SEMPRE MÚSICA . . .

terça-feira, 24 de junho de 2008

[] Jeffery Smith

A não ser que tenha nascido e vivido na cidade, não é tão comum assim um artista ter seu disco de estréia gravado em Paris. E mais, muito bem produzido e acompanhado por gente como Shirley Horn e seu “The Shirley Horn Trio”... Não é para qualquer um mesmo.

Pois foi isto o que aconteceu em 1995, com Jeffery Smith, cantor americano, que estava de férias em Paris pensando em passar apenas um mês, e acabou ficando sete anos...

Nascido e criado no Queens, em Nova York, muito cedo mesmo demonstrou um grande talento para o canto e para o teatro, recebeu forte incentivo da mãe, que era uma conceituada cantora lírica, chamada Ramona. Não foi à toa que o primeiro disco de Jeffery foi batizado simplesmente de “Ramona”...

Quando Jeffery completou 18 anos, foi para Los Angeles
e começou a cantar e representar por mais de 10 anos. Depois volta para Nova York onde inicia a cantar nos melhores clubes noturnos da cidade, ao mesmo tempo em que atua em produções teatrais.

No outono de 1991, vai para Paris para passar umas férias comuns, sem planos de permanência nem nada; mas aí, o destino põe em seu caminho o pianista e maestro Claude Bolling, que conhece Jeffery e imediatamente o seduz com um contrato para ser a voz masculina de sua banda.

Em 1995 grava seu primeiro disco, que foi produzido e acompanhado por Shirley Horn. Nos anos seguintes ficou excursionando com Claude Bolling e sua orquestra fazendo shows por diversos países, consolidando assim sua carreira européia.

Sua estréia americana se dá em 1998 com o lançamento nos Estados Unidos de seu segundo cd europeu, “A Little Sweeter”, que foi saudado e aclamado como “o melhor álbum vocal do ano”.

Em 1999, ele mesmo produz seu terceiro cd, intitulado “Down Here Below”, que tem como convidados, dois nomes conhecidos mundialmente, a cantora Dianne Reeves e a violinista Regina Carter.

Lá por 2001 faz dois concertos em homenagem a Louis Armstrong, no New York’s Lincoln Center, ao lado de Winton Marsalis e The Licoln Center Orchestra.

Atualmente, Jeffery continua se apresentando pelo mundo, enquanto dirige sua própria companhia produtora sem fins lucrativos, para a difusão da música, chamada “Tri-Loxodonta, Inc.”,promovendo apresentações de jazz ao lado de ilustres convidados.

Infelizmente, Jeffery Smith é mais um artista que não tem disco lançado no Brasil, e o que se conhece dele é através de cd’s importados da Europa e Estados Unidos... Mas vale a pena conhecer Jeffery e sua voz possante e melodiosa, grave e com uma dramaticidade pouco comum no jazz.


3 comentários:

Adriana disse...

Pwena que no Brasil só algumas "eguinhas pocoto" são conhecidas...

Otávio disse...

Mais um desconhecido para mim, mas parece muito bom.

Anônimo disse...

tenho 1 album deste artista, é maravilhoso. Parabéns pelo belo comentário Roberto.