
Mesmo não tendo gravado tantos discos assim, Sue é uma das grandes cantoras americanas, daquelas que nunca foram esquecidas pelo público, apesar de ter passado praticamente toda a década de ’70 sem gravar.
E sabemos que esta proeza é para poucos, isso é arriscado para um artista, principalmente num mercado tão cruel e competitivo como o da música.
E num país especializado em criar sonhos, ilusões e fabricar ídolos, qualquer cochilo pode ser fatal. Muitos ídolos foram e serão efêmeros, mas os de talento e conteúdo estão aí, até hoje, resistindo a décadas, modismos e atalhos baratos para a tal fama...
Seu nome de batismo é Raelene Claire Claussen, e nasceu em 18 de junho de 1940, na cidade de McPherson, no estado de Kansas, e sua carreira começou muito cedo, aos 5 anos de idade, resultante de uma mãe cantora popular e um tio cantor de ópera na Alemanha.
Como Sue era muito pequena, naqueles tempos sua mãe não encontrava uma professora de voz para crianças dessa idade, então ela própria matriculou-se numa escola e repassava para Sue o que aprendia, e assim, aliava as funções de “professora” de canto e voz.
Desde cedo, nos anos ’50, Sue aprendeu a cantar os “hits” de seus ídolos, como Doris Day, Rosemary Clooney, Patty Page e Kay Starr, e antes mesmo de completar 20 anos, conheceu o jazz e se apaixonou pela arte de Ella Fitzgerald e Sarah Vaughan.
Sue já era

É necessário um certo tempo para polir e lapidar o talento vocal de um artista.
Sua carreira teve altos e baixos, por bons e maus motivos, incluindo um grave acidente de carro, que deixou Sue imóvel na cama por longos e infindáveis meses. Mesmo assim, o público não a esqueceu, e quando já conseguia se locomover, apareceu de muletas na TV, no programa de Johnny Carson, e causou uma grande sensação.
Como resultado de sua atividade de professora de voz, Sue aprimorou

Certamente, por estas razões, Sue admite estar hoje em dia em sua melhor forma como cantora e intérprete.
Seu mais recente disco é de 2006 e tem o nome de “Heart’s Desire” e é uma homenagem a Doris Day, gravado em Hollywood, na lendária “Capitol”, com a mesma qualidade técnica e sonora que fizeram célebre esta gravadora entre os selos de jazz.

Neste disco as interpretações são vibrantes e apaixonadas, como se o tempo tivesse voltado até 1957, quando a “Capitol” transformou a “teen age” Sue Raney numa Cinderela, e seu grande ídolo Doris Day era a queridinha da América e cantava nos musicais de Hollywood.
É uma bonita homenagem de uma fã apaixonada, e mais, uma demonstração de humildade e gratidão. “Heart’s Desire” conté

01= Que será, será...
02= Sentimental journey
03= I may be wrong
04= Secret love
05= Everybody loves a lover
06= It’s magic
07= Put’em on a box
08= My dream is yours
09= Lullaby of Broadway
10= I’ll never stop loving you
11= Shangai
12= With a song in my heart
13= Love me or leave me
14= Heart’s desire
O que torna este disco único, é a habilidade e o talento de Sue em transformar cada faixa dele em uma música totalmente nova.
A voz aveludada encontra novas cores, novas inflexões, novos ritmos e novas emoções... enfim, o que se espera de um artista.

2 comentários:
Novamente muito bom gosto.Boa semana
tem presente para voce nos TRES MARIAS.
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