Quando ela era adolescente lá no Kansas, bem no centro dos Estados Unidos, era fã de Carly Simon, Carole King, Melissa Manchester e Joni Mitchell.
Cantava música “pop” e tocava piano. Levava aquela vidinha tranqüila de garota tipicamente americana de classe média.
Filha de um Pastor Luterano e uma professora universitária, nasceu em 1963 e ainda adolescente quando seus pais se divorciaram, Karrin vai com a mãe morar em San Francisco, Califórnia.
No colégio, se interessa por peças teatrais que tenham música e compõe suas próprias canções. Volta para Nebraska, estado vizinho a Kansas, para fazer faculdade e aí, foi como uma revelação...
Descobre a música de Billie Holiday, Dinah Washington, Sarah Vaughan e todas aquelas negras maravilhosas, nossas conhecidas e desconhecidas, e assim, um novo mundo se apresenta para Karrin.
“Só descobri o jazz quando entrei na faculdade. Antes disso meu universo musical era a música “pop”, compositores e cantoras de música clássica”
Karrin então começa a estudar piano seriamente e obtém o diploma de piano clássico em 1987, quando resolve se mudar para Minnesota, onde tocava em clubes de jazz, entre eles o conhecido “Dakota Bar & Grill”.
Em 1992, produziu seu disco de estréia “I didn’t know about you”; este disco lhe valeu um contrato com a CONCORD JAZZ, gravadora que prima pela qualidade técnica e artística de seu “cast”, privilegiando o jazz, tanto vocal como instrumental.
Começa a fazer turnês pelos Estados Unidos e depois mundo a fora. Passa dois terços do seu tempo na estrada, fazendo shows aqui e acolá.
A crítica musical especializada ocupa-se dela, com matérias e textos bem simpáticos e muitos elogios, ressaltando a qualidade de sua música, a sua dicção, seu timbre ligeiramente nasalado e sensual.
Gravou um disco “From Paris To Rio”, onde canta em francês, italiano, português e inglês, num projeto que não deixa de ser audacioso em se tratando de alguém com pouco tempo de carreira profissional.
Mas sua gravadora topou o desafio, deu-lhe um voto de confiança, e o disco resultou num produto muito bem recebido pela crítica e pelo público.
Aliás, ela tem uma relação bastante especial e curiosa com seus fãs, e conta que geralmente, é seu público que lhe dá idéias para o próximo trabalho, dão sugestões para que ela grave esta ou aquela música, deste ou daquele jeito...
No final dos anos 90 Karrin vai morar em Nova York e pôde sentir que a indústria do disco e da música passou a levá-la mais a sério, parecendo que o simples detalhe geográfico muda a perspectiva por onde o artista é olhado por gravadoras, imprensa, e até mesmo o público parece ter uma outra relação com o artista.
Mas continuou viajando, e nunca abandonou turnês e festivais. Segundo ela, mudou-se para Nova York não somente para cantar lá todas as noites trancada em algum clube noturno, mas para estar mais perto de onde as coisas acontecem, para se impregnar com a atmosfera musical da cidade, para estar mais cercada de músicos, compositores e colegas.
Na minha opinião, um dos melhores discos de Karrin Allyson, é o “Ballads”, onde ela faz uma homenagem em grande estilo ao conceituadíssimo saxofonista John Coltrane.
Assimilou toda a suavidade e elegância das baladas de Coltrane, criando uma atmosfera intimista e melódica, ao cantar as baladas que ele executava ao sax, com a mesma elegância e acrescentando um pouco de sensualidade.
Este disco lhe deu duas indicações ao GRAMMY e até hoje é um cd sempre comentado como um “top de linha”.
Já no disco seguinte, “In Blue”, de 2002, Karrin mostra outro ângulo de sua personalidade musical. Canta não só as dores de corações partidos, mas também outras misérias humanas e dramas de caráter social, que casam tão bem com este gênero de música.
Seu mais recente trabalho, é deste ano de 2008, “Imagina” onde ela interpreta somente músicas brasileiras:
A felicidade # Correnteza # Só tinha de ser com você # Medo de Amar # O morro não tem vez # Estrada branca # Outono # Chovendo na roseira # Imagina # Desafinado # Pra dizer adeus # Vivo sonhando # Estrada do sol # É com esse que eu vou.
Bela capa e belo conteúdo...
A música de Karrin Allyson e seu talento abrangente, aliados à sua dedicação e trabalho árduo, colocaram-na no merecido lugar que ocupa hoje na cena musical.
[@] Ouvir e ver Karrin Allyson ? Clique aqui [] !
[cantando "o barquinho" live em Montreux]
Cantava música “pop” e tocava piano. Levava aquela vidinha tranqüila de garota tipicamente americana de classe média.
Filha de um Pastor Luterano e uma professora universitária, nasceu em 1963 e ainda adolescente quando seus pais se divorciaram, Karrin vai com a mãe morar em San Francisco, Califórnia.
No colégio, se interessa por peças teatrais que tenham música e compõe suas próprias canções. Volta para Nebraska, estado vizinho a Kansas, para fazer faculdade e aí, foi como uma revelação...
Descobre a música de Billie Holiday, Dinah Washington, Sarah Vaughan e todas aquelas negras maravilhosas, nossas conhecidas e desconhecidas, e assim, um novo mundo se apresenta para Karrin.
“Só descobri o jazz quando entrei na faculdade. Antes disso meu universo musical era a música “pop”, compositores e cantoras de música clássica”
Karrin então começa a estudar piano seriamente e obtém o diploma de piano clássico em 1987, quando resolve se mudar para Minnesota, onde tocava em clubes de jazz, entre eles o conhecido “Dakota Bar & Grill”.
Em 1992, produziu seu disco de estréia “I didn’t know about you”; este disco lhe valeu um contrato com a CONCORD JAZZ, gravadora que prima pela qualidade técnica e artística de seu “cast”, privilegiando o jazz, tanto vocal como instrumental.
Começa a fazer turnês pelos Estados Unidos e depois mundo a fora. Passa dois terços do seu tempo na estrada, fazendo shows aqui e acolá.
A crítica musical especializada ocupa-se dela, com matérias e textos bem simpáticos e muitos elogios, ressaltando a qualidade de sua música, a sua dicção, seu timbre ligeiramente nasalado e sensual.
Gravou um disco “From Paris To Rio”, onde canta em francês, italiano, português e inglês, num projeto que não deixa de ser audacioso em se tratando de alguém com pouco tempo de carreira profissional.
Mas sua gravadora topou o desafio, deu-lhe um voto de confiança, e o disco resultou num produto muito bem recebido pela crítica e pelo público.
Aliás, ela tem uma relação bastante especial e curiosa com seus fãs, e conta que geralmente, é seu público que lhe dá idéias para o próximo trabalho, dão sugestões para que ela grave esta ou aquela música, deste ou daquele jeito...
No final dos anos 90 Karrin vai morar em Nova York e pôde sentir que a indústria do disco e da música passou a levá-la mais a sério, parecendo que o simples detalhe geográfico muda a perspectiva por onde o artista é olhado por gravadoras, imprensa, e até mesmo o público parece ter uma outra relação com o artista.
Mas continuou viajando, e nunca abandonou turnês e festivais. Segundo ela, mudou-se para Nova York não somente para cantar lá todas as noites trancada em algum clube noturno, mas para estar mais perto de onde as coisas acontecem, para se impregnar com a atmosfera musical da cidade, para estar mais cercada de músicos, compositores e colegas.
Na minha opinião, um dos melhores discos de Karrin Allyson, é o “Ballads”, onde ela faz uma homenagem em grande estilo ao conceituadíssimo saxofonista John Coltrane.
Assimilou toda a suavidade e elegância das baladas de Coltrane, criando uma atmosfera intimista e melódica, ao cantar as baladas que ele executava ao sax, com a mesma elegância e acrescentando um pouco de sensualidade.
Este disco lhe deu duas indicações ao GRAMMY e até hoje é um cd sempre comentado como um “top de linha”.
Já no disco seguinte, “In Blue”, de 2002, Karrin mostra outro ângulo de sua personalidade musical. Canta não só as dores de corações partidos, mas também outras misérias humanas e dramas de caráter social, que casam tão bem com este gênero de música.
Seu mais recente trabalho, é deste ano de 2008, “Imagina” onde ela interpreta somente músicas brasileiras:
A felicidade # Correnteza # Só tinha de ser com você # Medo de Amar # O morro não tem vez # Estrada branca # Outono # Chovendo na roseira # Imagina # Desafinado # Pra dizer adeus # Vivo sonhando # Estrada do sol # É com esse que eu vou.
Bela capa e belo conteúdo...
A música de Karrin Allyson e seu talento abrangente, aliados à sua dedicação e trabalho árduo, colocaram-na no merecido lugar que ocupa hoje na cena musical.
[@] Ouvir e ver Karrin Allyson ? Clique aqui [] !
[cantando "o barquinho" live em Montreux]
2 comentários:
Parece boa e competente, preciso ouvir. Simpático o Brasil com “s” da capa do disco.
Antes que Odilon e Otávio te dequem o mimo,visite o TRes Marias,tem mimo para voce lá!um grande beijo!!
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