SEMPRE MÚSICA . . .

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

[] A Música Está Em Crise ?

Não é de hoje. Já era sabido e há muito tempo, que o tal mercado musical ou fonográfico, atravessa uma crise muito especial, uma mudança de comportamento, de gostos e de hábitos, com novas necessidades, novos conceitos e tudo o mais que vem numa esteira como esta.

Pelo sétimo ano consecutivo as vendas de discos nos Estados Unidos registraram perdas de 14%. Se tomarmos como parâmetro o ano de 2000, que é considerado o ano de maior pico comercial de venda de cd’s, hoje em dia (ano de 2008) compra-se somente a metade, o que é muito significativo.

Mesmo assim, o mercado musical continua a crescer, graças principalmente ao sucesso do “download” e também graças às outras formas emergentes de comércio online.

Durante o ano de 2008 foram comercializadas 1 bilhão e 510 milhões de “unidades digitais” entre cd’s, faixas digitais avulsas, videoclipes e dvd’s; numa proporção de 10% a mais do que em 2007. Tudo isto devido à crescente popularidade em se adquirir faixas musicais avulsas através da “iTunes”, “Amazon mp3” e um sem número de empresas do gênero na web...

E na maior tranquilidade, sem sair de casa ou do trabalho, ouvindo a música antes, e se gostou basta clicar e comprar somente o que quiser...

Este sistema de venda de faixas unitárias, ou “singles”, decretou o declínio do cd “inteiro”, pois sabemos na prática que dificilmente todas as faixas de um disco são do nosso agrado.

Se o compact disc atrai cada vez menos compradores, o mesmo não se pode dizer de uma tecnologia “vintage”, como o disco de vinil. Para se ter uma idéia, é bom saber que no ano passado foram vendidas quase 2 milhões de unidades de “Lp’s” de vinil.

Isto mesmo. E nem é uma cifra tão desprezível assim, principalmente para uma mídia considerada morta e enterrada...

Os discos de vinil mais vendidos foram [e continuam sendo] “Radiohead”, com cerca de 650 mil unidades, e logo depois “Metallica” e “Beatles” devidamente remasterizados e relançados em grande estilo em vinil, para o deleite e delírio dos saudosistas, dos nostálgicos e dos que gostam de “novidades”.

Esta é uma demonstração clara de que os caminhos para o renascimento da indústria musical são muitos, bastando estar abertos e atentos aos sinais emitidos pelo mercado.

Os cd’s continuam sendo ainda a maior preocupação das multinacionais do disco, pois com o crescimento e fácil acesso do “download”, nascem novos negócios paralelos e se multiplicam as fontes de comércio musical e de faturamento.

Mesmo assim, estes ganhos ainda não são suficientes para compensar o rombo do comércio tradicional de cd’s, pelo menos nos próximos 5 anos.

Esperemos e vejamos no que vai dar toda esta modernidade e comodidade digital.

[@] Fonte : "Nilsen SoundScan" em relatário publicado em 31/12/2008 e "Corriere Della Sera" de 04/01/2009.

3 comentários:

Anônimo disse...

OLÁ 'ROBERTO'
Também por aqui nos queixamos do mesmo, mas com as compilações aqui chamadas de NOW, já no Now 19, em que estão reunidas as melhores da época, de vários artistas, torna-se difícil depois vender CD's isolados, a não ser que se goste mesmo!
Xi-coração e Beijos,
Ana

Adriana disse...

A quantidade de porcarias produzidas atualmente,fez com o gosto musical dos mais novos fosse afetado e dos mais velhos ,é impossível ouvir e comprar estas anti-músicas.

A cultura perdeu o sentido de cultura com o que há no mercado atualemnte!

beijos e bom fim de semana!

Adriana disse...

Não faça como Odilon que nos brinda com uma postagem e some por meses,é ferias??