SEMPRE MÚSICA . . .

domingo, 6 de julho de 2008

[] O Que Terá Acontecido a "Baby Yvonne Marie" ?

De vez em quando é muito bom voltar algumas décadas atrás e reviver a atmosfera daqueles tempos... “Reviver” é uma maneira de falar, pois não é preciso ter “vivido” antes, para gostar e se deixar levar pelas cores, pelas melodias, perfumes e sabores de uma época distante.

Eu gosto particularmente dos anos ’40 e ’50, das roupas, das músicas, das big bands, das casas de bairros tranqüilos de filminhos de tv , das torradeiras naquelas cozinhas amplas com cortinas nas janelas...

Principalmente no campo musical, esta época foi pródiga em personagens típicos, cantores, atores, músicos e dançarinos; foram tantas as orquestras, tantos salões de bailes com música ao vivo, tocando em clubes e salões com largas cortinas de veludo ao lado de enormes vasilhas com ponches e garçons impecáveis...

Connie Haines é uma personagem desta época, nascida em Savannah, na Geórgia e batizada com o nome de Yvonne Marie Antoinette Ja Mais em 1922.

Filha de uma professora de canto e dança, Connie logo cedo demonstrou que era uma menina prodígio, daquelas que o cinema tantas vezes nos apresentou.

Antes de completar 10 anos, já cantava no rádio, num programa da NBC, com o nome de “Baby Yvonne Marie – The Little Princess of The Air”.

Cantou com a orquestra de Paul Whiteman e em 1934 vence um concurso de talentos promovido pelo popular programa “The Fred Allen Show”.

O primeiro contrato de Connie com uma big band foi aos 16 anos, com a orquestra de Harry James, e em sua primeira turnê com a orquestra, ela teve ao lado seu coleguinha e futuro superstar Frank Sinatra.

Mas, devido a problemas financeiros, Harry James teve de despedir tanto Connie Haines como Frank Sinatra. Porém em 1940, Connie, Sinatra e The Pied Pipers tornaram a orquestra de Tommy Dorsey uma das mais populares e requisitadas da época.

E com Tommy Dorsey, gravaram vários sucessos que rapidinho foram para as paradas, como “Two Dream Met”, “Oh, Look at me Now”, “Kiss the Boys Goodbye” e “What is This Thing Called Love?”.

Depois de abandonar a orquestra de Tommy Dorsey, Connie iniciou uma muito bem sucedida carreira solo, gravando um grande número de discos para gravadoras como “Capitol”, “Mercury”, “Columbia” e “Dot” durante várias décadas, e continuou se apresentando em público até metade da década de 1990, quando abandonou a carreira para levar uma vida tranqüila e retirada, nos arredores de Los Angeles.

Recentemente alguns discos dela foram relançados, como o “CONNIE HAINES SINGS A TRIBUTE TO HELEN MORGAN” [cantora e atriz cult que morreu em 1941 aos 41 anos de idade], gravado em 1957, e tem vários standards que ficaram famosos, como por exemplo:

Why was I Born // They didn’t believe me // Yesterdays // Broken Hearted // Make believe // Mean to me // Can’t help love dat man // Don’t ever leave me // More than you know // The way you look tonight // Why do I love you // Bill.

Foi lançada uma compilação de gravações de Connie feitas no período de 1947 a 1953, NIGHTINGALE OF SAVANNAH, que traz sucessos eternos como:

You made me love you // Stormy weather // My man // Lover man // The man I love // Destination moon.

Em SINGIN’ ‘N SWINGIN’, ela é acompanhada pela orquestra de Tommy Dorsey e tem preciosidades do repertório americano:

You can depend on me // Georgia on my mind // Will still be mine // There’ll be some change made // What is this thing called love?


@ este post é dedicado a todos os cantores e vocalistas anônimos de orquestras, em qualquer parte do mundo, que com o nome de “crooner” alegraram as noites de tanta gente, enfeitaram o romance de tantos casais de apaixonados ou simplemente, com suas vozes, fizeram companhia a todos aqueles que amam a música ... @


6 comentários:

Adriana disse...

Que coisa maravilhosa!Passar por aqui é só adquirir conhecimento sobre música!Boa semana!

Anônimo disse...

Temos quatro on line neste momento e acho que uma deve ser a Adriana.Ela me falou que aqui é um grande blog sobre musicas e é mesmo.Olha mesmo que eu não comente vou sempre passar por aqui!Um abraço!

Anônimo disse...

Cara muito dez este seu blog!!x

Otávio disse...

Parabéns Roberto! Belíssimo post! Belíssima homenagem!

Odilon disse...

Pensei que o Otavio ia pegar a homenagem para ele, afinal depois do último post dele, ficamos sabendo que ele foi um destes cantores anônimos. Agora, sem sarro... muito bom o texto. E interessante a estória da senhora.

Anônimo disse...

I shall afford will disagree with you