SEMPRE MÚSICA . . .

terça-feira, 14 de outubro de 2008

[] Ça C'est Paris ! !

Pois é, meus amigos Odilon e Otávio voltaram de umas feriazinhas mixurucas passadas entre o Vale do Loire e Paris... Com certeza um tédio, né?

E como sempre acontece, me trouxeram de presente o que eles sabem que eu mais gosto: discos, discos e discos. Cd’s excelentes e até bastante raros, principalmente aqui no Brasil, mesmo em megastores que vendem discos importadas...

“Dalida – Sus Mas Grandes Éxitos em Español”...apesar de ter nascido no Cairo, Egito, e ter sido uma artista do mundo inteiro, Dalida foi morar em Paris desde a metade dos anos ’50, e até hoje é um símbolo musical desta cidade que parece acolher tão bem todas as manifestações culturais, principalmente a musical.

Neste disco, como o nome diz, ela canta alguns de seus maiores sucessos em espanhol, o que além de ser uma curiosidade, mostra a competência e o talento desta artista tão apaixonada pelo amor, e uma mulher tão contraditória que justamente por causa do amor, decidiu acabar com a própria vida em 1978... O cd tem uma produção cuidadosa, com uma belíssima fotografia na capa, um encarte com várias fotos dela ao lado de artistas e personalidades da França, como Charles Aznavour, Brigitte Bardot, Nana Mouskouri, Maurice Chevalier, Ives Montand...

São fotografias que documentam apresentações e jantares dela, ao lado de colegas ilustres como Edith Piaf, Alain Delon, Jacques Brel, Marlene Dietrich e Josephine Baker. Ou seja, décadas de uma vida dedicada à arte e ao ofício de emocionar as pessoas.

Outro disco muito gostoso para mim, é o “Parentèses”,de Françoise Hardy, disco recente, de 2006, onde ela canta cada faixa com um colega muito especial, como Alain Delon, Julio Iglesias, Henri Salvador, seu marido Jacques Dutronc, e o genro de Catherine Deneuve, Benjamin Biolay, que é casado com Chiara Matroiani, filha de Catherine e Marcello Matroiani.

Um outro cd duplo, traz no cd 1 Dalida cantando coisas antigas e eternas, como “La Violetera”, “Barco Negro”, e uma deliciosa versão em francês de uma das minhas músicas preferidas, de todos os tempos...daquelas que eu levaria com certeza se tivesse que ir para Marte, Júpiter, ou qualquer lugar absurdo... a música é “Hey There”, originalmente feita para a Broadway, trilha da peça “The Pijama Game”, de 1954.

“Hey There” ficou conhecida mundialmente em disco graças à interpretação de Rosemary Clooney,
e depois, às gravações de Sammy Davis Jr. e Frankie Laine... mais recentemente outros intérpretes gravaram “Hey There” em homenagem a Rosemary Clooney, como Bette Midler e a cantora e compositora canadense Anne Murray, que escreve uma dedicatória emocionada, à lembrança dos seus ídolos de juventude, entre eles Rosemary Clooney com “Hey There”, além de ter sido uma das maiores inspirações para ter se tornado uma cantora..

O cd 2 tem Gloria Lasso, cantando em francês verdadeiras curiosidades raras, como “Strangers in Paradise” e “Ave Maria No Morro”... sim, aquela composta por Herivelto Martins e que se tornou a cara de Dalva de Oliveira.

Como se não bastasse tudo isto, ainda ganhei um box com 4 cd’s, que no título já dá a atmosfera dos discos: “Les Plus Belles Chansons D’Amour Retro”... São 100 músicas, verdadeiros clássicos da história musical francesa, interpretados por gente como Charles Trenet, Juliette Greco, Charles Aznavour, Henri Salvador, Edith Piaf, Yves Montand, Georges Brassens, Jacqueline Françoise...

Estes 4 cd’s vem num box guarnecido por uma capa com uma bela fotografia em tons de sépia, mostrando um casal passeando tranqüilamente num barco a remo, numa atmosfera anos ’40. Merci beaucoup, mesmo.

Paris c’est une blonde!
Ça c’est Paris!


2 comentários:

Adriana disse...

Estava com saudades de passar por aqui!Só que esta tão complocadop que até os amigos "sumiram"

Um grande beijo!

Anônimo disse...

Ça c'est Paris oh Lálá!
Não faltando o Hey There que voçê tanto ama, The Pijama Game estreado no ano em que eu nasci!
Sim sou fruto desse tempo 14/1/54 que saudades!
Xi-coração,
Ana