Musicalmente, sempre preferi Art Garfunkel a seu parceiro Paul Simon.
Gosto mais da sua voz, da maneira de cantar, do jeito que modifica clássicos “standards”, deixando sua marca pessoal, sem descaracterizar nem desrespeitar a obra do compositor
Arthur Ira Garfunkel nasceu em Forest Hills, Nova York em 1941, numa família de judeus romenos; e ainda no colégio primário conheceu Paul Simon, que seria seu parceiro musical e com ele formaria uma das mais bem sucedidas duplas de “pop-folk-rock”.
Entre 1956 e 1962 eles se apresentavam com o nome de “Tom & Jerry” e nesta época Garfunkel ingressa na Universidade de Columbia onde é graduado em artes, com especialização em História da Arte. Logo depois faz um mestrado em Matemática.
Em 1963 a dupla é rebatizada definitivamente de “Simon & Garfunkel” e no ano seguinte, 1964, lança seu primeiro disco “Wednsday Morning”, pela Columbia Records.
As críticas a esta estréia não foram muito elogiosas, a dupla desanima e se separa. No ano seguinte seu produtor Tom Wilson tem uma idéia que deu muito certo; extraiu do disco a música “The Sounds of Silence”, deu uma limpada nela, colocou uma base musical com instrumentos eletrônicos e lançou-a como “single”.
Nem é preciso dizer que o sucesso foi imediato e absoluto, fazendo a música chegar ao primeiro lugar na “Bilboard”. Como esta colocação sempre foi uma consagração, principalmente pelo que ela agrega, de repente a dupla se viu cercada de sucesso, convites de outras gravadoras, entrevistas, e começaram a aproveitar a celebridade imediata e merecida, como uma das duplas mais bem sucedidas, populares e imitadas dos anos ’60...
Nos 5 anos seguintes gravaram 5 LP’s. Mas com o temperamento forte e difícil de ambos, a dupla se separa ainda em 1970, no auge do sucesso, logo após o clássico álbum – e talvez o mais famoso – “Bridge Over Troubled Water”.
Aquela química que se via nos shows e aquele entrosamento vocal que conquistou a América e o mundo, só aconteciam nos palcos e nos estúdios. Fora, a realidade era bem outra. Atritos, desentendimentos entre duas pessoas muito sensíveis e ciosas de seu ofício.
Ou seja, criatividade X criatividade...
Nos anos ’70 Garfunkel lança alguns trabalhos solo, e mesmo não tendo a popularidade e o sucesso de Paul Simon, que era a metade mais “pop” da dupla, Garfunkel consegue construir uma carreira musical discreta e respeitada, juntamente a carreira de ator.
Acabou indo pelo caminho do “prestígio”, compondo, escrevendo poemas, desenhando, fazendo anotações de mil projetos futuros.
Em 1981 Simon & Garfunkel se reúnem novamente para o clássico e hoje “cult” concerto do Central Park. Em seguida ao concerto uma turnê do show onde tudo correu bem, mas depois de novas divergências, a coisa fica bastante séria, que Paul Simon exclui do disco a voz de Art Garfunkel, e assim, o disco que já havia sido anteriormente anunciado como “a volta da dupla”, é lançado só com a voz de Paul Simon e rebatizado de “Hearts & Bones”.
Maravilhas da tecnologia, facilitando até brigas de egos. Grandes e pequenos...
Depois deste episódio, Art Garfunkel abandona a cena artística e passa a levar uma vida bem mais reclusa, compondo quieto, escrevendo poemas, dedicando-se mais às suas aquarelas e passando mais tempo com a mulher e o filho.
Recolhimento criativo este, pois em 2003 lança um disco que foi muito bem recebido por todos, “Everything Waits To Be Noticed” e também aclamado como a melhor produção de Garfunkel sem Simon.
O disco contém diversas músicas que originalmente eram poemas, inéditos, que Garfunkel escrevia e deixava maturando, tomando vida, corpo e alma.
Neste mesmo ano, Garfunkel e Simon ainda fazem uma tentativa, e deixando todos os problemas e divergências de lado, organizam uma turnê mundial, onde tudo corre certo, sem derramamento de sangue, e após esta constatação, cada um volta a sua vida e atividades como solistas.
Em 2007, Garfunkel lança “Some Enchanted Evening”, um disco simples, aparentemente despretensioso, mas de uma grande elegância ...
[ por que será que a verdadeira elegância está sempre associada à simplicidade ? ]
É um disco de clássicos imortais, músicas que já entraram no nosso arquivo “sentimental forever”. São músicas das décadas de 30, 40, 50... tem até o nosso “Corcovado” que na vida americana que esta música tem, leva o nome de “Quiet Nights Of Quiet Stars”.
Os arranjos são tão gostosos, tão melódicos, que não soam como simples oportunismos. Além disso, Garfunkel gosta de nossa música e já em décadas passadas, gravou “Waters of March” [Águas de Março].
Gostoso de ouvir, do início ao fim e bonitamente melancólico...
“SOME ENCHANTED EVENING”
01= I remember you
02= Someone to watch over me
03= Let’s fall in love
04= I’m glad there’s you
05= Corcovado
06= Easy living
07= I’ve grown accustomed to her face
08= You stepped out of a dream
09= Some enchanted evening
10= It could happen to you
11= Life is but a dream
12= What’ll I do
13= If I loved you
[@] Lançamento nacional “Atco/Rhino”
[@] Veja Simon & Garfunkel cantando o clássico “Bridge Over Troubled Water” clique aqui [] !!!
Gosto mais da sua voz, da maneira de cantar, do jeito que modifica clássicos “standards”, deixando sua marca pessoal, sem descaracterizar nem desrespeitar a obra do compositor
Arthur Ira Garfunkel nasceu em Forest Hills, Nova York em 1941, numa família de judeus romenos; e ainda no colégio primário conheceu Paul Simon, que seria seu parceiro musical e com ele formaria uma das mais bem sucedidas duplas de “pop-folk-rock”.
Entre 1956 e 1962 eles se apresentavam com o nome de “Tom & Jerry” e nesta época Garfunkel ingressa na Universidade de Columbia onde é graduado em artes, com especialização em História da Arte. Logo depois faz um mestrado em Matemática.
Em 1963 a dupla é rebatizada definitivamente de “Simon & Garfunkel” e no ano seguinte, 1964, lança seu primeiro disco “Wednsday Morning”, pela Columbia Records.
As críticas a esta estréia não foram muito elogiosas, a dupla desanima e se separa. No ano seguinte seu produtor Tom Wilson tem uma idéia que deu muito certo; extraiu do disco a música “The Sounds of Silence”, deu uma limpada nela, colocou uma base musical com instrumentos eletrônicos e lançou-a como “single”.
Nem é preciso dizer que o sucesso foi imediato e absoluto, fazendo a música chegar ao primeiro lugar na “Bilboard”. Como esta colocação sempre foi uma consagração, principalmente pelo que ela agrega, de repente a dupla se viu cercada de sucesso, convites de outras gravadoras, entrevistas, e começaram a aproveitar a celebridade imediata e merecida, como uma das duplas mais bem sucedidas, populares e imitadas dos anos ’60...
Nos 5 anos seguintes gravaram 5 LP’s. Mas com o temperamento forte e difícil de ambos, a dupla se separa ainda em 1970, no auge do sucesso, logo após o clássico álbum – e talvez o mais famoso – “Bridge Over Troubled Water”.
Aquela química que se via nos shows e aquele entrosamento vocal que conquistou a América e o mundo, só aconteciam nos palcos e nos estúdios. Fora, a realidade era bem outra. Atritos, desentendimentos entre duas pessoas muito sensíveis e ciosas de seu ofício.
Ou seja, criatividade X criatividade...
Nos anos ’70 Garfunkel lança alguns trabalhos solo, e mesmo não tendo a popularidade e o sucesso de Paul Simon, que era a metade mais “pop” da dupla, Garfunkel consegue construir uma carreira musical discreta e respeitada, juntamente a carreira de ator.
Acabou indo pelo caminho do “prestígio”, compondo, escrevendo poemas, desenhando, fazendo anotações de mil projetos futuros.
Em 1981 Simon & Garfunkel se reúnem novamente para o clássico e hoje “cult” concerto do Central Park. Em seguida ao concerto uma turnê do show onde tudo correu bem, mas depois de novas divergências, a coisa fica bastante séria, que Paul Simon exclui do disco a voz de Art Garfunkel, e assim, o disco que já havia sido anteriormente anunciado como “a volta da dupla”, é lançado só com a voz de Paul Simon e rebatizado de “Hearts & Bones”.
Maravilhas da tecnologia, facilitando até brigas de egos. Grandes e pequenos...
Depois deste episódio, Art Garfunkel abandona a cena artística e passa a levar uma vida bem mais reclusa, compondo quieto, escrevendo poemas, dedicando-se mais às suas aquarelas e passando mais tempo com a mulher e o filho.
Recolhimento criativo este, pois em 2003 lança um disco que foi muito bem recebido por todos, “Everything Waits To Be Noticed” e também aclamado como a melhor produção de Garfunkel sem Simon.
O disco contém diversas músicas que originalmente eram poemas, inéditos, que Garfunkel escrevia e deixava maturando, tomando vida, corpo e alma.
Neste mesmo ano, Garfunkel e Simon ainda fazem uma tentativa, e deixando todos os problemas e divergências de lado, organizam uma turnê mundial, onde tudo corre certo, sem derramamento de sangue, e após esta constatação, cada um volta a sua vida e atividades como solistas.
Em 2007, Garfunkel lança “Some Enchanted Evening”, um disco simples, aparentemente despretensioso, mas de uma grande elegância ...
[ por que será que a verdadeira elegância está sempre associada à simplicidade ? ]
É um disco de clássicos imortais, músicas que já entraram no nosso arquivo “sentimental forever”. São músicas das décadas de 30, 40, 50... tem até o nosso “Corcovado” que na vida americana que esta música tem, leva o nome de “Quiet Nights Of Quiet Stars”.
Os arranjos são tão gostosos, tão melódicos, que não soam como simples oportunismos. Além disso, Garfunkel gosta de nossa música e já em décadas passadas, gravou “Waters of March” [Águas de Março].
Gostoso de ouvir, do início ao fim e bonitamente melancólico...
“SOME ENCHANTED EVENING”
01= I remember you
02= Someone to watch over me
03= Let’s fall in love
04= I’m glad there’s you
05= Corcovado
06= Easy living
07= I’ve grown accustomed to her face
08= You stepped out of a dream
09= Some enchanted evening
10= It could happen to you
11= Life is but a dream
12= What’ll I do
13= If I loved you
[@] Lançamento nacional “Atco/Rhino”
[@] Veja Simon & Garfunkel cantando o clássico “Bridge Over Troubled Water” clique aqui [] !!!
2 comentários:
mexeu na ferida!Adoro estes moços...É um cd que dá para comprar e ouvir cem vezes sem enjoar1
Diretamente da tua terra envio o meu apoio e concordancia - este moço sempre foi melhor que o seu partner estrelado.
O dia foi daqueles de infancia - sol e temperatura baixa. So faltou puxa-puxa e Cirilinha.
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