SEMPRE MÚSICA . . .

quinta-feira, 22 de maio de 2008

[] Gilberto Gil [1942]

Este baiano de Salvador, filho de uma professora e de um médico, hoje já é um cidadão de domínio público. Aquele mesmo menino, que pequeno ainda se interessava pela música de Luiz Gonzaga e Orlando Silva, ocupa atualmente a pasta do Ministério da Cultura do Brasil.

Com apenas nove anos, começa a aprender acordeão, mas no final dos anos ’50, como tantos jovens artistas e não artistas, é influenciado por João Gilberto, começa a aprender violão. E deu no que deu...

Formado em Administração de Empresas
, inicia uma promissora carreira de executivo da Gessy-Lever em São Paulo, mas pede demissão em 1967 tão logo grava seu primeiro LP, “Louvação”.

Já andava envolvido com música, e neste mesmo ano de ’67 apresenta “Domingo no Parque”, no Festival da Record, ao lado de Rita Lee e dos Mutantes, o mesmo festival que Caetano Veloso canta “Alegria, Alegria”.

Gilberto Passos Gil Moreira
, é uma das principais figuras do Tropicalismo, movimento modernista brasileiro surgido no final dos anos ’60, predominantemente na música, poesia e teatro. Movimento influenciado pelo concretismo de Augusto de Campos, Haroldo de Campos e Décio Pignatari.

Em 1969 Gil foi considerado subversivo pela ditadura militar e juntamente com Caetano Veloso vai para Londres, de onde voltam ao Brasil somente em 1972.

Ministro desde 2003, quando perguntado sobre sua vontade de deixar o ministério no ano de 2008, em entrevista dada a Lúcia Sola, da “Swissinfo”, sobre seu show em Lucerna no mês de abril, Gil disse que tem uma família grande, com netos novos e novos netos chegando, e que tem outros prazeres de comunhão humana, e é mais para isto que ele precisa de folga...

Tem um novo disco prometido para mês que vem, junho. Enquanto isto, temos seu lançamento mais recente, de 2006 “Luminoso”, somente voz e violão.

Certamente já escrevi aqui que gosto muito deste formato de disco e show: voz e violão, mais intimista, mais despojado, mais próximo e mais entregue, mais desarmado...

Gosto muitíssimo deste Gil “Luminoso”. São novas interpretações de alguns de seus sucessos das décadas de ’70 e ’80.

O disco tem:

01= Preciso aprender a só ser
02= Aqui e agora
03= Copo vazio
04= Retiros espirituais
05= O seu amor
06= Tempo rei
07= O som da pessoa
08= Cérebro eletrônico
09= A raça humana
10= Você e você
11= Super-Homem – a canção
12= Rebento
13= Metáfora
14= Meditação
15= O compositor me disse

O disco é mais um lançamento classudo da “Biscoito Fino”, com a qualidade que já é uma marca registrada deste selo musical.

Dentro, um excelente encarte com todas as letras, belas fotografias e mais um prefácio de Caetano Veloso. Excelente papel, qualidade gráfica de primeira e mais aquele cuidado na apresentação típico dos discos da “Biscoito Fino”.

Partidos políticos e ministérios à parte, Gilberto Gil já tem seu nome marcado na história da música popular brasileira, afinal são quase cinqüenta anos de atividade artística, e de uma produção da maior qualidade. Reconhecida aqui no Brasil e consagrada mundo a fora...

[caricatura de gil / lucas lima ]



3 comentários:

Odilon disse...

Depois deste post espero te ver no Ministério.

Adriana disse...

Pena que ele misturou arte com política.Esqueceu que era mais útil como músico.Quanto a colocaçãso de Odilon,E o livro dele quando sai mesmo?

nd disse...

Acho que como Ministro, ele é um bom Compositor, deveria fazer apenas aquilo que gosta e tem aptidão, que é interpretar suas lindas canções.
Bjs