 de novembro de 2007

[] Patsy, a Mãe de Todas

Em 1963, o mundo da música perdia num desastre aéreo aos 31 anos, aquela que é apontada como a principal cantora country até os dias de hoje.
Virginia Patterson Hensley, conhecida em todo o mundo como Patsy Cline voltava de uma turnê quando o avião de pequeno porte em que estava, bateu num montanha.

Desde pequena, improvisava shows e animava os vizinhos; e muito desinibida, vence um concurso de calouros com a música “Walking after Midnight”.

Em sua carreira, que praticamente só durou 6 anos, Patsy foi muitíssimo premiada. Respeitada pelos colegas e admirada por todos os que faziam e fazem música, Patty de certa maneira, inaugurou a “nova música country”, essa música mais elaborada, com arranjos mais melódicos e um tratamento especial para as guitarras e violões, dando um som mais nostálgico, e mais apaixonado.

Owen Bradley, famoso produtor musical de Nashville, foi o responsável por este novo som...
Ele produziu durante quase toda sua vida os discos de gente como
Brenda Lee, Loretta Lynn, Bárbara Mandrel e Dottie West.

Patsy foi eleita várias vezes pelos próprios colegas e pela crítica especializada, uma das 40 vocalistas mais importantes da indústria country de todos os tempos, e já foi homenageada e lembrada através de vários livros, documentários, peças teatrais e filmes.
Em 1985 Jessica Lange interpretou Patsy Cline no filme "Sweet Dreams", biogáfico e que tem o mesmo nome de um dos maiores sucessos da cantora.
O filme também tem Ed Harris como o complicado marido da estrela do country. Jessica Lange, que sempre foi fã de carteirinha e colecionadora de discos de Patsy disse em entrevistas que foi na opinião dela, um dos melhores papéis que já representou.
A crítica especializada também concorda...

Seu nome foi dado a algumas rodovias americanas, como a “Patsy Cline Memorial Highway”, “Route 522” e a “Patsy Cline Boulevard”.

Patsy era reconhecidamente uma amiga leal e excelente colega. Generosa, fazia shows para ajudar os colegas cantores em dificuldades ou aqueles cujas carreiras atravessavam um período de declínio.
Arranjava também acomodações, móveis e suprimentos para que jovens iniciantes conseguissem morar em Nashiville e assim, perseguir mas de perto o sonho de cantar...

É interessante pensar que, por uma destas ironias que fazem parte da vida de pessoas de destaque, as 2 músicas que Patsy Cline mais rejeitou e tinha implicância, acabaram tornando-se seus maiores sucessos...

“Walking after Midnight”, que ela considerava “apenas uma velha música pop”, lhe deu a vitória no concurso e o “single” estourou nas paradas e nas lojas de discos.

Outro grande equívoco de Patsy foi “Crazy”, que ela detestou de início e nem queria gravá-la, em 1961.
Achava a música difícil, a melodia chata de cantar e gravou diversas vezes até que desistiu, pois não gostava de nenhuma.
Mas seu produtor insistiu e ela acabou gravando de uma maneira diferente, que é a que conhecemos, e veio a ser a sua “assinatura”.
“Crazy” passou a ser “a música de Patsy Cine”...

Gravou apenas 3 LP’s e 25 “singles” bastante conhecidos e premiados, que rodam o mundo até hoje.
Influenciou gente como Lynn Anderson, Crystal Gayle e Shania Twain.

k.d.lang disse:
“Se não fosse Patsy, talvez não fosse possível mulheres como eu cantarem como eu canto”.

Loretta Lynn, outro nome de respeito no “country” disse que “Se não fosse ela, talvez eu não existisse como cantora. Nunca haverá uma outra Patsy Cline”.

Tornou-se sinônimo de vocalista do country romântico, das intermináveis histórias de amor e desamor,de todos os sofrimentos, das lágrimas e das alegrias, das voltas para casa... e virou um ícone deste tipo de música.

Há pouco tempo estava no cinema, e hoje está nas locadoras o filme “C.R.A.Z.Y.”, que conta a história de uma família cujo o chefe era tão fã de Patsy Cline, que colecionava todos os seus discos e colocou o nome de cada filho com uma
letra que forma a palavra CRAZY, “a música de Patsy Cline”...
(a foto que ilustra este post foi a mesma utilizada como capa de seu último LP, de 1962, "Sentimentally Yours").
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2 comentários:

Adriana disse...

Aguardamos as sugesto~es de natal,não esqueça do instrumental...

Simone disse...

Olá, Roberto.

Entrei no seu blog meio que por acaso, através do google, e gostei ... Dei uma olhada e já deu pra aprender um pouco, relembrar, inclusive. ;p

Adoro Elvis, já ouvi Brenda Lee e Frank Sinatra ... ai ai .... Mas, fiquei mesmo curiosa pelos desenhos nas laterais. São todos seus? Achei que direcionava para algum outro site.

Se quiser dar uma espiada no meu modesto blog, estou em http://portal80brasilia.blogspot.com/