SEMPRE MÚSICA . . .

sábado, 18 de outubro de 2008

[] Enya, A Estela Invisível

“Desta vez canto a beleza do inverno”

É chamada de “a cantora invisível”, porque apesar de seus 20 anos de carreira e mais de 70 milhões de discos vendidos, Enya – irlandesa puro-sangue, cujo nome verdadeiro é Eithne Patricia Ní Bhraonáin, nunca fez um show ou um concerto.

O que é um luxo num setor em crise a que poucos podem se permitir, assim como poucos podem lançar um disco em um evento num palácio “ottocentesco” às margens do rio Tamisa, com um ingresso custando 350 libras esterlinas [quase R$ 1.400,00] com uma infinidade de esculturas de gelo e neve artificial nos jardins.

Nunca se viu uma foto indiscreta dela nos jornais, nem se tem notícia de algum ataque de estrelismo ou caprichos de celebridade...

Estreou no mundo musical através de uma trilha sonora, e mais tarde recusou-se a fazer as músicas para “Titanic”, pois seria uma parceria e “em parceria você nunca tem o controle total do produto musical final”.

Recusou o convite para fazer um dueto com Pavarotti, além de diversos outros duetos com colegas famosos... “mas o que tem a ver Enya e Pavarotti juntos?”

Ela gasta 250 mil euros anuais para manter sua privacidade, no castelo de Manderlay, no Condado de Dublin. Para Enya, sucesso e fama são duas coisas distintas. Ao contrário de tantos outros, para ter sucesso ela nunca precisou de fama.

“Sou uma pessoa de sorte”, declarou ontem durante o lançamento de “And Winter Came...” (E Chegou o Inverno...) que deverá estar no comércio no dia 7 de novembro. “Sou música, e prefiro me comunicar através dela”.

“O inverno é minha estação preferida. A natureza se torna mágica, existe um silêncio surreal, é o período em que trabalho melhor. No inverno consigo me concentrar... o inverno me inspira”

Seu nome de batismo Eithne, é a versão feminina de
Aidan, que significa “fogo”, e pronuncia-se “Ê-nia”. Escolheu usar esta ortografia “pseudo-fonética” na carreira artística de modo que pudesse ser reconhecida pelo seu próprio nome, mas evitando os erros de fonética.

Nasceu em 17/05/61 no povoado de Dobar, na Região de Gweedore, Condado de Donegal, à noroeste da República da Irlanda. Seus pais participaram de um grupo de danças típicas e seu pai Leo, hoje em dia é dono de um “pub” “Taverna do Leo”. Sua mãe, Baba, sempre foi professora de música na escola local.

Enya é a sexta filha numa família de 9 irmãos, onde os mais velhos formaram um grupo musical chamado “Clannad”, de música celta e com um som nostálgico, sombrio e etéreo como se fosse um pouco o rascunho da futura new-age, e que começou a ser conhecido aqui no Brasil no final dos anos ’70, onde ela ingressa tocando teclados e fazendo vocais de apoio.

Em 1982, sai do “Clannad”, muda-se para Dublin e inicia carreira solo nos moldes que conhecemos... Agora que o novo disco está pronto, Enya está em busca de novas aventuras. Talvez uma trilha sonora, se aparecer um projeto adequado e também não exclui a possibilidade de um show.

“É preciso apenas encontrar a fórmula certa... quanto mais o tempo passa, mais as pessoas ficam exigentes e esperam por milagres... não queremos desiludi-las...”

Fonte // matéria de autoria de Paola de Carolis, no caderno “Spettacoli” do jornal italiano “Corriere Della Sera", na sua edição de 16/10/2008.



Um comentário:

Adriana disse...

Como vai meu instrutor musikal ???

Acho que suas postagens estão explosivas!!Paixão??

Bom fim de semana!