Um elemento fundamental em um filme, além dos ingredientes óbvios como uma boa história, boa direção e interpretações impecáveis, é a trilha sonora, que alinhava e costura todo o filme, desde a abertura até os créditos finais.
É tão fundamental, que recebe “Oscar”, “Grammy”, “Globo de Ouro”, movimenta milhões de dólares, compositores, arranjadores, intérpretes e reuniões intermináveis da indústria fonográfica. O resultado é quase sempre de gosto discutível, mas isso já é outra história. Afinal, “music is business” também...
Seria ingênuo de nossa parte, imaginar que a escolha de uma trilha sonora se dá de maneira displicente como quem escolhe um par de meias para calçar pela manhã, após o banho...não, não, é uma ciranda de interesses multinacionais de criatividade versus política de gravadoras.
Uma trilha que o tempo se encarregou de tornar clássica, foi o tema de James Bond, personagem fictício criado pelo escritor britânico Ian Fleming em 1953; no início, no formato de livro de bolso, depois vendidos os direitos para o cinema e mais tarde, games e assemelhados.
O personagem James Bond, foi inspirado num personagem da vida real, um iugoslavo (hoje um sérvio) de nome DUSKO POPOV [1912=1981], que era um agente duplo durante a II Guerra Mundial. Passava informações falsas para os nazistas e espionava em favor dos britânicos.
Ian Fleming fazia parte da Inteligência Naval Britânica quando conheceu pessoalmente Dusko, sempre elegante, de gostos refinados, apreciador de jogos, dotado de uma brilhante inteligência e astúcia e incapaz de resistir a belas mulheres.
O personagem de James Bond foi desenhado por Ian como sendo filho de pai escocês, mãe suíça e que fica órfão aos 11 anos de idade quando os pais morrem num acidente de carro, e mais tarde em Paris, aos 16 anos, tem sua primeira experiência sexual.
Esta é a origem do nosso agente. Apesar da primeira novela de James Bond ter se chamado “Cassino Royale”, em 1953, somente em 1962 tem início as aventuras na tela do agente “007” com o filme “Dr. No”, que também dá início a outra indústria paralela: as “Bond Girls”... aquelas mulheres quase sempre lindas, sedutoras, astutas e de origem nebulosa...
Todos os anos Ian Fleming ia para sua casa na Jamaica, chamada “Golden Eye”, para escrever uma nova história, até sua morte em 1964...
É difícil apontar um motivo único para o sucesso mundial de James Bond; o mais correto seria creditarmos este sucesso nas telas de mais de 40 anos à mistura do carisma de personagem e intérpretes, com os vilões refinados, as Bond Girls, sem falarmos nas armas e dispositivos letais, incluindo aí, lanchas, helicópteros, relógios, automóveis e simples objetos do dia a dia, prosaicos mesmo, capazes de fazer tudo o que a imaginação alcançar.
E, claro, às músicas escolhidas como tema principal para os filmes... quem não lembra de Shirley Bassey, cantora inglesa, de fama mundial, quase aos gritos cantando “Goldfinger”, em 1964 e anos mais tarde, a mesma Shirley, dizendo que “Diamonds Are Forever”, de 1971?
Em 1963, um sucesso mundial foi o tema “From Russia With Love”, interpretado por Mat Monro, como trilha de “Moscou Contra 007”. Foram vendidas milhões de cópias desta música, que era obrigatória em qualquer seleção romântica de festinhas de estudantes ou bailes nos clubes noturnos...
O mesmo aconteceu em 1967 com Nancy Sinatra, quando gravou “You Only Live Twice” em 1967, para “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes”. Esta música acabou virando um clássico da discografia de Nancy, como uma referência obrigatória quando se fala em trilha sonora de filmes de James Bond.
Paul McCartney em 1973 gravou “Live And Let it Die” e 4 anos depois, Carly Simon se tornou mais conhecida ainda e grande campeã de execução nas FM’s e de vendas, com “Nobody Does it Better”, música tema do episódio “The Spy Who Loved Me” [O Espião Que Me Amava].
Depois, em 1981, Sheena Easton correu o mundo e as rádios, cantando “For Your Eyes Only”, de “007, Somente Para Seus Olhos”...
E nesta esteira, tivemos também Tina Turner, Duran Duran, Garbage, Gladys Knight, Chris Cornell e Burt Bacharach com seu clássico “The Look Of Love”...
E agora, depois de um processo seletivo complicado e conflitante, já foi anunciado que o tema do mais recente episódio de James Bond, para este ano de 2008 ainda, “Quantum Of Solace”, por enquanto sem título em português, está a cargo de Alicia Keys e Jack White.
Por mais fraquinha que venha a ser a música, é uma ótima janela para divulgação, o fato de seu trabalho fazer parte de uma trilha sonora deste porte.
Na verdade com 22 filmes “oficiais” e apenas 03 “bastardos”, feitos à revelia dos detentores de direitos autorais, a “marca” James Bond já está associada definitivamente ao cinema.
Steven Spielberg não esconde que seu sonho há uns trinta anos atrás, era dirigir um episódio do agente 007... e como não conseguiu, resolveu criar um personagem de aventura e assim, nasce Indiana Jones, onde teve o prazer de dirigir Sean Connery em “Indiana Jones e a Última Cruzada”, onde o ex-agente 007 faz o papel do jovem Indiana.
Ian Fleming, Sean Connery e Roger Moore, outro ator que viveu o personagem em sete filmes, foram todos agraciados com o título de “Sir”, pela Rainha Elizabeth II, fã ardorosa dos livros do famoso agente.
Apenas quatro contos de Ian Fleming ainda não foram transformados em filmes. São eles: “Risico”, “The Hildebrand Rarity”, “007 in New York” e “The Property of a Lady”.
E o agente na vida real Dusko Popov, inspirador de James, recebeu em novembro de 1947 a Medalha da Ordem do Mérito, numa cerimônia informal no Hotel Ritz de Londres.
Mas ainda há tempo para novos filmes, e novas trilhas sonoras.
[a segunda, terceira e quarta imagem, de cima para baixo, é a ilustração de James Bond nos tempos de Livro de Bolso...]
É tão fundamental, que recebe “Oscar”, “Grammy”, “Globo de Ouro”, movimenta milhões de dólares, compositores, arranjadores, intérpretes e reuniões intermináveis da indústria fonográfica. O resultado é quase sempre de gosto discutível, mas isso já é outra história. Afinal, “music is business” também...
Seria ingênuo de nossa parte, imaginar que a escolha de uma trilha sonora se dá de maneira displicente como quem escolhe um par de meias para calçar pela manhã, após o banho...não, não, é uma ciranda de interesses multinacionais de criatividade versus política de gravadoras.
Uma trilha que o tempo se encarregou de tornar clássica, foi o tema de James Bond, personagem fictício criado pelo escritor britânico Ian Fleming em 1953; no início, no formato de livro de bolso, depois vendidos os direitos para o cinema e mais tarde, games e assemelhados.
O personagem James Bond, foi inspirado num personagem da vida real, um iugoslavo (hoje um sérvio) de nome DUSKO POPOV [1912=1981], que era um agente duplo durante a II Guerra Mundial. Passava informações falsas para os nazistas e espionava em favor dos britânicos.
Ian Fleming fazia parte da Inteligência Naval Britânica quando conheceu pessoalmente Dusko, sempre elegante, de gostos refinados, apreciador de jogos, dotado de uma brilhante inteligência e astúcia e incapaz de resistir a belas mulheres.
O personagem de James Bond foi desenhado por Ian como sendo filho de pai escocês, mãe suíça e que fica órfão aos 11 anos de idade quando os pais morrem num acidente de carro, e mais tarde em Paris, aos 16 anos, tem sua primeira experiência sexual.
Esta é a origem do nosso agente. Apesar da primeira novela de James Bond ter se chamado “Cassino Royale”, em 1953, somente em 1962 tem início as aventuras na tela do agente “007” com o filme “Dr. No”, que também dá início a outra indústria paralela: as “Bond Girls”... aquelas mulheres quase sempre lindas, sedutoras, astutas e de origem nebulosa...
Todos os anos Ian Fleming ia para sua casa na Jamaica, chamada “Golden Eye”, para escrever uma nova história, até sua morte em 1964...
É difícil apontar um motivo único para o sucesso mundial de James Bond; o mais correto seria creditarmos este sucesso nas telas de mais de 40 anos à mistura do carisma de personagem e intérpretes, com os vilões refinados, as Bond Girls, sem falarmos nas armas e dispositivos letais, incluindo aí, lanchas, helicópteros, relógios, automóveis e simples objetos do dia a dia, prosaicos mesmo, capazes de fazer tudo o que a imaginação alcançar.
E, claro, às músicas escolhidas como tema principal para os filmes... quem não lembra de Shirley Bassey, cantora inglesa, de fama mundial, quase aos gritos cantando “Goldfinger”, em 1964 e anos mais tarde, a mesma Shirley, dizendo que “Diamonds Are Forever”, de 1971?
Em 1963, um sucesso mundial foi o tema “From Russia With Love”, interpretado por Mat Monro, como trilha de “Moscou Contra 007”. Foram vendidas milhões de cópias desta música, que era obrigatória em qualquer seleção romântica de festinhas de estudantes ou bailes nos clubes noturnos...
O mesmo aconteceu em 1967 com Nancy Sinatra, quando gravou “You Only Live Twice” em 1967, para “Com 007 Só Se Vive Duas Vezes”. Esta música acabou virando um clássico da discografia de Nancy, como uma referência obrigatória quando se fala em trilha sonora de filmes de James Bond.
Paul McCartney em 1973 gravou “Live And Let it Die” e 4 anos depois, Carly Simon se tornou mais conhecida ainda e grande campeã de execução nas FM’s e de vendas, com “Nobody Does it Better”, música tema do episódio “The Spy Who Loved Me” [O Espião Que Me Amava].
Depois, em 1981, Sheena Easton correu o mundo e as rádios, cantando “For Your Eyes Only”, de “007, Somente Para Seus Olhos”...
E nesta esteira, tivemos também Tina Turner, Duran Duran, Garbage, Gladys Knight, Chris Cornell e Burt Bacharach com seu clássico “The Look Of Love”...
E agora, depois de um processo seletivo complicado e conflitante, já foi anunciado que o tema do mais recente episódio de James Bond, para este ano de 2008 ainda, “Quantum Of Solace”, por enquanto sem título em português, está a cargo de Alicia Keys e Jack White.
Por mais fraquinha que venha a ser a música, é uma ótima janela para divulgação, o fato de seu trabalho fazer parte de uma trilha sonora deste porte.
Na verdade com 22 filmes “oficiais” e apenas 03 “bastardos”, feitos à revelia dos detentores de direitos autorais, a “marca” James Bond já está associada definitivamente ao cinema.
Steven Spielberg não esconde que seu sonho há uns trinta anos atrás, era dirigir um episódio do agente 007... e como não conseguiu, resolveu criar um personagem de aventura e assim, nasce Indiana Jones, onde teve o prazer de dirigir Sean Connery em “Indiana Jones e a Última Cruzada”, onde o ex-agente 007 faz o papel do jovem Indiana.
Ian Fleming, Sean Connery e Roger Moore, outro ator que viveu o personagem em sete filmes, foram todos agraciados com o título de “Sir”, pela Rainha Elizabeth II, fã ardorosa dos livros do famoso agente.
Apenas quatro contos de Ian Fleming ainda não foram transformados em filmes. São eles: “Risico”, “The Hildebrand Rarity”, “007 in New York” e “The Property of a Lady”.
E o agente na vida real Dusko Popov, inspirador de James, recebeu em novembro de 1947 a Medalha da Ordem do Mérito, numa cerimônia informal no Hotel Ritz de Londres.
Mas ainda há tempo para novos filmes, e novas trilhas sonoras.
[a segunda, terceira e quarta imagem, de cima para baixo, é a ilustração de James Bond nos tempos de Livro de Bolso...]
2 comentários:
Detalhe importante, Sean Conery imortalizou James Bond, nunca haverá outro como ele...
Inspirado nele meu marido diz: meu nome luf..ma luf! Gostei ler mais esta! bom domingo
Postar um comentário