SEMPRE MÚSICA . . .

sábado, 31 de janeiro de 2009

[] Steve Tyrell "Back To Bacharach", The music of Burt Bucharach and Hal David

Como se dizia antigamente, Steve Tyrell “está de disco novo na praça”.
Após vários e excelentes discos lançados em anos anteriores, desta vez Steve gravou somente Burt Bacharach.

Eu já havia postado matérias sobre Steve e outros artistas definitivamente ligados a Bacharach, como Dionne Warwick, além de um post sobre o maestro.

É difícil fazer uma seleção justa e abrangente da obra de Bacharach e reduzir tudo a um simples cd. Ficará sempre a impressão de que faltaram músicas indispensáveis.

Mas aí, cria-se um outro probleminha de ordem prática. Se o cd for duplo, fica mais caro (às vezes mais do que deveria) e as vendas são sempre menores.

Tanto isto é verdade, que vários artistas que costumavam lançar apenas um cd duplo, já optaram anos atrás por fazerem seu lançamento anual discretamente num cd simples...tanto na Europa, como nos Estados Unidos. O luxo do cd duplo ficou reservado a acontecimentos muito especiais, ou então a compilações de músicas já antigas, que não cobram o preço exorbitante da novidadice...

Neste seu mais recente disco, Steve fez uma seleção bem espremida do absolutamente indispensável.

01= walk on by
02= the look of love
03= this guy’s in love
04= one less bell to answer
05= what the world needs now
06= reach out for me
07= i say a little prayer
08= i just don’t know what to do with myself
09= always something there to remind me
10= don’t make me over
11= close to you
12= a house is not a home
13= alfie
14= raindrops keep falling on my head

Steve ainda tem convidados muito especiais, como Martina McBride, Rod Stewart, James Taylor, Dionne Warwick, Herb Alpert e Patti Austin.

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sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

[] Bocelli : Existe uma magia que une música clássica à música popular

Achei interessante uma entrevista que Andrea Bocelli deu ao jornalista Mario Luzzatto Fegiz, do “Corriere Della Sera”, agora em janeiro de 2009; por esta razão fiz a tradução e reproduzo a seguir.

@ quando e como você se deu conta de que tinha talento e vocação para o canto?
@ quando as pessoas pedem com frequência para você cantar... a mim, pediam desde muito pequeno para cantar na igreja, nas festas da escola e aniversários...

@ como se escolhe um repertório como o seu?
@ seguindo o exemplo dos grandes tenores que vieram antes de mim. Todos eles mesclaram diversos tipos de repertório, desde ópera, música de câmara e a música fundamentalmente popular. Como por exemplo, Beniamino Gigli; o cantor de ópera se torna popular, no momento em que empresta sua voz a uma música consagrada pelo gosto popular.

@ o que você acha da relação da música clássica com a música popular?
@ existe música clássica tão bonita, que se torna popular, e tem música popular tão bela e envolvente, que acaba se tornando uma música clássica... quando a música é bela, é bela e basta.

@ é verdade que “La Bohème” é sua ópera favorita?
@ é uma das óperas mais perfeitas, onde não é preciso acrescentar nem tirar nenhum acorde; além disso, tem um componente muito espirituoso até o seu final dramático. Resumindo, tem uma mistura de elementos que a tornam absolutamente extraordinária.

@ como é concebido um disco de Bocelli?
@ por mais que seja difícil, procuro sempre encontrar um fio condutor; por exemplo, no último disco “Incanto”, a idéia foi reunir num disco vários sucessos que se tornaram populares graças aos tenores que os interpretaram...

@ apesar do seu indiscutível sucesso na música popular, você tem se dedicado com muito afinco à música operística.
@ sim, comecei agora a prepar “Fausto” para apresenta-la em Palermo no mês de março; depois, “Cavalleria Rusticana”, e logo após, tem “Carmen”... tenho muito trabalho pela frente.

@ é verdade que para você uma grande fonte de emoção e inspiração são as cartas de fãs?
@ hoje a internet é um meio extraordinário, uma ferramenta que pouco a pouco aprendi a usar, e os fãs são quem dão vontade e coragem de subir num avião e cantar em outra parte do mundo.

@ e o futuro?
@ trabalho e estudo; enquanto a vida nos presentear com descobertas e desafios, estaremos nos enriquecendo e permaneceremos jovens. Minha experiência pessoal de perder a visão me ensinou que não é terrível aquilo que parece terrível, mas com freqüência se revela terrível justamente o que não parecia terrível...

terça-feira, 13 de janeiro de 2009

[] Cristóbal Repetto, O Novo Velho Tango ...

Nome ainda meio desconhecido, com apenas 29 anos este argentino é dono de um estilo único de interpretação. Com voz de cantor antigo de tango, que às vezes parece sair de um gramofone, Cristóbal emite uma atmosfera dramática do chamado “novo tango”, coisa que felizmente essa rapaziada criativa sabe fazer tão bem.

Modernizar o tango, mas sem mexer na alma portenha, mantendo intacto todo o encantamento e melancolia deste gênero musical tem sido o objetivo de um número grande de jovens músicos argentinos, apaixonados sempre por suas origens e raízes culturais.

Cristóbal tem tudo isso, além de ter um passado recente de cantor folclórico e, como se sabe, o folclore é um dos componentes inegáveis do tango, tenha a idade que tiver, usando o bandoneon e uma “típica” clássica ou utilizando-se de todas as técnicas de ponta que se tem ao alcance nos dias de hoje.

Nascido em Maipú, Cristóbal foi descoberto por Daniel Melingo, um dos mais conhecidos e competentes inovadores do tango, e foi com Daniel que Cristóbal fez uma série de concertos em vários palcos de Buenos Aires e Montevidéu.

Em 2004 lançou seu primeiro disco solo, e admite que sua intenção é mostrar no seu trabalho uma fusão da música campesina, do interior, com a música da cidade. Segundo ele, esses dois universos podem conviver em perfeita harmonia.

Além disso, Cristóbal recupera velhas canções, de domínio público, mas que estão quase totalmente esquecidas pelo grande público, principalmente as composições dos anos ’20, anos ’30 e ’40, e traz de volta aos grandes palcos das capitais, as milongas, uma das expressões fundamentais desta música, com toda sua magia, cores melancólicas e sentimentos arrebatadores, como convém ao bom e velho tango.

E ao novo também.
[@] ouça e veja Cristóbal, clicando aqui [!]

terça-feira, 6 de janeiro de 2009

[] A Música Está Em Crise ?

Não é de hoje. Já era sabido e há muito tempo, que o tal mercado musical ou fonográfico, atravessa uma crise muito especial, uma mudança de comportamento, de gostos e de hábitos, com novas necessidades, novos conceitos e tudo o mais que vem numa esteira como esta.

Pelo sétimo ano consecutivo as vendas de discos nos Estados Unidos registraram perdas de 14%. Se tomarmos como parâmetro o ano de 2000, que é considerado o ano de maior pico comercial de venda de cd’s, hoje em dia (ano de 2008) compra-se somente a metade, o que é muito significativo.

Mesmo assim, o mercado musical continua a crescer, graças principalmente ao sucesso do “download” e também graças às outras formas emergentes de comércio online.

Durante o ano de 2008 foram comercializadas 1 bilhão e 510 milhões de “unidades digitais” entre cd’s, faixas digitais avulsas, videoclipes e dvd’s; numa proporção de 10% a mais do que em 2007. Tudo isto devido à crescente popularidade em se adquirir faixas musicais avulsas através da “iTunes”, “Amazon mp3” e um sem número de empresas do gênero na web...

E na maior tranquilidade, sem sair de casa ou do trabalho, ouvindo a música antes, e se gostou basta clicar e comprar somente o que quiser...

Este sistema de venda de faixas unitárias, ou “singles”, decretou o declínio do cd “inteiro”, pois sabemos na prática que dificilmente todas as faixas de um disco são do nosso agrado.

Se o compact disc atrai cada vez menos compradores, o mesmo não se pode dizer de uma tecnologia “vintage”, como o disco de vinil. Para se ter uma idéia, é bom saber que no ano passado foram vendidas quase 2 milhões de unidades de “Lp’s” de vinil.

Isto mesmo. E nem é uma cifra tão desprezível assim, principalmente para uma mídia considerada morta e enterrada...

Os discos de vinil mais vendidos foram [e continuam sendo] “Radiohead”, com cerca de 650 mil unidades, e logo depois “Metallica” e “Beatles” devidamente remasterizados e relançados em grande estilo em vinil, para o deleite e delírio dos saudosistas, dos nostálgicos e dos que gostam de “novidades”.

Esta é uma demonstração clara de que os caminhos para o renascimento da indústria musical são muitos, bastando estar abertos e atentos aos sinais emitidos pelo mercado.

Os cd’s continuam sendo ainda a maior preocupação das multinacionais do disco, pois com o crescimento e fácil acesso do “download”, nascem novos negócios paralelos e se multiplicam as fontes de comércio musical e de faturamento.

Mesmo assim, estes ganhos ainda não são suficientes para compensar o rombo do comércio tradicional de cd’s, pelo menos nos próximos 5 anos.

Esperemos e vejamos no que vai dar toda esta modernidade e comodidade digital.

[@] Fonte : "Nilsen SoundScan" em relatário publicado em 31/12/2008 e "Corriere Della Sera" de 04/01/2009.

quinta-feira, 1 de janeiro de 2009

[] Seja Feliz !

Se você apareceu por aqui durante 2008 leu algum post e fez um comentário, esta mensagem é para você... muito obrigado pela visita e desejo um novo ano bem melhor do que este que acaba logo mais à noite.

E se você visitou este blog por pesquisa ou por puro acaso, leu alguma coisa e não deixou nenhum comentário, não faz mal... a mensagem é para você também.

Desejo para mim, para você & para todo mundo um excelente 2009.

Nós merecemos !