“Músicas são para mim como canais e avenidas, por onde posso passear e expressar meus sentimentos.
São muitas as canções que conheci e colecionei vida a fora, e suas melodias até hoje ressoam pelo meu coração...
As palavras falam por mim; são músicas que ouvia no sótão de minha avó, durante tardes inteiras, intermináveis, quando eu era ainda uma adolescentes...Eram sons que eu escutava, ouvindo seus velhos discos pesados, de 78 rpm, tocados numa antiga eletrola.”
[cynthia crane]
São muitas as canções que conheci e colecionei vida a fora, e suas melodias até hoje ressoam pelo meu coração...
As palavras falam por mim; são músicas que ouvia no sótão de minha avó, durante tardes inteiras, intermináveis, quando eu era ainda uma adolescentes...Eram sons que eu escutava, ouvindo seus velhos discos pesados, de 78 rpm, tocados numa antiga eletrola.”
[cynthia crane]
Dona de uma voz meio rouca, meio “enfumaçada”, como se fosse uma voz de um veludo meio gasto pelo tempo, pelas noites, pelos amores e desamores. Como se tivesse acabado de acordar...
Assim é Cynthia Crane, cantora de cabaré ou de “saloon”, como preferem alguns jornalistas e críticos e também atriz, que sabe escolher muito bem as músicas que interpreta pelos pequenos e grandes clubes noturnos onde canta.
São cafés, salas de concertos e aqueles pequenos restaurantes típicos de Nova York, tão bem mostrados nos filmes de Woody Allen.
Cynthia é uma americana, filha de Nova York já na terceira geração; a família de seu pai fundou a “Crane Oxygen & Ambulance Service”, empresa que fornecia oxigênio para o lendário “The Ziegfeld Follies”, que virou um símbolo e exemplo do chamado Teatro de Revistas de Luxo, época esta retratada no filme “Funny Girl”, de 1968, estrelado por Barbra Streisand que acabou levando o Oscar do ano, e Omar Shariff.
O filme conta a história de Funny Brice, uma das mais famosas atrizes, cantoras e vedetes do Zigfeld .
Desde adolescente que Cynthia tem um fascínio pelo som de cantores, cantoras, Big Bands e músicas de teatro e cinema dos anos ’30 e ’40. Certamente esta preferência teve uma influência definitiva no gênero que ela foi burilando com o passar do tempo e tornando mais e mais refinado.
Além de suas atividades como cantora e atriz, Cynthia é uma cidadã engajada em causas sociais e civis, principalmente as que dizem respeito a sua amada Nova York. Está sempre à frente em campanhas de preservação e defesa da qualidade de vida da comunidade.
Casada até hoje com Ted Stry, seu amigo e colega de teatro de velha data, desde o começo da carreira de ambos, e com quem fundou o “The Impossible Rag Time Theatre”, um dos mais “off Broadway” dos teatros “off Broadway” de Nova York, já tendo produzido mais de 100 peças e espetáculos musicais.
Um dos discos de Cynthia mais elogiados pela crítica e público, é o hoje famoso “Smoky Bar Songs For the No Smoking Section”, de ’94 e sempre acompanhada pelo extraordinário pianista Mike Renzi.
Este disco virou uma espécie de referência, de credencial da carreira de Cynthia. Virou um clássico, pela excelência na produção, pelas músicas escolhidas e até pelas preciosas ilustrações de Thomas Hubber.
O disco tem as seguintes músicas:
01= Out of fashion
02= Drinking again
03= I keep going back to Joe’s
04= Something cool
05= No one ever tells you
06= Scotch & soda
07= Smoke rings / deep in a dream
08= Who took me home last night
09= I never know when I have to say when / I fall in love too easily
10= Here’s looking at you
11= A wet night
12= Angel eyes
13= I wonder what became of me
14= Baby, baby all the time
15= Fumée aux yeux [smoke gets in your eyes]
[@] Veja Cynthia Crane clicando aqui [] !
3 comentários:
Muito legal mesmo a ilustração da capa do disco Smoki Bar. Gostei muito dela (da Cynthia), você sabe que adoro os graves femininos.
Não fosse pela qualidade do repertório e pela voz da intérprete o disco já valeria pela capa. Creio que este moço vai merecer, logo logo, um post sobre capas... só dele.
Como falar alguma coisa se os dois daí de cima já flaram tudo?Bom fim de semana,e muita inspiração para hoje!
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