Hoje, ela está completando 62 anos, e como quase todo mundo sabe, é filha de Judy Garland [1922=1969] e do diretor cinematográfico Vincent Minnelli [1903=1986].
Mas talvez poucos saibam que Liza May Minnelli teve como padrinho de batismo um outro nome ilustre no mundo do espetáculo americano, Ira Gerswhin [1896=1983], que junto com seu irmão George, formou uma das mais conhecidas e respeitadas duplas de compositores da música americana.
Só para refrescar a memória, eles são autores de obras como “Summertime”, “Embraceable you”, “Um americano em Paris”, “Rhapsody in Blue”, “They can’t take that away from me”, “Someone to watch over me” e “´S wonderful” = apenas para citar alguns dos trabalhos mais populares da dupla de irmãos.
Com sua mãe Judy, Liza aprendeu a se movimentar no palco , preencher a cena e colocar a voz nos lugares certos. Depois do divórcio dos pais, Liza fica morando com ela, mas aos 16 anos vai sozinha para Nova York, procurar trabalho como cantora e atriz.
A oportunidade aparece quando em 1963, é convidada para fazer parte do elenco de “Best Food Foward”, que faz um belo sucesso e fica em cartaz durante seis meses.
No ano seguinte, 1964, Liza aceita o convite de Judy para se apresentar com ela em Londres, numa série de espetáculos no “Palladium”. A performance das duas é recebida calorosamente e torna-se um triunfo na carreira já consolidada de Judy, e escancara as portas para a nova carreira de Liza, com apenas 18 anos.
E pronto! Quase sem se dar conta do que estava acontecendo, Liza agora fazia parte do “showbiz” internacional.
Em 1965 Liza ganha um TONY AWARD pela sua interpretação no espetáculo teatral “Flora, The Red Menace”. Em 1967 estréia no cinema, e dois anos depois, já indicada ao OSCAR pelo filme “Pokie”.
Nos anos 70, apesar de continuar fazendo sucesso no teatro, e ganhar outro TONY AWARD por “The Act”, Liza se joga de corpo e alma no cinema.
Sua personagem de uma dançarina de “cabaret”, borbulhante e ao mesmo tempo melancólica, no filme de Bob Fosse, CABARET, até hoje é inesquecível e ficou definitivamente associada ao nome de Liza Minnelli... Liza e CABARET são quase sinônimos.
Por sua atuação como Sally Bowles neste filme, Liza recebe seu merecido OSCAR em 1972, e neste mesmo ano ganha um EMMY por seu especial para televisão “Liza With a Z”, que também foi um sucesso, virou disco [de vinil, na época] e correu o mundo.
Em 1976 é a estrela de uma produção de Martin Scorsese, “ New York, New York”, contracenando com Robert De Niro, e interpreta uma cantora romântica que se apaixona por um músico que toca saxofone.
Juntamente com o filme, continuou gravando e lançando discos = na maioria = bem sucedidos comercialmente, gravações de duetos com Frank Sinatra e fazendo uma turnê com ele pelo mundo, obtendo = como era de se esperar = um estrondoso sucesso. Afinal Frank Sinatra & Liza Minnelli, juntos, num mesmo palco, por si só, já é um “acontecimento”...
Nesta época, sua carreira recebe uma injeção de sangue novo ao gravar “RESULTS”, disco produzido pela dupla inglesa PET SHOP BOYS, onde além de produtores e arranjadores, participam também como autores de algumas músicas.
Foi como um “lifting”, uma rejuvenescida, e assim, Liza conquista um outro tipo de público, uma moçada baladeira, pois as músicas deste disco ficaram com a cara do PET SHOP BOYS, com aquela “melancolia eletrônica”, que na época era obrigatória em qualquer pista de dança.
Deste disco foram feitos alguns “singles” e “remixes” especialmente para as pistas de dança, como é o caso de LOSING MY MIND, que teve algumas versões diferentes, próprias para as noites de “sexo, drogas & rock’n roll” do final dos anos 80...
E esta música também rodou o mundo inteiro, aqui no Brasil tocava em qualquer danceteria e nas FM’s de primeira linha. Este disco foi um verdadeiro impulso; tanto para a dupla inglesa, como para Liza Minnelli.
Depois disto, a vida dela sofre alguns abalos sérios, como abuso de bebidas alcoólicas, todas as pílulas “para tudo”, entra-e-sai de clínicas de desintoxicação, casamentos e romances equivocados e outras desgraças menores.
No final dos anos 90 Liza grava um cd interessantíssimo, chamado “GENTLY”, com grandes clássicos & standards do repertório americano, como o eterno e sempre bonito IT HAD TO BE YOU, canta também um dos grandes sucessos de Sinatra, IN THE WEE SMALL HOURS OF THE MORNING e começa o disco dividindo uma música com um convidado muito especial, JOHNNY MATHIS, cantando uma música que foi sucesso com ele nos início da carreira dele, nos anos 60, CHANCES ARE, uma bela balada romântica, tipicamente da época...
Mas em 2000 Liza contrai uma encefalite viral, bastante grave e severa, deixando os familiares e amigos bastante preocupados, pois, segundo os médicos, Liza terminaria seus dias numa cadeira de rodas.
Ela se recusou a aceitar passivamente este “prognóstico-sentença” e bravamente, começou a praticar caminhadas e depois tomar aulas de dança, mesmo se locomovendo com o auxílio de uma bengala; e dois anos depois, volta em grande estilo como o show e disco LIZA’S BACK.
Em condições de se movimentar e tendo retomado o domínio vocal [comprometido com a enfermidade], Liza recomeça seus shows e turnês, é chamada para aparições em seriados de TV, como o LEI & ORDEM transmitido aqui no Brasil pelo canal a cabo UNIVERSAL.
O projeto musical mais recente de Liza, é de 2007, um disco com as músicas de Kathy Thopmson [1908=1998], compositora, instrumentista, atriz e cantora americana muito conhecida principalmente pelas suas atuações teatrais.
Além disso, Kathy também é muito popular por ser a autora de livros infantis, dentre eles a saga em quatro volumes de “Eloise”. Kathy também é respeitada no meio artístico por sua atuação como arranjadora vocal para cinema e teatro durante os anos 30, 40 e 50...
Liza já anda em turnê pelos Estados Unidos mostrando as músicas deste seu mais novo trabalho.
Vamos aguardar, então...
[@] Veja e ouça Liza clicando aqui [] e aqui []
Mas talvez poucos saibam que Liza May Minnelli teve como padrinho de batismo um outro nome ilustre no mundo do espetáculo americano, Ira Gerswhin [1896=1983], que junto com seu irmão George, formou uma das mais conhecidas e respeitadas duplas de compositores da música americana.
Só para refrescar a memória, eles são autores de obras como “Summertime”, “Embraceable you”, “Um americano em Paris”, “Rhapsody in Blue”, “They can’t take that away from me”, “Someone to watch over me” e “´S wonderful” = apenas para citar alguns dos trabalhos mais populares da dupla de irmãos.
Com sua mãe Judy, Liza aprendeu a se movimentar no palco , preencher a cena e colocar a voz nos lugares certos. Depois do divórcio dos pais, Liza fica morando com ela, mas aos 16 anos vai sozinha para Nova York, procurar trabalho como cantora e atriz.
A oportunidade aparece quando em 1963, é convidada para fazer parte do elenco de “Best Food Foward”, que faz um belo sucesso e fica em cartaz durante seis meses.
No ano seguinte, 1964, Liza aceita o convite de Judy para se apresentar com ela em Londres, numa série de espetáculos no “Palladium”. A performance das duas é recebida calorosamente e torna-se um triunfo na carreira já consolidada de Judy, e escancara as portas para a nova carreira de Liza, com apenas 18 anos.
E pronto! Quase sem se dar conta do que estava acontecendo, Liza agora fazia parte do “showbiz” internacional.
Em 1965 Liza ganha um TONY AWARD pela sua interpretação no espetáculo teatral “Flora, The Red Menace”. Em 1967 estréia no cinema, e dois anos depois, já indicada ao OSCAR pelo filme “Pokie”.
Nos anos 70, apesar de continuar fazendo sucesso no teatro, e ganhar outro TONY AWARD por “The Act”, Liza se joga de corpo e alma no cinema.
Sua personagem de uma dançarina de “cabaret”, borbulhante e ao mesmo tempo melancólica, no filme de Bob Fosse, CABARET, até hoje é inesquecível e ficou definitivamente associada ao nome de Liza Minnelli... Liza e CABARET são quase sinônimos.
Por sua atuação como Sally Bowles neste filme, Liza recebe seu merecido OSCAR em 1972, e neste mesmo ano ganha um EMMY por seu especial para televisão “Liza With a Z”, que também foi um sucesso, virou disco [de vinil, na época] e correu o mundo.
Em 1976 é a estrela de uma produção de Martin Scorsese, “ New York, New York”, contracenando com Robert De Niro, e interpreta uma cantora romântica que se apaixona por um músico que toca saxofone.
Juntamente com o filme, continuou gravando e lançando discos = na maioria = bem sucedidos comercialmente, gravações de duetos com Frank Sinatra e fazendo uma turnê com ele pelo mundo, obtendo = como era de se esperar = um estrondoso sucesso. Afinal Frank Sinatra & Liza Minnelli, juntos, num mesmo palco, por si só, já é um “acontecimento”...
Nesta época, sua carreira recebe uma injeção de sangue novo ao gravar “RESULTS”, disco produzido pela dupla inglesa PET SHOP BOYS, onde além de produtores e arranjadores, participam também como autores de algumas músicas.
Foi como um “lifting”, uma rejuvenescida, e assim, Liza conquista um outro tipo de público, uma moçada baladeira, pois as músicas deste disco ficaram com a cara do PET SHOP BOYS, com aquela “melancolia eletrônica”, que na época era obrigatória em qualquer pista de dança.
Deste disco foram feitos alguns “singles” e “remixes” especialmente para as pistas de dança, como é o caso de LOSING MY MIND, que teve algumas versões diferentes, próprias para as noites de “sexo, drogas & rock’n roll” do final dos anos 80...
E esta música também rodou o mundo inteiro, aqui no Brasil tocava em qualquer danceteria e nas FM’s de primeira linha. Este disco foi um verdadeiro impulso; tanto para a dupla inglesa, como para Liza Minnelli.
Depois disto, a vida dela sofre alguns abalos sérios, como abuso de bebidas alcoólicas, todas as pílulas “para tudo”, entra-e-sai de clínicas de desintoxicação, casamentos e romances equivocados e outras desgraças menores.
No final dos anos 90 Liza grava um cd interessantíssimo, chamado “GENTLY”, com grandes clássicos & standards do repertório americano, como o eterno e sempre bonito IT HAD TO BE YOU, canta também um dos grandes sucessos de Sinatra, IN THE WEE SMALL HOURS OF THE MORNING e começa o disco dividindo uma música com um convidado muito especial, JOHNNY MATHIS, cantando uma música que foi sucesso com ele nos início da carreira dele, nos anos 60, CHANCES ARE, uma bela balada romântica, tipicamente da época...
Mas em 2000 Liza contrai uma encefalite viral, bastante grave e severa, deixando os familiares e amigos bastante preocupados, pois, segundo os médicos, Liza terminaria seus dias numa cadeira de rodas.
Ela se recusou a aceitar passivamente este “prognóstico-sentença” e bravamente, começou a praticar caminhadas e depois tomar aulas de dança, mesmo se locomovendo com o auxílio de uma bengala; e dois anos depois, volta em grande estilo como o show e disco LIZA’S BACK.
Em condições de se movimentar e tendo retomado o domínio vocal [comprometido com a enfermidade], Liza recomeça seus shows e turnês, é chamada para aparições em seriados de TV, como o LEI & ORDEM transmitido aqui no Brasil pelo canal a cabo UNIVERSAL.
O projeto musical mais recente de Liza, é de 2007, um disco com as músicas de Kathy Thopmson [1908=1998], compositora, instrumentista, atriz e cantora americana muito conhecida principalmente pelas suas atuações teatrais.
Além disso, Kathy também é muito popular por ser a autora de livros infantis, dentre eles a saga em quatro volumes de “Eloise”. Kathy também é respeitada no meio artístico por sua atuação como arranjadora vocal para cinema e teatro durante os anos 30, 40 e 50...
Liza já anda em turnê pelos Estados Unidos mostrando as músicas deste seu mais novo trabalho.
Vamos aguardar, então...
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3 comentários:
Sempre gostei de Liza May. Talvez por todos estes revéses que ela consegue transmitir para as suas interpretações. As ilustrações estão cada vez melhores.
Gosto muito dela, tanto como cantora ou como atriz. Acho que tem alguma coisa no DNA dela que faz ela ser muito boa.
Parabéns!!esta foi uma das melhores postagens sua.Lembra-se de Cabaré??
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