/comentários sobre música e gente que faz música / sem nenhum compromisso com lançamentos / "hit parade" / épocas ou gêneros musicais / é como estar mexendo num baú onde estão guardados discos, fotografias, recortes, postais e "souvenirs of days together"... / seja bem-vindo e mexa à vontade / [consulte o arquivo do blog]
Lembro-me bem da primeira vez que vi uma capa de disco de Eartha Kitt... é como se fosse hoje.
Só que faz muito tempo, muito mesmo, eu era criança e estava mexendo nos LP’s do meu pai... quando um disco em especial me chamou a atenção pelo colorido da capa.
Era um desenho, bem colorido de crayon e tinta nanquim, na realidade um “portrait” de Eartha Kitt e o título do disco era “The Fabulous Eartha Kit”.
Fiquei fascinado pelo desenho, pelas cores, pela expressão do desenho; e fui ler na contra-capa quem era Eartha Kitt, ver o que cantava e como era sua voz .
Foi assim, e de lá para cá vi muitas outras capas de discos, ouvi muitas outras músicas com ela , afinal foram mais de 60 anos de carreira.
Mas Eartha Kitt morreu, neste 25 de dezembro,em um hospital de Nova York, vencida por um câncer de cólon que havia sido diagnosticado e imediatamente tratado pouco mais de dois anos atrás, mas ressurgiu com força total nestes últimos meses.
E mesmo com 81 anos, sua agenda de shows e gravações estava repleta até o final de 2009...
Para mim, a lembrança do nome “Eartha Kitt” não se resume somente à memória musical, mas sim e talvez principalmente, a um dos meus primeiros contatos com a magia do desenho.
Para comemorar os 79 anos de Barry Gordy, fundador da Motown Records, foi lançada no final de novembro, uma compilação chamada simplesmente “Motown 50”, já que o cinqüentenário da gravadora, nascida numa garagem de Detroit, será no dia 12 de janeiro de 2009.
Além de clássicos como “I want your back”, dos Jackson 5 e “Reach out I’ll be there” dos Four Tops, nesta coletânea se encontram alguns dos clássicos eternos da Motown.
Neste cd triplo, para alegria de nostálgicos e saudosistas, tem praticamente de tudo... desde Jackson 5, com um Michael Jackson ainda reconhecível, a Marvin Gaye, inegável pai artístico do movimento soul.
Também não poderiam faltar Smokey Robinson, Temptations, Diana Ross & The Supremes [uma das caras da Motown...tanto é que escolhi a foto dela para ilustrar este post...], Martha Reeves, Thelma Houston e Stevie Wonder...
Não é por acaso, portanto, que a proposta deste projeto seja justamente reunir o que de melhor foi produzido por Gordy e seus artistas nestes 50 anos, o que além disso, nos mostra claramente como se deu a passagem do blues para o rhythm’n blues.
Um número absurdo de títulos da Motown chegaram aos primeiros lugares das paradas mundiais... em qualquer relação de “tops”, poderia se encontrar várias músicas saídas da Motown, que tornava-se a cada dia que passava, uma fabricante competentíssima de sucessos.
O impacto era tamanho, que a própria indústria fonográfica se perguntava o que era que a Motown tinha, que as outras não tinham... em que ela era diferente do mercado concorrente?
Por que os compositores e intérpretes da Motown conseguiam criar um som próprio, uma atmosfera especial, facilmente reconhecível nos primeiros segundos de uma canção, e o que era exatamente esse “Midas Touch” de Gordy ?
Ninguém soube até hoje explicar clara e objetivamente a razão deste sucesso todo, mas o que se sabe é que nos discos da Motown, por anos a fio, se respirou um rhythm’n blues cantado com o coração de homens e mulheres de um talento extremo... Barry Gordy, um jovem afro-americano que com muita determinação e contando apenas com o suporte financeiro da família, forjou novas bases para o orgulho das minorias afro-americanas daqueles anos.
Além disso, e principalmente, tinha o raro talento de bater o olho e reconhecer de longe, quem tinha aquela chama abstrata, que só os verdadeiros artistas têm.
Fonte “La Stampa / Luca Dondoni” e “Universal Music / Motown 50 Yesterday Today Forever”.
Confesso que até pouco tempo atrás, eu conhecia Áurea Martins apenas de nome e muito vagamente. Sabia que era cantora, mas não tinha a menor noção de como era sua voz, o que cantava e como cantava.
Até que dei de cara com este “Até Sangrar”, gostei da apresentação do disco, lançado pela Biscoito Fino e quando li no verso “concepção de Hermínio Bello de Carvalho e Zé-Maria Rocha” e vi as músicas que ela canta no disco, tive a certeza de que era bom... [a relação das músicas vou dar lá embaixo].
No encarte que acompanha o disco, com o capricho que já é uma característica da Biscoito Fino, tem um texto escrito por Hermínio Bello de Carvalho, que faço questão de transcrever:
"Lembro quando Jamelão me cochichou, quando você foi chamada pra cantar numa reunião caseira: “essa aí sabe das coisas”. Deu pra entender porque a Divina Elizeth saía de casa à noite [coisa rara] para ouvir outra cantora.
E essa cantora era você. Há poucos dias, lá em casa, flagramos nossa Diva Zezé Gonzaga vertendo as tais lágrimas de sangue [como já o tinha feito o Emílio Santiago] ao ouvir a prova deste teu disco.
Quando contamos pra Alcione o título do disco, achamos lindo ela dizer: “vou é giletar meus pulsos” . Depois de ler isso, qualquer pessoa já tem uma temperatura do disco e até dá para sentir a atmosfera dele... É curioso que uma cantora como Áurea com mais de 40 anos de carreira só tivesse gravado anteriormente 2 discos: um vinil em 1972, lançado pela RCA e um cd, em 2003, de produção independente.
Desde os anos ’60 que ela cantava nas noites do Rio de Janeiro, onde nasceu, ao lado de nomes como Zezé Gonzaga, Emílio Santiago, Cauby Peixoto, Baden Powell, Johnny Alf, Carmen Costa, e tantos outros nomes de primeiríssima qualidade.
O velho e surrado ditado “diz-me com quem andas e te direi quem és” cabe aqui milimetricamente, pois o disco é de uma elegância rara, não tem nada “over”, os arranjos, que na maioria são de Francis Hime e do Terra Trio, estão a serviço da cantora, servindo de belos alinhavos para uma voz limpa, grave, e expressiva .
Como se não bastasse este cuidado e equilíbrio, ela canta composições de Herivelto Martins, Lupicínio Rodrigues, Johnny Alf, David Nasser, Ary Barroso, João Donato, Custódio Mesquita, Tom & Vinícius, Chico Buarque & Francis Hime, Carlos Lyra... precisava mais ? E de quebra, convidou Alcione, a “Big Marrom”, Francis Hime, Emílio Santiago e João Donato para dividir com ela algumas faixas do disco. Vejam só o que tem em “Até Sangrar”:
# Ilusão à toa // Pensando em ti # Nada por mim // Baralho da vida # Não sou de reclamar // Há um Deus # Até o amargo fim // Ocultei # Até quem sabe // Moeda Quebrada # Edredon Vermelho // Molambo # Janelas abertas // Noturno # Sem mais adeus // Vida de Bailarina # Migalhas // Valsa Dueto # Um favor // Volta # Embarcação
Como é que uma cantora e intérprete como Áurea grava somente três discos em mais de 40 anos de carreira?
E pensar que tem tanta gente por aí, cantando e gravando discos desnecessários...
O novo cd “Incanto” de Andrea Bocelli revela a ligação do grande tenor com as canções populares italianas de todos os tempos. Já no título podemos perceber que é uma volta ao fascínio e encantamento que privilegia textos e melodias que tratam das experiências afetivas conhecidas de todos nós.
É uma homenagem que o artista faz à música, manifestação artística que ama desde a infância. É seu presente a milhões de pessoas no mundo inteiro que compartilham dessa mesma paixão, e uma maneira muito especial de festejar seus 50 anos, feitos agora em 22 de setembro.
“Incanto” tem todos os ingredientes para se tornar um sucesso mundial.Andrea escolheu 14 títulos eternos e clássicos da música italiana e mais uma orquestração brilhante, com arranjos apaixonados e sentimentais, que se tornam a base ideal para a atmosfera do disco, que tem uma bela capa com foto em branco e preto, onde se pode ver as pedras do calçamento, algumas colunas e uma “Vespa” estacionada... Cenário tipicamente italiano.
Além disso, certamente o disco será sucesso entre o público cada vez maior que admira as canções que não perderam o frescor com o passar do tempo nem tampouco a capacidade de levar encantamento a quem escuta.
Durante sua carreira, Bocelli cantou as canções italianas de grande sentimentalismo, cultivando a arte e comovendo o público com a grande honestidade emotiva de suas interpretações.
Andrea Bocelli é o herdeiro natural do patrimônio operístico dos tenores do passado, um intérprete com a missão de unir os amantes da música popular com a eterna arte do bel-canto.
Como aconteceu em todos os seus discos anteriores, o amor é o tema central deste seu novo “Incanto”. Todas as músicas são de fato canções de amor, mas não podia deixar de haver também a celebração de outros elementos indispensáveis à arte italiana, como por exemplo, o sol e o mar...
De certa maneira o sol e o mar sempre criam um terreno fértil para germinar o amor, e quando existe amor, existe sempre o otimismo e a esperança.
Relação das faixas de “Incanto”
# Um amore così grande
# ‘O surdato ‘nnammurato
# Mamma
# Voglio vivere così
# Santa Lucia
# Funiculí, funiculà
# Because
# Vieni sul mar
# Granada
# Era di maggio
# A marechiare
# ...E vui durmiti ancora
# Non ti scurdar di me
# Pulcinella
"luz de velas... " // ... para iluminar somente o suficiente em uma noite calma, um jantar delicioso e conversa mais ainda...se estiver chovendo lá fora, melhor... e um cheiro no ar de dama-da-noite... [precisa mais ??]
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freda josephine mcdonald, conhecida no mundo simplesmente como josephine baker, nasceu em illinois, estados unidos em 1906 e morreu em paris, em 1975.
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serigrafia // carlos alberto lucas pragana
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CONCETTA ROSA MARIA FRANCONERO, MAIS CONHECIDA COMO CONNIE FRANCIS, NASCIDA EM 1938, CANTORA E ATRIZ, UM CLÁSSICO AMERICANO...
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logo da Feira do Livro, evento que acontece todos os anos em Porto Alegre-RS, desde 1955, durante 15 dias, e sempre no final de outubro e começo de novembro.
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beverly sills [1929=2007] famosa soprano americana que conheceu o auge de uma magnífica carreira nas décadas de '60 e '70 e morreu aos 78 anos depois de um longo período de câncer
<< bel canto 2 >>
beverly sills
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artwork sobre imagem de mauro baletti para ensaio fotográfico
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joan baez // em foto de abril de 1983, para a capa da revista "rolling stone"
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mina mazzini, numa foto do making of da capa do disco "olio", sendo maquiada pos stefano anselmo
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sagrado coração de maria // reprodução
<< mary >>
sagrado coração de maria
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pedras e seixos. foto // laurent pinsard
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falem o que quiserem, de bem ou de mal, madonna é madonna , resiste impávida e bravamente a todos os escândalos...reais ou criados em laboratório...como ninguém ela sabe captalizar tudo o que se diz dela...., o que requer talento & inteligência, nos dias de hoje, coisas raras e que dificilmente andam juntas...
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dessert // thomas wood
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girl's best friend // hayley brown
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latte // thomas wood
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cappuccino // thomas wood
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retrato de mulher // tamara de lempicka
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elvis aaron presley
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N.S. da Conceição do Arroio
<< spring flowers >>
"lily dance" // robert mertens
<< tutti - frutti >>
brenda lee, um dos ídolos de milhões de jovens pelo mundo inteiro nos anos ' 60, junto com elvis, neil sedaka, paul anka, the platters, dion, rick nelson, wanda jackson, billy cafaro cantando "mira que luna", e mais timi yuro, dusty springfield....e tantos mais, que fizeram a nossa alegria em tantas noites de festinhas, reuniões-dançantes, começos e fins de romances...lembro bem que a primeira vez que ouvi "georgia on my mind" com brenda lee, foi num final de tarde de domingo ouvindo o rádio, sentado dentro de um DKW.e vendo o pôr de sol no rio Guaíba... a todos eles, minha eterna admiração e gratidão...
<< ban - lon >>
brenda lee, já adulta, já avó de duas netas, em foto dos anos '90... sem perder o look rigorosamente americano, cabelo duro de laquê, como se fosse uma líder comunitária , dona de casa exemplar, com a grama aparada milimetricamente, que faz palestras de cunho motivacionais para os moradores da vizinhança...e orgulha-se de ter uma imensa coleção de "ban-lon", das mais variadas cores, que mantém pendurada no armário, organizada por tons crescentes...