A não ser pelo sobrenome famoso, ninguém desconfiaria que Dinair Tostes Caymmi é o verdadeiro nome de Nana Caymmi, nascida no Rio de Janeiro em 29 de abril de 1941, e que viria a ser conhecida como uma das maiores cantoras e intérpretes deste país, não só pela voz única e privilegiada, mas pelo bom gosto na escolha das músicas de cada disco que grava.
Nunca abriu mão de seus princípios musicais e artísticos e nunca caiu na tentação de modismos meramente comerciais. Sempre gravou o que quis, o que acreditava, Imaginem Nana cantando Dolores Duran, ou cantando boleros, ou um samba-canção clássico...
Seu primeiro disco, um 78 rpm, ela gravou antes dos 20 anos, em 1960, mas no ano seguinte ela casa-se com um médico, José Gilberto Aponte Paoli e vai morar na Venezuela, lugar onde nasceram suas duas filhas Stella Teresa, em 1962 e Denise Maria, em 1963.
Neste ano, grava seu primeiro LP, “Nana”, com arranjos musicais de Oscar Castro Neves, mas em 1965 o casamento acaba e Nana volta para o Brasil com suas filhas pequenas, e grávida. Aqui nasce seu filho João Gilberto, em 1966, ano em que vence o “I Festival Internacional da Canção”, cantando “Saveiros”, música composta por seu irmão Dori, e por Nelson Motta.
Apresenta-se no programa “Ensaio Geral”, na TV Excelsior, ao lado de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Toquinho e Gilberto Gil, com quem se casa neste mesmo ano e junto com ele compõe a música “Bom Dia”, que ambos defendem no “III Festival da Música Brasileira” da TV Record, em 1967; mas no ano seguinte, separa-se de Gilberto Gil.
Em 1970 tem início sua carreira internacional, apresentando-se com seu irmão Dori em Punta Del Este, no Uruguai, E nos próximos dois anos, volta para nova temporada, sempre com belas críticas e divulgando o melhor da nossa música.
Três anos depois, faz uma série de apresentações em Buenos Aires, e a aceitação é tanta, que uma gravadora local, resolve gravar e lançar no mercado de lá um disco chamado “Nana Caymmi”, disco que foi divulgado por aqui através da Rádio Jornal do Brasil, o que fez com que os executivos das gravadoras brasileiras prestassem mais atenção em Nana...
Volta a Argentina para sua temporada anual e é recebida pelo público portenho e pela crítica de lá com grande carinho e grande entusiasmo. Aqui no Brasil fica um tempão sem gravar, mas em 1975, lança um disco muito elogiado, e é chamada por Tárik de Souza, do “Jornal do Brasil”, de “A Nina Simone Brasileira”.
Recebe o Troféu Villa-Lobos como a “melhor cantora do ano”, prêmio conferido pela Associação Brasileira de Produtores de Discos.
Nana Caymmi e Ivan Lins, em 1977 inauguram o famoso “Projeto Pixinguinha”, por iniciativa da Funarte e em 1979 faz uma série longa de apresentações no Teatro do Hotel Nacional e no Canecão do Rio de Janeiro; ano também de seu casamento com o cantor e compositor Cláudio Nucci.
Continuando com sua carreira internacional, vai para o Algarve, em Portugal em 1982, fazendo uma muitíssimo bem sucedida temporada.
Depois, na França, participa do Festival de Nice, ao lado de Dorival Caymmi e de Gilberto Gil. Em 1987 é a vez de Madri, na Espanha. Neste ano nasce sua primeira neta, Marina, filha de Denise.
No dia 16 de dezembro de 1989, seu filho João Gilberto sofre um gravíssimo acidente de motocicleta, no Rio de Janeiro, que teve como conseqüência graves seqüelas no cérebro até hoje...
Mas em 1991, Nana se enche de forças e vai para a Suíça com seu pai e seu irmão Danilo participar do “XXV Festival de Jazz” na cidade de Montreux. Ano seguinte, viaja para Portugal para uma temporada de shows em Lisboa e na cidade do Porto.
Depois vai para Nova York e canta no respeitado e endeusado “Blue Note”. Ano seguinte volta aos Estados Unidos para se apresentar em Los Angeles e Nova York.
Ganha o Disco de Ouro em 1999 e em 2000, para comemorar 40 anos de vida artística, lança o cd “Sangre de Mi Alma”, cantando boleros eternos. Nana é realmente uma grande cantora de boleros...
Seu mais recente trabalho, de 2007, é “Quem Inventou o Amor”, onde ela regravou músicas de seu pai, com uma excelente produção de José Milton, e direção artística de André Werneck.
Este disco nos mostra uma Nana cantando como nunca, 14 clássicos do “velho Dorival”:
# Nem eu # Nesta rua tão deserta # Sábado em Copacabana # Você não sabe amar # Nunca Mais # Só Louco # Não tem solução # Horas # Tão Só # Desde ontem # Valerá a pena # Adeus # Saudade # Eu sem Maria. [Som Livre=2007].
[@] Veja Nana cantando com Erasmo Carlos músicas
de Tom Jobim, no programa “Casa da Bossa”.
Basta clicar aqui [] !
Nunca abriu mão de seus princípios musicais e artísticos e nunca caiu na tentação de modismos meramente comerciais. Sempre gravou o que quis, o que acreditava, Imaginem Nana cantando Dolores Duran, ou cantando boleros, ou um samba-canção clássico...
Seu primeiro disco, um 78 rpm, ela gravou antes dos 20 anos, em 1960, mas no ano seguinte ela casa-se com um médico, José Gilberto Aponte Paoli e vai morar na Venezuela, lugar onde nasceram suas duas filhas Stella Teresa, em 1962 e Denise Maria, em 1963.
Neste ano, grava seu primeiro LP, “Nana”, com arranjos musicais de Oscar Castro Neves, mas em 1965 o casamento acaba e Nana volta para o Brasil com suas filhas pequenas, e grávida. Aqui nasce seu filho João Gilberto, em 1966, ano em que vence o “I Festival Internacional da Canção”, cantando “Saveiros”, música composta por seu irmão Dori, e por Nelson Motta.
Apresenta-se no programa “Ensaio Geral”, na TV Excelsior, ao lado de artistas como Caetano Veloso, Maria Bethânia, Toquinho e Gilberto Gil, com quem se casa neste mesmo ano e junto com ele compõe a música “Bom Dia”, que ambos defendem no “III Festival da Música Brasileira” da TV Record, em 1967; mas no ano seguinte, separa-se de Gilberto Gil.
Em 1970 tem início sua carreira internacional, apresentando-se com seu irmão Dori em Punta Del Este, no Uruguai, E nos próximos dois anos, volta para nova temporada, sempre com belas críticas e divulgando o melhor da nossa música.
Três anos depois, faz uma série de apresentações em Buenos Aires, e a aceitação é tanta, que uma gravadora local, resolve gravar e lançar no mercado de lá um disco chamado “Nana Caymmi”, disco que foi divulgado por aqui através da Rádio Jornal do Brasil, o que fez com que os executivos das gravadoras brasileiras prestassem mais atenção em Nana...
Volta a Argentina para sua temporada anual e é recebida pelo público portenho e pela crítica de lá com grande carinho e grande entusiasmo. Aqui no Brasil fica um tempão sem gravar, mas em 1975, lança um disco muito elogiado, e é chamada por Tárik de Souza, do “Jornal do Brasil”, de “A Nina Simone Brasileira”.
Recebe o Troféu Villa-Lobos como a “melhor cantora do ano”, prêmio conferido pela Associação Brasileira de Produtores de Discos.
Nana Caymmi e Ivan Lins, em 1977 inauguram o famoso “Projeto Pixinguinha”, por iniciativa da Funarte e em 1979 faz uma série longa de apresentações no Teatro do Hotel Nacional e no Canecão do Rio de Janeiro; ano também de seu casamento com o cantor e compositor Cláudio Nucci.
Continuando com sua carreira internacional, vai para o Algarve, em Portugal em 1982, fazendo uma muitíssimo bem sucedida temporada.
Depois, na França, participa do Festival de Nice, ao lado de Dorival Caymmi e de Gilberto Gil. Em 1987 é a vez de Madri, na Espanha. Neste ano nasce sua primeira neta, Marina, filha de Denise.
No dia 16 de dezembro de 1989, seu filho João Gilberto sofre um gravíssimo acidente de motocicleta, no Rio de Janeiro, que teve como conseqüência graves seqüelas no cérebro até hoje...
Mas em 1991, Nana se enche de forças e vai para a Suíça com seu pai e seu irmão Danilo participar do “XXV Festival de Jazz” na cidade de Montreux. Ano seguinte, viaja para Portugal para uma temporada de shows em Lisboa e na cidade do Porto.
Depois vai para Nova York e canta no respeitado e endeusado “Blue Note”. Ano seguinte volta aos Estados Unidos para se apresentar em Los Angeles e Nova York.
Ganha o Disco de Ouro em 1999 e em 2000, para comemorar 40 anos de vida artística, lança o cd “Sangre de Mi Alma”, cantando boleros eternos. Nana é realmente uma grande cantora de boleros...
Seu mais recente trabalho, de 2007, é “Quem Inventou o Amor”, onde ela regravou músicas de seu pai, com uma excelente produção de José Milton, e direção artística de André Werneck.
Este disco nos mostra uma Nana cantando como nunca, 14 clássicos do “velho Dorival”:
# Nem eu # Nesta rua tão deserta # Sábado em Copacabana # Você não sabe amar # Nunca Mais # Só Louco # Não tem solução # Horas # Tão Só # Desde ontem # Valerá a pena # Adeus # Saudade # Eu sem Maria. [Som Livre=2007].
[@] Veja Nana cantando com Erasmo Carlos músicas
de Tom Jobim, no programa “Casa da Bossa”.
Basta clicar aqui [] !
Um comentário:
Nanda é uma interpretção belíssima.Com sua voz meio rouca,refaz a música.Primorosa postagem.Tive oportunidade de vê-la no Rio,e acho que suas colocações são brilhantes.Boa pascoa Roberto.Tomei a liberdade de recomendá-lo em outro blog que postei.beijos
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