SEMPRE MÚSICA . . .

domingo, 18 de novembro de 2007

[] Ah, As Orquestras ...

Até pouco tempo atrás, era comum em toda casa você encontrar discos de orquestras. Sim, discos instrumentais, bem mais que hoje em dia; até parece que esta forma de som foi banida das prateleiras tanto das lojas, como das casas...

Quem tiver mais de 30 anos, com certeza já viu entre os discos dos pais, ou na casa daquela tia velha, professora de Moral e Cívica, algum disco de orquestra.

Quem lembra do Billy Vaughan, ou do Percy Faith, com o seu disco clássico “Temas para Jovens Enamorados” ?
Franck Pourcel então, tinha uma série quase interminável.
Lawrence Welk era outro que gravava muito, tocava muito em rádio e as pessoas tinham em casa...

E o Henry Mancini, que além de maestro, foi sempre um excelente compositor de trilhas sonoras, ganhava “Oscar” e tantos "Grammys" com suas trilhas...

Apenas para relembrar, vale citar “Moon River”, do filme “Bonequinha de Luxo” (Breakfast at Tiffany’s), “Charada”, do filme de mesmo nome, e tantas outras, que até hoje assobiamos no chuveiro... E não posso deixar de lado a trilha sonora de "Pantera Cor de Rosa", o "Tema de Peter Gunn" e a música "Days of Wine and Roses", que é o tema do filme "Vício Maldito".

Lembram quando Herb Alpert e sua Tijuana Brass apareceram com um som latino mais sofisticado, com seus músicos brozeados com um eterno ar de quem estava em férias no Caribe?

Mas um dos grandes clássicos da época instrumental, sem dúvida foi Ray Conniff...
Toda reunião dançante e toda festa de salão tinha que tocar Ray Conniff, caso contrário a festa não seria completa. Mesmo quem era jovem na época, tinha disco de orquestra. Não era só pra gente velha não.
Convivia muito bem, ao lado dos Beatles, Renato e seus Blue Caps, The Monkees,The Platters , Domenico Modugno, Frank Sinatra; uma relação bem ecumênica...
Burt Bacharach revolucionou novamente o conceito de orquestra. Pianista elegante, arranjador competente, lotava shows e vendia discos um atrás do outro.
Burt é responsável por clássicos como “Alfie”, “Walk on By”, “The Look of Love”, “Do you Know the Way to San Jose ?”, “I’ll Never Fall in Love Again” e mais uma infinidade de hits…
Cito apenas alguns, para refrescar a memória.

Tempo bom, esse...é uma pena que de maneira geral as orquestras ficaram relegadas a um plano secundário, como música de elevador, espera telefônica, consultório médico e odontológico, enfim, música que se ouve sem nenhum compromisso.

Aquelas que entram por um ouvido e saem pelo outro.

3 comentários:

Adriana disse...

Rsy Conniff é imortal.São músicas,com verdadeiro sentido da palavra.Burt Bacharach nunca pode faltar em uma (como se diz qundo temos coleção de CDs?) ,sem este tipo de música não sobreviveriamos.Já imaginou se só tivesse Éguinha pocotó??(

Anônimo disse...

E o Tommy Dorsey, vai merecer post em separado? Não se pode esquecer que o Burt teve uma grande parceira de divulgação naquela amiga com mais de 40 dentes na boca, a tia da heroina do guarda-costas - Miss Dionne Warwick.

Anônimo disse...

Anos 50 e 60 e big bands = Tom e Jerry. Um não existe sem o outro. Fecho os olhos e me transporto para uma sala de cinema, meia hora antes de começar o filme.